PARTE CINCO - Um Beijo de Natal

217 40 50
                                    

Olaf me levou para a casa dele para montarmos sua árvore de Natal – que ainda não estava montada porque ele disse que gosta de fazer isso no dia.

Assim como todo o resto da noite, foi uma tarefa divertida. Apesar de eu ter dado um pouquinho de trabalho. Não é culpa minha se eu não sei onde cada enfeite deve ficar.

Também conversamos com a família dele pela Webcam. Olaf não pôde ir até eles esse ano, mas nem por isso eles passaram a noite separados. Ele me apresentou a sua família e explicou para eles a ideia maluca que ele teve de "salvar o meu Natal". E eles lhe desejaram boa sorte. A família dele abriu os presentes que eles enviaram uns para os outros, contaram as novidades e nos fizeram ficar com inveja da ceia farta deles.

Olaf se despediu, dizendo que meu Natal ainda não estava completamente salvo, e prometeu ligar para eles mais tarde.

A árvore já está praticamente pronta, e os pisca-pisca super coloridos já estão quase me cegando. Só falta um enfeite.

– Quer fazer as honras? – Olaf pergunta me entregando a estrela.

– É a sua árvore. Você devia fazer isso, não? – Ou talvez eu só esteja com medo de colocar a tão importante estrela lá em cima outra vez.

– Eu já coloquei no ano passado. Agora sobe aí. – Ele aponta para a escada com o queixo, e a segura para que eu possa subir.

Suspiro antes de pisar no primeiro degrau. Não seja boba, Izzy. É só uma estrela.

Então porque minhas pernas estão tremendo?

Uma das poucas coisas que me lembro de antes dos meus pais me abandonarem, é que eu colocava a estrela na árvore, não importava quantos objetos da casa eu tinha que escalar para chegar lá.

– Vai, Izzy. Estou segurando – Olaf diz, apertando as mãos em volta da escada.

Subo. E quando chego no último degrau, paro. Fito a estrela dourada na minha mão. Quando saí de casa não imaginei que fosse terminar minha noite colocando uma estrela em uma árvore de Natal.

Encaixo o enfeite na árvore, sentindo meu coração começar a perder o ritmo das batidas. E então desço, e Olaf me recebe com um sorriso enorme.

– Então é isso? A missão acabou? – pergunto, olhando as horas no relógio. 23h50min.

– Ainda tenho dez minutos – ele diz depois de acompanhar meu olhar. – Vem comigo. – Olaf oferece sua mão, e dessa vez eu a pego.

Saímos pelas escadas de incêndio do prédio e subimos para o terraço

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Saímos pelas escadas de incêndio do prédio e subimos para o terraço.

Nos degraus finais, ele tapa meus olhos com uma das mãos e me ajuda a terminar de subir. Olaf me guia até a beirada do terraço.

– Está pronta?

– Se eu ao menos soubesse para que...

E então, ele me permite ver outra vez. Eu não poderia ter aberto os olhos para algo melhor...

A vista de Nova York é incrível, e com toda a iluminação adicional do Natal, fica... é difícil explicar... é mágico...

– Izzy – Olaf me chama, apertando minha mão. Viro-me para ele. – Tenho uma última surpresa para você.

– Mais uma? Olaf, eu...

– É a última, eu juro. – Ele não solta minha mão, e enfia a outra dentro do casaco. – Enquanto comprávamos os brinquedos daquelas crianças, eu comprei algo pra você.

De dentro do casaco, ele tira uma caixinha, do tamanho de sua mão, embrulhada com um papel de presente de Natal.

– Olaf, não precisava.

– Acho que você ainda não entendeu, Izzy. – Ele solta a minha mão, apenas para segurar a minha nuca. – Eu não precisava ter feito nada disso, mas eu fiz, simplesmente porque eu quis. Solidariedade, Izzy. Isso faz parte do Natal. – Com o polegar, ele faz um vai e vem na área entre o meu pescoço e meu maxilar.

Estico-me, quase tendo que ficar na ponta dos dedos do pé para alcançar seu rosto.

– Obrigada, Olaf – sussurro o mais próximo de seu ouvido que consigo chegar.

– Obrigado, Izzy, por me deixar salvar seu Natal – ele sussurra de volta. – Agora abra a caixa.

Tiro o papel de presente com facilidade, e puxo a tampa da caixa.

Um globo de neve. De Nova York.

– É lindo, Olaf. – Balanço o globo, vendo os pequenos flocos de neve irem de um lado para o outro. – Eu não sei o que dizer, é...

Exalto-me quando seus lábios quentes pressionam os meus, me interrompendo no meio da frase. As mãos de Olaf, agora livres, seguram firme minha cintura, ajudando-me a não perder o equilíbrio.

O beijo dele é mágico, tanto quanto as luzes da cidade. E talvez, só talvez, tanto quanto o Natal.

– Você disse sem mais surpresas – digo quando os lábios dele já não mais me impedem de respirar.

– Não acho que o papai Noel vá me colocar na lista dos malvados por essa pequena mentira – ele diz, exibindo um sorriso travesso de criança. Sinto seus dedos deslizarem pelos meus cabelos curtos.

Olaf tira o celular do bolso, e depois o guarda de novo.

– Já é meia-noite – anuncia. – E então?

Guardo o globo de neve no bolso do casaco, e abraço Olaf, enroscando meus braços ao redor do seu pescoço com força.

Ele transformou a minha noite, transformou o meu Natal, quando ninguém mais pareceu disposto a tentar.

– Feliz Natal, Olaf – sussurro junto ao seu ouvido.

Por causa dele, sinto que começo a acreditar outra vez. Sinto que posso acreditar.

Sinto a magia do Natal.

*

Nota da Autora:
Obrigada por ter lido o meu conto, e não se esqueça de me contar o que achou da história do Natal da Izzy de Izzy e do Olaf de não sabemos onde! Esse é meu primeiro conto, então espero que tenha gostado...

E FELIZ NATAL...

E FELIZ NATAL

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Até Meia-Noite para Salvar o NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora