Capítulo 19

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PONTO DE VISTA: Anastasia

Eu não estou conseguindo pegar em um sono tranquilo. Adormeço e acordo assustada com qualquer barulho, seja do vento ou do elevador. Me sento na cama e fico observando a enorme janela de vidro, que toma conta de uma parede inteira, do chão ao teto e de lado a lado. As luzes dos outros prédios é a única iluminação do quarto.

A minha vida está completamente revirada. Não coloco a culpa em Christian, mas somente depois que nos envolvemos que essas merdas começaram a acontecer. Eu quero respostas. Eu preciso de respostas.

Meu celular vibra, abro e vejo uma mensagem do Christian.

Christian: estou voltando. Você está bem?

Eu: não, preciso de você aqui comigo.

Ele não respondeu. Levantei e fui até a grande janela, fiquei admirando a vista até as portas do elevador se abrirem e Christian vir até mim. Ele me abraça com força e eu retribuo com a mesma intensidade.

- Eu preciso de você... - Ele enterra seu rosto entre meu pescoço e meus cabelos, inalando. - agora.

- Eu estou aqui... - Ele enfia sua mão em minha calcinha e começa a massagear meu clitóris. Fecho os olhos e solto um gemido baixo.

Eu não sei como ou porquê eu quero transar em meio a essas circunstâncias, mas eu quero, eu preciso dele. Ele me leva para cama e beija meu pescoço.

- Ana eu...

- Christian... - Respiro fundo e o olho. Ele alisa meu rosto. Vejo sua expressão desesperada e triste e meu coração se despedaça.

- Por favor não me deixe...

O que? Por que ele acha isso?

- Por que acha que eu faria isso?

- Porque você quase morreu hoje, por minha causa.

- A culpa não é sua. O senhor Hyde que é um doente mental.

Ele me beija e sinto algo molhar meu rosto. Oh meu Deus...ele está chorando...

- Ana, eu sei que é cedo demais, mas eu quero que seja minha.

- Como assim?

- Eu não quero apenas um relacionamento normal, eu quero que seja minha.

- Eu já sou sua... - Sussurro.

- Não. Você não vai mais trabalhar, você vai morar comigo como namorada. - Isso foi um choque.

- Christian, você tem certeza?

- Tenho. E sem contratos. - Ele segura meu rosto e começa a beija-lo. - Eu preciso de você, mais do que qualquer coisa neste mundo. Eu te amo, Ana.

Não, não ama, é muito cedo, nos conhecemos há apenas...8 dias? Não é possível...não é...

- Não ama não...só está desesperado, calma.

- Não, eu amo. Eu sei que parece loucura mas eu amo. Amo tanto que preciso de você, eu preciso de você Ana...preciso. Eu sou seu, completamente seu. - Ele pega minha mão e coloca em seu peito, onde ele não me deixa tocar. Sinto meus olhos lacrimejarem. Ah Christian... - Esse sou eu, por completo...

Mudo a posição entre nós, fico por cima dele. Beijo sua boca e desço para o pescoço.

- Você é meu... - Sussurro e beijo seu peito inteiro. Eu sempre quis apenas toca-lo um vez, e agora estou beijando...

Passos meus lábios em cada cicatriz, só agora, olhando bem de perto e tocando, vejo que são cicatrizes de cigarro. Doía imaginar que alguém o machucou...

- Quem fez isso com você? - Digo beijando novamente seu peito.

- Minha mãe...e o namorado dela...

- A senhora Trevelyan?

- Não, Grace me salvou...minha mãe estava muito doente, o namorado dela a tinha espancado. Eu fui pedir ajuda e Grace estava por ali, foi a primeira pessoa que eu vi.

- Entendo. Qual era sua idade?

- Eu tinha cinco anos.

- O que aconteceu com a sua mãe?

- Eu não sei, nunca mais tive notícias depois que ela foi para o hospital. Ela se envolvia com drogas então provavelmente está morta. - Eu sinceramente espero que esteja. Essa vadia...

- Eu não vou dizer que sinto muito. - Digo, o encarando. - Porque você não é digno de pena. Você foi forte, enfrentou tudo aquilo mesmo sendo apenas uma criança. Eu te admiro, Christian Trevelyan Grey.

Depois da nossa longa e íntima conversa, fizemos amor...pela primeira vez. Foi diferente, totalmente diferente das outras vezes em que transamos. Foi maravilhoso, ele fazia declarações enquanto me proporcionava prazer.

Eu o tinha, tinha Christian rendido a mim. Mas ainda precisávamos conversar sobre a Leila e porque ela estava em Washington.

Já passa das três da manhã, e Christian está em cima de mim, com a cabeça em meu peito enquanto o faço carinho.

- Você descobriu por que Leila estava em Washington?

- Ela estava nos seguindo. - Isso não me surpreendia.

- Mas qual é a ligação que Jack tem com ela?

- Eu conheci a Leila no Heathman. Ela era recepcionista. Eu gostei dela e a ofereci um emprego na minha empresa.

- Você me disse que nunca havia contratado outra empregada de lá.

- Eu disse que nunca havia contratado outra camareira de lá.

- Ok, continua.

- Bom, o Jack era apaixonado por ela, e ficou com raiva de mim. Ele ficou com mais ódio ainda quando soube que nos envolvemos.

- Entendi. Então Jack está se vingando...

- Sim... - O celular de Christian tocou e ele atendeu. - Oi Mia, o que foi? O que? Isso faz quanto tempo? Como assim? Tudo bem...estamos voltando.

- O que aconteceu?

- Alguém invadiu o apartamento.

- O que? Como é possível? Não tem seguranças lá?

- Eu vou demitir aqueles incompetentes. E o porteiro também.

- Roubaram algo?

- Não...mas... - Ele já de pé, começa a se vestir.

- O que foi? - Me levanto.

- A Allison.

- O que aconteceu Christian?

- Ela sumiu.

The Heathman HotelOnde histórias criam vida. Descubra agora