Capítulo 4.1 - A vista chinesa

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Bia o esperou por meia hora e acreditou que ele não viria. Disse para os seus pais que iria dormir na casa de Duda e sua mãe logicamente a liberou na mesma hora. Armando tinha viajado a negócios.

- Esta vista é realmente um espetáculo- Disse Diogo com as mãos em sua cintura.

- Pensei que você não fosse aparecer – Bia olhava para o horizonte e não se virou enquanto falava.

- Tente me entender, você estava naquele carro, falando de uma viagem para a Espanha. E eu não tenho dinheiro nem para ir para Itaipava.

- Você devia me conhecer. Eu fiquei calada, não foi pelos presentes caros, mas porque eu não quero magoar meus pais, principalmente meu pai.

- Você é muito ligada a ele.

- Sou e eu o amo muito. Fez-se um silencio neste momento e Bia abaixou a cabeça. Ao levantá-la completou:- Assim como amo você também.

Diogo beijou Beatriz apertando-a contra si em só ímpeto. Ela se estremecia cada vez mais com seu toque forte e macio ao mesmo tempo. Sentiu barba dele em seu rosto, viu que era impossível resistir e começou a abraçá-lo cada vez mais forte. Nunca sentiu isso antes, não teve vontade de parar e frear os seus instintos, pois estavam cheios e paixão. Ela estremeceu, o calor começou a consumi-la e naquele momento, sentiu algo leve e macio cair sobre seu cabelo. Quando abriu os olhos viu que eram pétalas de rosas. Diogo fez questão que sua primeira vez fosse especial. Naquele instante, Bia deu um enorme sorriso e deixou que Diogo se deitasse em cima dela.

- Aqui não é lugar para isso, meu amor. Tem certeza que você quer? É a sua primeira vez.

- Nunca tive tanta certeza em toda a minha vida. - respondeu com um olhar malicioso.

Diogo acariciou seus cabelos, que ainda tinha pétalas que ele havia jogado, beijou sua orelha e Bia estremeceu de prazer imediatamente. Era incrível como ele a seduzia em questão de segundos. Finalmente, naquele momento,  eles pertenceram um ao outro tendo somente a lua como testemunha.

Ao chegarem à faculdade, seus olhares os denunciaram. Era impossível não perceber que aconteceu algo de diferente entre os dois, uma vez que Bia estava com uma alegria irradiante. Diogo a olhava com paixão, ardência e amor ao mesmo tempo. Bia era uma mulher e sabia que sua vida não seria mais a mesma.

- Diogo, vai ser hoje. Vou contar aos meus pais sobre nós.

- Vai contar sobre a noite de ontem?

- Claro que não! Vou contar que estamos juntos.

- Você quer que eu vá com você?

- Não. Esse é um assunto que devo resolver sozinha.

Ao chegar em casa, percebeu que seu coração estava disparado. Olhou para aquele belo jardim, a enorme piscina e para o carro que tinha acabado de receber. Viu que tudo isso não teria menor sentido sem Diogo ao seu lado. Ao entrar, agradeceu por não ter ninguém na sala e encontrar somente Wesley escrevendo no seu laptop. Sentou-se ao lado dele e o olhou fixamente.

- Você quer me contar alguma coisa.

- Parece que você lê meus pensamentos.

- Não precisa, conheço você bem. É sobre Diogo.

Bia fez um sinal positivo com a cabeça.

- Aconteceu alguma coisa ente vocês.

- Aconteceu – disse Bia suspirando.

- Eu não acredito! – Disse desolado. Usou preservativo pelo menos?

- Eu conto uma coisa importante e você me faz esta pergunta? Se eu usei preservativo!

- Desculpa. Você é a minha caçulinha. Além do mais, imaginei que isso poderia acontecer. Bia se aquele cara magoá-la eu acabo com ele.

- Ele não me magoou. Muito pelo contrario – Interrompeu Bia no meio de um sorriso. – Foi maravilhoso.

- Poupe-me de detalhes, por favor.- Respondeu irritado. Você é minha irmã e não vou permitir que ninguém a machuque.

- Ele não fez e nem vai fazer nada que me machucasse – Disse Bia sorrindo, mas o meu problema é outro e você sabe muito bem.

- Nossos pais.  - Wesley suspirava e olhava fixamente para Bia. - Conte comigo para o que precisar.

- Eu sei – Disse Bia o abraçando fortemente, que naquele momento não percebeu que havia lágrimas nos seus olhos.

Ela adentrou por aquela sala com Wesley ao seu lado, pois ele sabia que sua irmã poderia precisar dele. Sandra lia uma revista e seu pai desfolhava o jornal.

- Pai, mãe eu... – Bia fez uma pausa enquanto o irmão a incentivou para que continuasse. - Eu preciso conversar com vocês. É importante.

- Pois então fale, Bia- disse o pai sem tirar os olhos do jornal.

- Olhe pra mim, por favor.

Seu pai a olhava assustado. O que eu seria de tão importante para esse tom de voz?

- Eu estou namorando um rapaz da faculdade.

Sua mãe riu abertamente na mesma hora, mas seu pai a olhava preocupado.


O que irá acontecer com a Bia? Será que os pais dela irão aceitar seu namoro com Diogo?





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