XXIII

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•••Storybrooke•••
Emma Swan...

Sentia os lábios de Killian tocarem cada parte do meu rosto, em uma tentativa de me ajudar a despertar. Soltei alguns risos conforme senti os beijos dele serem substituídos por suas mãos, que faziam cocegas em lugares estratégicos do meu corpo. Os meus risos incontidos soavam por todo o quarto, alegrando o ambiente e arrancando risos dos lábios de Killian também, que se juntavam aos meus, se fundindo em um som perfeitamente agradável para nós dois. Aos poucos Killian se retirou de cima de mim, me dando a oportunidade de ter a minha respiração recuperada. Ele se levantou da cama e segurou as minhas mãos, me ajudando a ficar de pé bem a sua frente. Enrosquei os meu braços ao redor do pescoço e ficando na ponta dos pés para beijar-lhe. Killian e eu marcamos uma consulta no obstetra, para sabermos como está a saúde da nossa pequena criação e a consulta, felizmente, é hoje.    

- Está ansioso? - Questionei, enquanto tocava os pelos da sua barba. 

Killian respirou fundo antes de me responder.

- Muito mais do que eu imaginarei que ficaria. - Ele respondeu, tocando meu queixo e beijando a minha testa logo em seguida. 

Eu sabia que ele nem entendia muito bem o que estávamos indo fazer, mesmo depois de eu ter explicado a ele milhares e milhares de vezes. Eu também estava ansiosa, assim como estava com um certo medo de alguma coisa dar errado, mas o medo passava sempre que os meus olhos encontravam os olhos de Killian, que mantinham uma expressão confusa ao me ver o olhando com tanta tranquilidade, mas que também mantinham um tom contente. 

- Vou tomar banho, pra gente se arrumar e ir fazer a ... ultrasanfonia! - Killian falou, arrancando uma risada descontrolada da minha garganta. 

- É ultrassonografia. - digo, falando pausadamente, na expectativa de que ele consiga aprender como se fala.

Killian esboça uma falsa expressão brava, enquanto vai se afastando cada vez mais de mim. 

- Não ri de mim, Swan. - ele disse, fazendo cara de bravo. - Eu ainda estou tentando me acostumar. - concluiu.

Engoli o riso imediatamente e coloquei uma expressão séria no rosto, tentando não lembrar  da forma que ele chamou a ultrassonografia, para não voltar a rir bem na sua cara. Ele cruzou os braços e me olhou com um falso desdém, tentando disfarçar a tamanha vontade que ele tinha de rir. 

- Tudo bem, eu prometo não rir mais. - digo, levantando os braços e o fazendo assentir positivamente para mim.

- Então eu vou tomar banho, senhora sabichona. - Ele disse, repondo a cara de bravo -que na verdade estava clara não passar de uma mera atuação. 

- Vai lá, pirata bravo! - eu disse, apertando as bochechas dele, que acabou não conseguindo segurar o riso. 

Senti os seus lábios tomarem os meus com certa pressa e logo ele se afastou de mim, caminhando em direção ao banheiro. Eu me deitei de volta na cama logo em seguida, descansando as minhas costas sobre as cobertas que me receberam de maneira confortável. É incrível a capacidade que Killian tem de alegrar tudo e todas as pessoas ao seu redor, até mesmo com um pequeno erro. Eu sempre o admirei muito pelo seu astral, que é o mesmo em todos os momentos, que muda algumas vezes de acordo com as circunstancias, mas que logo reaparecem sem dificuldade alguma. Abraço-me ao travesseiro de Killian, inspirando fundo para que o cheiro suave que estava no travesseiro chegue com mais força em minha narina. Para mim, não tenho nenhuma preferência de sexo. Minha única preferência é que o nosso filho, independente do sexo, tenha o mesmo astral e gênio de Killian. Que seja exatamente como o pai, uma pessoa que trás alegria a qualquer um, independente do lugar onde chega. 

Somewhere we go, I love you!Onde histórias criam vida. Descubra agora