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Ouvir Beirut - Elephant Gun


Anahí o afastou e o encarou. Ele suspirou.


Annie acariciou o rosto dele: Quando você não tenta ser um ogro, e não tenta me machucar Alfonso, eu sinto...



Poncho beijou o rosto dela: O que você sente, minha Annie?



Annie: Eu sinto que posso amar você!



Alfonso não sorriu, não disse nada.

Mas, o sol que batia fazia com que a água tomasse um destaque sem tamanho nos olhos verdes dele. E ela sabia que seu coração só iria disparar daquele jeito com a presença dele.
A única coisa que Poncho fez foi acariciar o rosto dela, ela fechou os olhos sentindo a caricia.
Céus como aquele toque lhe fazia bem.
Ela o amaldiçoou com todos os nomes possíveis. Por que ele tinha que causar aquele efeito nela?


Poncho sussurrou no ouvido dela: Abra os olhos Mon Chéri.



Annie oscilou: Mas...



Poncho segurou ela bem forte: Se você pudesse ver a beleza de seus olhos, em contraste com a água deste lago, Mon Chéri, eu teria certeza que você não iria querer fechar os olhos um segundo se quer.



Se ele soubesse que aquela mesma sensação acontecia quando ela olhava para os olhos dele, ele também nunca mais fecharia.

Annie suspirou e encarou-o.
Olhos nos olhos. O Contraste do verde, com o contraste do azul.

E assim ficaram apenas se encarando.

O tempo parecia não passar. Nada parecia importar.
Nada parecia ter relevância maior do que aquele momento, do que aquele olhar.

Eles não sabiam se havia passado horas, ou minutos. Eles só sabiam que aquele momento nada e nem ninguém poderia estragar, ou apagar da memória de ambos.


Annie enlaçou o pescoço dele com os braços: Arrepende-se de algo Alfonso?



Alfonso sorriu, pela primeira vez: De não ter feito o nosso casamento antes.



O meu coração que estava já disparado, tomou uma velocidade muito maior.

Os lábios dele encontraram com os meus lábios, e então os sinos que eu tanto imaginava que tocariam quando beijasse o amor da minha vida, soaram.
Os passarinhos cantaram.
E quando ele se desgrudou de meus lábios, tudo foi aos poucos sumindo.
Eu não poderia amá-lo, não, eu não poderia.


Quando senti as mãos de Alfonso apertando minhas coxas e puxando elas para enlaçar sua cintura, um calor irreconhecível tomou o meu corpo. E um barulho indesejável saiu da minha boca.



Ela tentou empurrá-lo, mas o máximo que ela conseguiu foi que a água fizesse barulho e se agitasse um pouco.



Poncho beijou o colo dela tirando as peças de roupa que ainda lhe restava: Não fuja, Mon Chéri, apenas sinta!



Ela não disse nada, alias, não houve tempo para dizer.

Poncho assim como puxou suas roupas e pernas, ele puxou o corpo dela, colando com o dele e a beijando tão intensamente que ela pensou por um só segundo que morreria por estar gostando tanto daquilo.
Mas, era loucura não era?
Ora, eles estavam em um lago, como poderia fazer aquilo que Alfonso queria, dentro de um lago?


Anahí não sabia responder, ela estava apenas sentindo como Alfonso havia lhe mandado sentir.

As mãos fortes e ágeis acariciavam seu corpo.
Os lábios macios e quentes tocavam-lhe a pele como uma leve caricia.
E ela fechou os olhos sentindo cada toque, cada beijo.
Céus, aquilo era bom demais.
E quando Alfonso encontrou a boca de Anahí, então tudo havia melhorado para ambos.
O sol quente fazia a água se aquecer cada vez mais, o corpo deles fazia o mesmo.
Alfonso tirou também as peças de roupa que lhe restava, e assim que pode ele penetrou Anahí. Doeu sim, mas dessa vez ela não gritou, apenas cravou as unhas nas costas de Alfonso e gemeu bem perto do ouvido dele.
Os movimentos começaram devagar e Anahí ia cada vez mais afundando as unhas na pele das costas de Alfonso.


Poncho: Relaxe Mon Chéri...


Annie de olhos fechados com a cabeça no ombro dele: Por favor, Poncho...



Ela não precisava terminar a frase para que ele pudesse entender, e então as investidas começaram a ficar cada vez mais rápidas, e Anahí cada vez mais sentia uma sensação nova. Uma sensação que não havia sentido das outras vezes.

E era bom, pra falar a verdade era muito mais que bom. Era perfeito.
A sensação que Anahí teve a seguir foi à maior explosão de sensações possíveis, e seu corpo relaxou de uma forma inacreditável.
Alfonso também não podia reclamar de nada, no mesmo instante que Anahí chegou a sua onda de sensações ele chegou também.
Com a respiração ofegante ele encheu o ombro e pescoço dela de beijos.



Annie sussurrou: Eu nunca imaginei dizer isso Poncho, mas, eu amo você!


Um erro, talvez aquelas palavras pronunciadas naquele momento, teria sido um erro. Mas, ela não iria se importar com aquilo agora. Ela apenas queria desfrutar daquele momento.


Alfonso não disse que também a amava, mas, ele consumiu todo o ar dela com um beijo ardente.

Não, não havia nada para pensar.
Não agora.
E eles continuaram ali, naquele lago, desfrutando de todos os momentos, de todos os instantes.
O sol começou a não esquentar tanto quanto antes, obrigando-os a sair do lago, vestindo suas roupas e logo depois montaram no cavalo voltando para casa.


Os dias passaram, como as horas também.

Alfonso se distanciou totalmente de Anahí.
O amor havia tomado à vida dela, mas, ele ainda não tinha alcançado Alfonso.

Em uma manha qualquer, depois de não sentir as mãos do marido cercando o corpo dela, ela acordou, ouvindo o barulho da água caindo ela levantou-se indo ate a origem daquele zumbido.
Ao entrar no banheiro encontrou Alfonso relaxando dentro da banheira, submerso pela água e de olhos fechados.
Ela se aproximou dele e beijo-lhe os lábios.
Ele assustado jogou água para fora e abriu os olhos tendo a visão da mulher, com olhos admiradores.

Ele tentou entender por que daquilo, se ela estava tão distante dele nos últimos dias.


Poncho serio; O que pensa que esta fazendo Anahí?

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