XLI

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•••Floresta Encantada•••
Emma Swan...
4 meses depois

Conforme os dias iam se passando e eu ia me acostumando ao novo estilo de vida, comecei a reparar como minha vida havia mudado em tão pouco tempo. Pensava como eu havia ganhado tudo que sempre quis mesmo sem ter esperança nenhuma. Ganhei Henry, a única pessoa que achei que jamais veria novamente, ganhei os meus pais, que nunca achei que teria oportunidade de conhecer, ganhei amigos incríveis e descobri que o amor é a força. O pilar essencial da vida. A força que te levanta nos dias em que você não tem a miníma vontade. A luz que nunca se apaga. Tão essencial para a vida humana quanto o ar. A única coisa do mundo que nunca morre, nunca deixa ou deixará de existir. Ganhei presentes que nunca mereci. Cheguei a lugares que nunca imaginei que chegaria. E, eu cresci. Cresci de maneira inimaginável.

E com os dias que voavam rapidamente, tudo que eu queria era que meus filhos tivessem a mesma oportunidade que eu tive. De conhecer de perto o que é o amor, o que é ser amado e o que é amar. Era o único desejo que fazia todas as noites a todas as estrelas que via no céu, que eles sejam tão felizes quanto eu e, se possível, que sejam ainda mais felizes do que eu.

Léa crescia cada vez mais rápido, todos os dias. Olhar-me no espelho me trazia uma surpresa a cada dia. Uma barriga enorme me fazia ficar assustada com a ideia de que em pouco tempo ela já não estaria mais protegida dentro de mim, se alimentando por mim, respirando por mim... pensar que logo ela não seria totalmente dependente de mim era assustador e ao mesmo tempo reconfortante. Mal podia esperar pelo dia em que Killian e eu começaríamos a lhe ensinar tudo que um dia ela ensinaria para outro alguém. Mal podia pensar em Killian sendo pai que começava a rir, só de imaginar ele com seu jeito todo desajeitado e enciumado. Sem sombra de dúvidas, ele seria um pai impecável.

Com o findar dos dias, minha mãe ficava ainda mais nervosa, já que ainda não tinhamos absolutamente nada para o quarto de Léa, e eu sempre tentando acalmá-la com a ideia de começarmos a preparar isso conforme a bebê fosse crescendo e eu começasse a tomar coragem para deixar ela passar uma noite longe de mim, por mais que no quarto ao lado. Tive que insistir muito para que meu pai começasse a deixar Killian mais tempo comigo, já que eu estava quase no final da gravidez e precisando cada vez mais de ajuda para fazer desde as coisas mais dificeis até as coisas mais simples. Me cansava mais rápido por causa do peso do meu corpo, a ansiedade tirava a minha razão e minhas pernas já não conseguiam mais me acompanhar em todos os lugares. Meu pai também ficava nervoso quando reparava no tamanho da minha barriga, e eu percebi o quanto era louco para ele acompanhar a filha dele gravida e prestes a ter uma filha do único homem que ele achou que jamais terminaria com ela. Henry parou de contar histórias a Neal assim que o mesmo insistiu de que ele deveria começar a contar as histórias para Léa, isso aconteceu depois de minha mãe lhe contar que Léa podia nos ouvir.

Eu estava sentada na cama, com Killian ajoelhado na minha frente, enquanto conversava despretensiosamente com Léa quando comecei a sentir as contrações. Ele ficou assustado e eu nunca o tinha visto tão nervoso como naquele momento em que eu me levantei e o liquido da bolsa começou a molhar o chão do nosso quarto. Ele simplesmente correu para fora do quarto para pedir ajuda, que chamassem a parteira, enquanto eu tentava conciliar a alegria que estava sentindo em finalmente poder ver ela com as fortes dores que sentia, em um período muito curto de tempo. Lembro do sorriso imenso que minha mãe expunha no rosto quando entrou no quarto e correu para me ajudar a colocar uma roupa que não fosse atrapalhar o parto. Ela me deixou apertar suas mãos quando sentia que havia mais uma contração a caminho. Logo Killian chegou acompanhado da fada azul e em questão de minutos, ela já havia começado a fazer os procedimentos necessários para o nascimento da minha filha.

Killian chorava mas tentava não demonstrar. Minha mãe já não estava se preocupando com isso. Ambos seguravam as minhas mãos enquanto eu me esforçava para agilizar o parto. As lágrimas que escorriam pelo meu rosto se uniam as gotas de suor provocadas pela euforia e esforço que fazia naquele momento. Vários flashes do parto de Henry se passaram em minha mente, o que me fazia chorar ainda mais. Agora o pai da criança estava comigo, minha mãe estava ao meu lado para ver a minha felicidade e me ajudar. Eu tinha conforto e segurança. E eu estava livre, nenhuma algema me prendia a minha cama. E tinha a consciência de que a melhor chance da minha filha era ficar comigo e ter tudo aquilo que eu nunca tive. Dessa vez as coisas pareciam incrivelmente certas.

E quando eu menos imaginei, a fada azul me entregou a minha filha em meus braços. E apenas em pegá-la eu consegui sentir toda a luz que havia dentro dela, toda a bondade, todo o amor e, especialmente, todo o poder que ela carregava. Minha vista estava embaçada por conta das lágrimas, mas eu não precisava de uma visão perfeita para saber que ela era perfeita. Quando eu finalmente consegui enxergá-la direito, senti os meus lábios se moverem involuntariamente em um sorriso gigantesco. Os poucos cabelos em sua cabecinha eram loiros, e seus olhos se mantiveram fechados enquanto ela se desmanchava em lágrimas. Olhei para Killian e com cuidado estiquei a mão, que ele segurou e se sem soltá-la, sentou-se ao meu lado na cama. Ele ficou estático olhando para a sua filha, enquanto suas lágrimas desciam sem seu consentimento. Killian e eu começamos a limpá-la singelamente, o que a fez parar de chorar. Soltei a mão de Killy e trouxe a minha filha para mais perto do meu rosto, sentindo as lágrimas de alegria saltarem dos meus olhos.

- Seu pai e eu jamais deixaremos que algo aconteça com você.

Eu disse, carimbando os fios loiros de sua cabeça com um beijo delicado. Selando a minha promessa. Olhei para Killian e com cuidado, pus Léa em seu braço. Ela fez careta no começo e quis reclamar, mas sem que eu precisasse intervir, Killian conseguiu acalma-la e eu notei que estava certa sobre ter pensado que ele seria um pai perfeito. Ele era cuidadoso e isso era visível pela forma delicada que ele a olhava, como se ela fosse o tesouro mais precioso dele, que poderia se quebrar mesmo com o minimo deslize.

- Parece que é mentira.

Ele disse, me fazendo rir. Concordei com a cabeça e olhei na direção da minha mãe, que estava a nos observar com um sorriso todo orgulhoso. Não precisei de muito para que ela entendesse que eu queria que ela viesse ver a sua neta.

- Eu tenho uma filha! - Killian comentou, com os olhos cheios de emoção.

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⏰ Última atualização: Apr 16, 2018 ⏰

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