Capítulo 5 - Daniel

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Olá, amores! 

Trouxe mais Danlena para vocês!

Beijos! <3

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  Terminei de vestir a camisola em Gabriela, ouvindo-a falar do quanto tinha gostado de jantar na casa de Helena.

"A tia Helena é muuuuuuito legal".

"Eu gostei muito do frango com requeijão da tia Helena".

"Eu gostei do chocolate dela também".

"A gente vai vê-la de novo, né, Dan?".

"Porque ela é taaaaão legal!".

Fiz uma trança rápida em seus cabelos e a coloquei deitada na cama, com Ted ao seu lado. Seus olhos verdes, como os da minha mãe, bateram em mim:

— Eu quero ver a tia Helena amanhã.

— Quer?

Aham, eu gostei muito dela.

— Dela ou da comida dela?

Ela riu baixinho com a mãozinha na frente da boca.

— Das duas coisas. Ela cozinha melhor do que você, Dan.

O que eu poderia dizer? Aquilo era uma verdade incontestável.

— Tem como vocês falarem mais baixo, porque eu quero dormir? — murmurou Letícia, com o corpo virado para a parede.

Gabriela fez uma careta e revirou os olhos, o que me fez rir. Apesar de Letícia me estressar muitas vezes, Gabi sempre conseguia me acalmar com seu temperamento doce.

— Conta uma história para mim dormir, Dan? — pediu ela, já bocejando.

Assenti e peguei um livro de histórias que ficava sempre ao lado da cama dela. Sua preferida era da Branca de Neve. Comecei com o famoso "era uma vez" e antes mesmo de chegar na parte em que Branca de Neve encontra a casa dos anões, Gabriela já estava dormindo, agarrada fortemente a Ted.

Terminei de cobri-la com o edredom e dei um beijo em sua testa, antes de me virar para a cama do outro lado do quarto. Letícia dormia como sempre, virada para parede, com o edredom enrolado até o queixo e o fone de ouvido tocando alguma música esquisita.

Como sempre, tirei o fone de seu ouvido, acariciei seu cabelo e dei um beijo em sua testa. Apesar de tudo, de toda a rebeldia, de todo o estresse e malcriação, eu a amava. A amava com todo o meu coração e tudo o que eu fazia, todos os pensamentos, qualquer ato que passava em minha mente, era tomado em base do bem dela e de Gabriela.

Sempre foi assim e sempre seria assim.

— Eu amo você, Lelê — murmurei em seu ouvido, antes de me afastar totalmente.

Parei no batente da porta do quarto, olhando ao redor. Teve uma época da minha vida que Letícia e eu dividimos aquele quarto, já que a casa tinha apenas dois quartos. O berço de Gabi ficava no quarto da minha mãe e de Alberto.

Agora, o quarto que antes era pintado de branco, tinha um tom rosa nas paredes. De um lado, havia quadros de personagens infantis como Dora, A Aventureira, Branca de Neve e Peppa Pig. Do outro lado, havia um post grande na parede, todo preto, com caveiras prateadas. Isso porque Letícia, há alguns meses, decidiu que amava rock e que amava aquela decoração macabra.

De repente, você (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora