PARTE DOIS - Olaf, o Salvador de Natais

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O papai Noel me leva – me arrasta – de volta para onde ele enfiou aquela coisa na minha cabeça e me rodou como se fosse um maluco.

Ele solta a minha mão, apenas para passar um dos braços grandes sobre os meus ombros e me conduzir em uma caminhada pelo Central Park sem o meu consentimento.

Depois de se convencer de que eu não vou sair correndo, ele me solta. Enfio as mãos nos bolsos do casaco de novo. E então, ele começa a se apresentar.

– Eu sou o Olaf.

– Olaf? Tipo o boneco de neve de Frozen? – pergunto franzindo a testa, quase me esquecendo de que não queria estar aqui.

– Bom, eu nasci muito antes de inventarem esse bonequinho, então não faço a mínima ideia de onde meus pais tiraram esse nome.

Ele ri. E, como se a risada dele fosse algo contagioso, meus lábios se curvam em um sorriso.

– E você?

– Izzy.

– Izzy de Isabela?

– Não. Izzy de Izzy.

– Tudo bem, Izzy de Izzy. – Ele sorri. – Tenho 19 anos, nasci em uma cidade que você provavelmente não conhece e não sou um sequestrador. Algo mais que precise saber antes de sairmos daqui?

– Para onde você quer me levar? – pergunto virando-me para ele, e percebo que ele já está me observando.

– Conheço uma senhora que faz os melhores biscoitos de natal. Você vai adorar. E o melhor de tudo, não precisamos pagar.

– Acho que prefiro ficar por aqui mesmo.

– É natal. – Não tenho tempo nem de reagir antes de ele pegar a minha mão de novo e me girar como fez a pouco. – Vamos nos divertir, Izzy de Izzy.

– Olha Olaf, não me leve a mal, mas eu... eu não gosto do natal.

O rosto dele fica pálido, os olhos verdes se arregalam e sua boca se abre em um "o" de surpresa.

– Como assim? Você não comemora o natal?

– Eu não comemoro porque não gosto.

– Isso é sério? Ai minha nossa! Precisamos dar um jeito nisso agora.

Olaf pega minha mão, e desviamos do nosso caminho, seguindo para 59th Street. Ele atravessa, puxando-me consigo.

– O que está fazendo, seu maluco? – grito enquanto corremos pela calçada. Meus cabelos, que vão só até dois dedos abaixo do ombro, começam a voar loucamente.

Ele não responde. Entramos em um prédio, e Olaf e eu vamos em direção ao porteiro atrás do balcão da recepção.

– Julionetos, não deixe essa garota sair daqui. Se preciso, segure os cabelos dela se ela tentar sair. – O porteiro, de idade avançada, parece ficar extremamente confuso, tanto quanto eu estou.

– Vou lá em cima trocar de roupa – Olaf diz olhando para mim. – Me espere aqui, não demoro.

– O que está acontecendo, Sr. Netyros? – ele pergunta. – O que vai fazer?

Ele se vira, entra no elevador e aperta um botão. Antes de as portas se fecharem, ele diz:

– Vou salvar o Natal da Izzy.

Até Meia-Noite para Salvar o NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora