O papai Noel me leva – me arrasta – de volta para onde ele enfiou aquela coisa na minha cabeça e me rodou como se fosse um maluco.
Ele solta a minha mão, apenas para passar um dos braços grandes sobre os meus ombros e me conduzir em uma caminhada pelo Central Park sem o meu consentimento.
Depois de se convencer de que eu não vou sair correndo, ele me solta. Enfio as mãos nos bolsos do casaco de novo. E então, ele começa a se apresentar.
– Eu sou o Olaf.
– Olaf? Tipo o boneco de neve de Frozen? – pergunto franzindo a testa, quase me esquecendo de que não queria estar aqui.
– Bom, eu nasci muito antes de inventarem esse bonequinho, então não faço a mínima ideia de onde meus pais tiraram esse nome.
Ele ri. E, como se a risada dele fosse algo contagioso, meus lábios se curvam em um sorriso.
– E você?
– Izzy.
– Izzy de Isabela?
– Não. Izzy de Izzy.
– Tudo bem, Izzy de Izzy. – Ele sorri. – Tenho 19 anos, nasci em uma cidade que você provavelmente não conhece e não sou um sequestrador. Algo mais que precise saber antes de sairmos daqui?
– Para onde você quer me levar? – pergunto virando-me para ele, e percebo que ele já está me observando.
– Conheço uma senhora que faz os melhores biscoitos de natal. Você vai adorar. E o melhor de tudo, não precisamos pagar.
– Acho que prefiro ficar por aqui mesmo.
– É natal. – Não tenho tempo nem de reagir antes de ele pegar a minha mão de novo e me girar como fez a pouco. – Vamos nos divertir, Izzy de Izzy.
– Olha Olaf, não me leve a mal, mas eu... eu não gosto do natal.
O rosto dele fica pálido, os olhos verdes se arregalam e sua boca se abre em um "o" de surpresa.
– Como assim? Você não comemora o natal?
– Eu não comemoro porque não gosto.
– Isso é sério? Ai minha nossa! Precisamos dar um jeito nisso agora.
Olaf pega minha mão, e desviamos do nosso caminho, seguindo para 59th Street. Ele atravessa, puxando-me consigo.
– O que está fazendo, seu maluco? – grito enquanto corremos pela calçada. Meus cabelos, que vão só até dois dedos abaixo do ombro, começam a voar loucamente.
Ele não responde. Entramos em um prédio, e Olaf e eu vamos em direção ao porteiro atrás do balcão da recepção.
– Julionetos, não deixe essa garota sair daqui. Se preciso, segure os cabelos dela se ela tentar sair. – O porteiro, de idade avançada, parece ficar extremamente confuso, tanto quanto eu estou.
– Vou lá em cima trocar de roupa – Olaf diz olhando para mim. – Me espere aqui, não demoro.
– O que está acontecendo, Sr. Netyros? – ele pergunta. – O que vai fazer?
Ele se vira, entra no elevador e aperta um botão. Antes de as portas se fecharem, ele diz:
– Vou salvar o Natal da Izzy.
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Até Meia-Noite para Salvar o Natal
Historia CortaUma garota normal Uma missão para salvar o Natal Um encontro sortudo Um garoto disposto a tudo Izzy é uma jovem normal que leva uma vida simples morando com os tios em Nova York, mas a garota esconde um segredo: ela odeia um feriado que trás alegria...