The Heathman Hotel

Capítulo 11

Mais um capítulo para vocês!
Eu estava pensando e decidi que vou explorar bastante alguns personagens, e não apenas Ana e Christian. O que acham?

Boa leitura!
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- Anastasia? Onde você estava? - A voz preocupada de Hant tira a mulher pálida e com feição triste dos meus pensamentos.

- Hant.

- Eu fiquei preocupado! Por que não me ligou!?

- Me desculpe...

- E por que está com essa cara?

- Er eu...bom eu estou indo para Seattle hoje.

- Hoje?

- Sim. Tudo bem? - Percebo que ele fica meio triste, mas sorri.

- Claro que sim. Vá lá. Precisa de ajuda?

- Não. Obrigada Hant.

Dou um beijo em sua bochecha e vou para o meu quarto fazer as malas. Enquanto vou colocando algumas roupas em minha maleta, volto a pensar na mulher pálida que estava me seguindo. Aquilo foi realmente muito estranho.

Na verdade, estranho foi o comentário feito por Jack em seu escritório.

***

Assim que me despedi do Hant, fui para a frente da casa, peguei o celular e vi que Christian tinha deixado uma mensagem dizendo que jaja estaria aqui para me buscar.

Não sei se devo falar algo sobre o que Jack disse hoje mais cedo, mas estou muito curiosa.

Fico mexendo em meu celular, vendo algumas fotos quando me deparo com umas estranhas. Uma moça dormindo de boca aberta. De onde isso surgiu?

Me assusto com uma buzina, olho e vejo uma Mercedes conversível cinza. Forço a vista e reconheço o rosto de Christian.

Depois dele colocar minha bolsa no porta-malas e fazer um comentário de que eu tenho poucas roupas, acho que criei coragem de puxar assunto sobre hoje mais cedo. Enquanto estávamos na estrada, falei.

- Alguma camareira do Heathman, trabalhou para você?

- Não.

- Hum...

- Por que a pergunta?

- O senhor Hyde falou sobre...

- Isso é assunto antigo.

- Oh. Tudo bem. Desculpe. - Digo, ficando um pouco nervosa e olhando para fora da janela.

Depois de um tempo, ele finalmente quebra o silêncio.

- Preciso conversar com você sobre algumas regras da casa. - Apenas concordei com a cabeça. Ele parou o carro em frente a um bonito restaurante, - nunca o tinha visto, mesmo morando tanto tempo em Portland - em seguida saiu e antes que pudesse sair também, um homem de terno veio e abriu a porta para mim. Sai e agradeci sorrindo envergonhada.

- Venha. - Disse entrando no restaurante após dar as chaves para o homem que abriu a porta para mim segundos atrás. O segui.

- O senhor sempre almoça aqui? - Deixei escapar.

- Quando estou em Portland, sim.

Nos dirigimos até uma mesa e nos sentamos.

- Bom. O trabalho não é tão pesado como eu disse em casa mais cedo, porém terá que ser cuidadosa com tudo.

- Ok.

- Muito bem. Alguns cômodos você terá que limpar todo dia. - Concordei com a cabeça, em silêncio. - E claro, com uma limpeza mais reforçada. - Ele me fita por alguns segundos e continua.

- E ha um lugar na casa que você está proibida de entrar. Tenho uma faxineira própria para aquele cômodo. Assim que chegarmos te mostro a casa.

- Entendi. Tudo bem. - Digo.

Uol. Pra que tudo isso? O que deve ter no quarto? Dinheiro? Mulher que ele estupra e joga la? Ai Ana...não viaja.

Ele pediu a comida que em pouco tempo o garçom veio trazer. Comi bem pouco, pois não estou com muita fome como antes estava.

Fico olhando para fora, através da grande janela de vidro. Gosto de imaginar como deve ser a vida das pessoas que caminham na rua. Algumas estão correndo parecendo que estão atrasadas, outras apenas passeando e olhando para algumas vitrines.

Uma mulher palida e parada me chama atenção. É a mesma mulher! A que me seguiu!

- Christian.

- Sim? - Diz ele levando o garfo com spaguetti enrolado até a boca.

- Quem é aquela mulher? - Digo olhando-o.

- Que mulher? - Assim que volto a olhar a janela para mostra-lo, não vejo mais ninguém.

- Ela sumiu... - Digo para ele que está olhando para fora também.

O que está acontecendo comigo?

***

Logo após o almoço fomos de volta para o apartamento dele - lindo por sinal - para que eu possa conhecer melhor o local onde irei trabalhar.

Confesso que não paro de pensar naquela moça pálida que vi hoje. É muita coincidência eu a ver duas vezes. Ou eu estou tendo alucinações ou ela está me seguindo...

Porém, já li em um livro sobre a mente humana e ele dizia que não podemos ter sonhos ou alucinações com pessoas que nunca vimos na vida. Saber disso me deixa nervosa. Por que essa mulher estaria me seguindo e...me encarando daquele jeito?

Será que ela me conhece de algum lugar? Da faculdade ou até mesmo do Heathman?

- Você parece aflita. - A voz de Christian me desperta dos meus pensamentos.

- Ah...não é nada. Apenas dor de cabeça.

- Quer um comprido?

- Não, obrigada.

- Você está muito quieta. - Diz ele se sentando no sofá, ao meu lado.

- É impressão sua.

- Me diga o que está te afligindo?

Respiro fundo e o olho.

- Tudo. A minha faculdade, como vou continuar estudando enquanto moro aqui em Seattle? - Faço uma pausa e continuo. - E acho que estou tendo alucinações, deve ser o cansaço, não sei.

- Você pode pedir transferência na faculdade. Aqui em Seattle tem universidades ótimas de literatura. E sobre alucinações...bom, deve ser o cansaço mesmo, mas fique tranquila porque o trabalho aqui será bem mais leve do que era no Heathman. Terá mais tempo para descansar.

Apenas concordo com a cabeça.

- Tem certeza que não ha mais nada te incomodando?

- O nosso beijo e o jeito que você me tratou depois. - Digo rápido.

- Eu falei para esquecer isso.

- Eu não consigo, simplesmente não consigo. Desculpe.

- Você deve esquecer. Escute, Anastasia. Não podemos ter algo.

- Por que não? - Não sei de onde tirei coragem para dizer isso.

- Porque eu não faço o tipo, romântico.

- Eu não...

- Eu não sirvo para você, ou melhor, você não serve para mim.

Aquelas palavras de alguma forma me magoaram. Me levantei sem olhar para ele.

- Com licença. - Digo enquanto caminho em direção ao meu quarto que ele me mostrou onde fica.

- Anastasia eu não...

- Boa noite, senhor Grey. - Digo e o deixo ali.

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