Bônus✨

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Os barulhos ficavam cada vez mais altos. Eu conseguia ouvir as vozes de cada um deles, que gritavam um para o outro as instruções do que deveria ser feito a seguir. Os sons inexpressíveis que saiam da Hidra eram perturbadores e cada vez parecia ficarem mais altos, como se a cada segundo que se passasse ela ficasse mais forte. Eu agarrava Henry, o guardando dentro dos meus braços, da maneira mais protetora que poderia ser no momento. Aos poucos os barulhos iam diminuindo, fazendo com que eu me sentisse milhares de vezes mais tranquila. Só consegui abrir os olhos e me virar em direção a praia quando notei que os sons haviam cessado, eu não sabia se aquilo significava algo bom ou algo ruim, mas escolhi me arriscar. 

Quando olhei para trás percebi a Hidra, que ia afogando lentamente no mar, e Killian vindo em minha direção, acompanhado pelos meus pais e Regina. Eles conseguiram. Larguei Henry por um segundo e corri na direção de Killian, o agarrei como se não o visse há semanas ou meses. Estava com tanto medo de que eles não conseguissem, não por duvidar que eles podem derrotar um monstro, só estava com medo. Consegui relaxar naquele abraço e senti que tudo ficaria bem dali em diante. 

- Emma, está tudo bem. - ele disse, rindo.

Eu provavelmente estava o machucando. Me afastei dele enquanto ria do meu próprio ato. Ele encaixou a minha cabeça em suas mãos, fez um leve carinho em meu rosto com os polegares e logo carimbou os seus lábios em minha testa. Meus pais e Regina contavam a Henry como foi a pequena aventura não tão divertida. Agarrei-me no braço de Killian e nós dois seguíamos os outros, que conversavam em perfeita harmonia.

- Minha mãe não parou de chorar. - Henry disse, entregando-me e fazendo todos rirem. 

- Você é um dedo duro, garoto. - eu disse, me contendo para não rir. 

Conversávamos em uma harmônia perfeita, havia magia espalhanda por todo lado em storybrooke, afinal, amanhã já é natal. Esta noite todos iremos para a minha casa, ficaremos juntos na sala, curtindo a presença um do outro. Durante muitos anos da minha vida eu quis ter uma casa com uma família que me amasse, porque eu sentia vontade de sentir o lindo sentimento que o natal proporciona a todos, e no final de tudo, eu consegui muito mais do que eu queria.

Entramos em meu carro, Killian ia ao meu lado e Henry ia no banco de trás. Meus pais foram para casa andando, apenas para poderem ficar juntos por mais tempo e Regina disse que iria visitar a sua irmã. É otimo saber que depois de tudo que nós vivemos de ruim -maldições, pessoas sedentas de sangue, magias, portais que te levam para passado e que podem ter fazer mudar todo o curso das coisas no futuro- estamos todos voltando a uma vida normal, não igual a vida do resto da população mundial, mas perto disso. Killian contava uma história para Henry sobre alguma de suas aventuras, eu não tinha sombra de duvidas de que aquilo era mentira, mas ele falava de maneira convincente que por um segundo eu esquecia a minha tese sobre aquilo ser mentira. Henry ria da forma que ele falava, os dois riam juntos e se tratavam como melhores amigos. É impossível não manter um rosto quando se está com as pessoas que você ama. Eu estou com três delas. Duas pessoas que mais amo estão bem aqui ao meu lado e a outra eu nem conheço ainda, nunca ouvi o choro ou a voz, nunca segurei em meus braços, mas já amo tanto que chega a quase não caber dentro do meu peito. 

Em menos de dez minutos eu já estacionava o carro na garagem de casa. Killian e Henry comentavam sobre as magnificas decorações de natal das casas ao redor da nossa, todas estavam muito bem ornamentadas, cobertas de lindas decorações de natal e pequenos pontos de luz que quase chegavam a sumir, por causa da claridade ainda oferecida pelo sol. 

Somewhere we go, I love you!Onde histórias criam vida. Descubra agora