Não respondi. Lembrei imediatamente do que tinha rolado no passado. Mal sabia eu que aquele assunto ia nos incomodar tanto... E que assunto era esse?
No passado não muito distante, Ícaro era bastante bonito (como já falei) e as poucas meninas que tinham na escola eram loucas por ele. Uma menina chamada Kiara Fortarelli (era italiana) tinha entrado na escola e na nossa sala. Ele ficou completamente louco por ela, e isso foi no terceiro ano do colegial. Nos anos 90, se um homem transasse com uma mulher, ele era obrigado a casar, e graças a Deus eu era apenas um feto na barriga da minha mãe quando acontecia isso. Estudei durante os anos 93 àO Ícaro se apaixonou por ela, eles transaram, ela engravidou e ele a abandonou. Resumi a história dele durante o colegial. Ele a amava tanto, tanto, tanto... Mas, infelizmente, esse não era o padrão de vida que ele queria. Ele queria ser solteiro, ficar solteiro e pegar muitas mulheres. O Ícaro a abandonou e nunca mais teve notícia dela nem do filho dele. Pelo menos foi o que ele me disse naquele drama depois das sete cervejas.
– (respondi depois de um longo tempo) Sim, cara. Eu lembro, sim. Mas você realmente quer falar sobre isso agora?
– Gosto da minha noiva, quero me casar com ela, mas nunca irei esquecer o que eu fiz, mano. Tenho tanta vontade de conhecer o rostinho dele...
– Espero que você não esteja se casando por conta disso... Você pode tá fazendo isso pra ter outro filho com a sua noiva e esquecer o passado...
– Já pensei por esse lado e, definitivamente, não é bem assim. A Nina... Ela gosta de mim, me faz feliz, o nosso sexo é maravilhoso, ela é nota mil...
– Mas...?!
– Mas ela não me traz uma segurança. Não me traz vontade de passar uma vida toda com ela.
– Então é paixão. Cê não curte muito ela.
– Me envolvi com tantas mulheres na Bélgica e nos Estados Unidos, com tantas mulheres... Digamos que duas a cada mês, e sempre era coisa séria.
– Mas você não se casou com nenhuma delas. Tá vendo que o problema é essa sua falta do passado?
– Por que é que eu sou assim, em, Théo? Não queria ser assim, não, cara. Nunca fui sentimental, nunca me importei com ninguém, mas isso não sai da minha cabeça há anos.
– Você não tem vontade de esquecer tudo isso?
– Eu tento, mas não dá, mano. A vontade de esquecer não é maior do que a vontade de pensar nisso.
– Talvez quando você se case, você mude e ache os pensamentos certos e sua vida mude pra uma forma boa.
– Espero que sim, Théo. Espero que esse passado não estrague a minha felicidade ao lado da Nina.
– Só vai estragar se você permitir. Acho que você já é grande demais pra deixar alguma coisa te perturbar assim.
E o papo foi ficando fraco. Vi que escorreram lágrimas do olho dele e não comentei nada. Mas isso era raro de acontecer. Meu velho amigo tinha mudado mesmo. Nos tempos da escola, ele não demonstrava sentimento por ninguém, como ele mesmo disse. E agora tá aí desse jeito. Mas eu entendo a razão dele. São motivos fortes, até.
A bebedeira acabou depois de muito tempo e a pizza também. Ele se levantou e se trancou no quarto. Eu tirei a mesa e fui tomar um banho pra me refrescar. Logo depois, caí num sono bem forte.
Dias se passaram. O Ícaro sempre falava com a sua noiva pelo telefone e eu sempre escutava as conversas. Numa noite daquelas, escutei uma bem picante, Ele dizia que ia comer ela em tal posição, e depois que ia gozar na cara dela... Eu estava começando a entender essa relação do Ícaro com essa moça.
Enquanto os dias iam se passando, Ícaro ficava mais convencido de que queria se casar com ela, e eu estava ali, dando muito apoio. Fomos ao espaço que ele alugou pro casamento e ele acertou tudo do casamento. Nesse mesmo dia, na noite daquele dia, saímos pra um restaurante e eu lhe apresentei à “Jéssica (Andressa)”. Ele ficou encantado por ela. A Jéssica era uma boa atriz e convencia muito bem. A conversa rendeu muito e eu agradeci aos céus por ele não ter desconfiado de nada.
Mais dias se passaram e tinha chegado o dia. Não era o dia do casamento, e sim o dia que a Nina ia chegar, e ela chegou. O Ícaro pegou meu carro e foi lá buscar ela no aeroporto. Ele demorou bastante, mas chegou. Disse que tinha sido o transito...
A Nina era uma daquelas meninas que só de olhar pra elas você já sabia que era chata. Mas o que ela tinha de chata, tinha de linda. Os seus cabelos pretos e longos, seu corpo de uma típica brasileira e seu rosto... Muito linda mesmo, porém chata e antipática. Chegou à minha casa e falou um “oi” sem graça, de cara fechada. Mas uma coisa me deixou feliz: O Ícaro estava sorridente, animado. Ele me fez as apresentações e eu fiz o mesmo com a casa à ela. Mostrei todo o apê e ela curtiu muito, mas colocou defeitos. Senti que era pra provocar, mas esqueci isso, pois não fazia sentido já que ela tinha acabado de me conhecer. Enquanto a Nina ia arrumando as coisas no quarto, o Ícaro me chamou à parte e me pediu pra deixá-los a sós por uma hora, para que eles pudessem fazer amor, já que passaram tanto tempo sem se ver, e eu permiti. Saí de casa e deixei-os a sós. Peguei o carro pra dar uma passeada. Percebi uma coisa: tinha uma cueca no banco de trás, linda por sinal. Cueca branca, com marca de volume, um pouquinho quente, e melada. Tinha uma crosta amarela em volta do volume. Eu peguei, cheirei e fui ao delírio. Naquele momento eu tinha entendido a demora toda dos dois pra chegar em casa. Mas outra coisa me deixou curioso: Por que o Ícaro tinha pedido pra ficar a sós com ela se eles já...? Enfim, apenas aproveitei e cheirei bastante a cueca. Tava com cheiro de xixi e melada de porra... Não entendi nada!
Não parava de pensar na cueca e aquilo já tinha me deixado de pau duro, então eu aproveitei o momento. Fui até ao centro da cidade e fui com a cueca no bolso. Lá no centro tem um banheiro público enorme, onde só freqüenta homem bonito. E põe bonito nisso! Lá tinha um homem se masturbando e ele não me viu entrando. Cheguei e fui pro lado dele, e ele me notou. O homem era lindo demais... Mas antes, vamos ao que rolou ali. Cheguei, coloquei o meu pau pra fora e nós começamos a brincar um pouquinho. Ele deu um sorriso safado e tesudo pra mim. Seu pau não era grande, tinha uns 15 cm, mas era grosso, moreno, veiudo e com a cabeça bem rosada. Ele pegou no meu e começou a me masturbar deliciosamente. Peguei no seu pau, me ajoelhei e comecei a mamar. Ele empurrava sua mão para que eu chupasse mais e com mais gosto. E era isso o que eu fazia. Ele me levantou com força e me jogou dentro de um box. Doeu um pouco, mas eu caí sentado no vaso. Ele tirou sua bermuda e se sentou em cima de mim, colocando o meu pau no cu dele. Em todas as minhas relações sexuais, nunca tinha sido o ativo, e sim o passivo. Curtia sentir o pau dos caras dentro de mim. Ele sentava deliciosamente bem e aquilo foi a coisa mais gostosa que eu já tinha feito na minha vida. Eu punhetei o cara e ele gozou na minha cara. Demorei uns instantes e gozei no cu dele. Encurtando a história: Trepamos ali e saímos do box. Não tinha ninguém ali. Pra nos despedir, nos abraçamos e ele me deu o número dele. Tirei a cueca do bolso e lhe dei de presente, dizendo que era minha.
Agora sim eu posso falae dele: Alto, másculo, cabelos grisalhos, meio peludo, com barba, de pele branca, sorriso lindo e tinha 40 anos, seu nome era Dan. O homem mais bonito que eu conhecia. Ele e o Ícaro, na verdade. Mas era belezas diferentes. Os dois faziam o meu tipo.
Voltei pra casa depois de um tempo. O Ícaro estava sozinho lá. Achei estranho. Ele estava sentado à mesa, tomando cerveja, apenas de bermuda.
– E aí, Ícaro... Deu certo?
Ele ficou assustado, sem resposta de imediato.
– (falou nervoso) A Nina saiu pra fazer compras.
– Deu certo entre vocês?
– (acho que mentiu) Deu, deu sim!
O Ícaro estava nervoso, preocupado. Tinha acontecido alguma coisa por ali. Fiquei preocupado.
– Mano, aconteceu alguma coisa com vocês, ou só com você?
– Não, Théo, não aconteceu nada. Vou deitar.
Ele saiu dali e se trancou no quarto. Sim, definitivamente, tinha rolado alguma coisa ente eles. Fiquei mais curioso.
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Fiz meu amigo hetero se apaixonar por mim....
RomanceUma coisa eu digo: tome cuidado ao fazer seu amigo hétero se apaixonar por você!