25 de agosto, 1884
Lauren's POV
Acompanho a mulher de cabelos grisalhos com postura autoritária que está a minha frente, ela abre a porta e todos pacientes se ajeitam em seus lugares rapidamente. Adentramos a sala e ela vai até um aparelho de som, desligando a música perturbadora que soava pelo lugar.
- Ei, todos vocês, atenção aqui! – Os pacientes, que fingiam estar ocupados com alguma coisa, olharam para nós. Ou melhor, para mim. – Essa é a Dra. Lauren Jauregui, a psiquiatra que ficará no lugar do Dr. Ross por um tempo. – Vi algumas mulheres trocando olhares e sorrindo, eu não sabia o porquê, mas elas pareciam ter ficado felizes com isso. – Os horários de quem faz tratamento serão os mesmos, vale lembrar que as punições também serão para quem não se comportar. – Ela disse olhando especialmente para uma garota, que assentiu com a cabeça fitando freira ao meu lado e o chão, logo em seguida.
Flashback on.- Muito obrigada, irmã Judith, eu nem sei como te agradecer, de verdade. – Agradeci sorrindo. Eu estava imensamente feliz por ter conseguido um emprego tão bom.
- A senhorita já pode começar na segunda, vou deixar tudo prontinho na minha sala, todos os papéis dos pacientes que você vai precisar. – O homem de barba cabelos negros disse com um sorriso falso antes que a freira pudesse responder. – Cuide bem dos meus pacientes.
- Pode deixar, doutor. – Respondi sorrindo, da forma mais educada possível, mesmo eu não indo nenhum pouco com a cara desse homem.
- A irmã Judith já falou sobre as coisas que os pacientes contam, então acho que não preciso te dizer mais nada. – Eu assenti com a cabeça olhando para ele. Não via a hora de sair de perto daquele homem, eu tinha uma sensação ruim sempre que estava perto dele.
A senhora – que também não fui com a cara – tinha me avisado sobre os possíveis comportamentos de alguns pacientes e que eu não deveria acreditar no que eles falavam, afinal, ''eles eram loucos''. Odeio quando os chamam assim, mas foram palavras usadas pela própria mulher. Eu trabalharia no manicômio por três meses, enquanto o psiquiatra fixo viajava a trabalho.
Flashback off.
- Venha, vou levá-la até sua sala. – Judith disse, colocando a mesma música que tocava quando entramos.
Nós andamos pelo do hospital, eu me sentia dentro de um filme de terror por causa das condições do local, era macabro, tinha uma aparência velha tinha alguns cantos com teia de aranha e poeira, os gritos ecoando pelos corredores deixavam o cenário ainda mais assustador. No caminho, encontramos algumas mulheres que ajudavam a colocar o hospital em ordem, todas elas pareciam bem simpáticas.
- Bom, essa é a sua sala, Dra. Jauregui, Ross deixou alguns relatórios dos pacientes comigo. – Disse me entregando uma pasta, que abri imediatamente.
- O quê? Quinze pacientes? Como assim, irmã Judith? O hospital tem mais de duzentos ao todo e ele só atende quinze?
- Querida, são muitos pacientes e nem todos precisam de acompanhamento psiquiátrico, ele analisou cada um e viu quem pode melhorar e quem não pode. Está tudo aí, leia todos os relatórios, você começa a atender a partir de amanhã. Estarei na minha sala, caso precise de mim. – Ela disse andando até a porta. – Tratamento psiquiátrico não vai ajudá-los. A doença mental é uma explicação moderna para o pecado, Dra. Jauregui.
Isso é muito estranho, todos os pacientes precisam de terapia com psicólogo e psiquiatra, afinal, é um hospital psiquiátrico, o único da região, um bom tratamento é o mínimo que eles poderiam oferecer aos pacientes. Outra coisa, treze dos quinze pacientes são mulheres, o que também é muito estranho.
Depois de analisar todos os relatórios, um por um, andei pelo hospital para conhecer um pouco mais o lugar, ele é até pequeno e tem poucos pacientes. Voltei àquela mesma sala de hoje de manhã, sentei e fiquei observando as pessoas. Eu sempre tive o sonho de trabalhar em um hospital psiquiátrico, desde antes da faculdade, mas confesso que é um pouco triste ver a situação dessas pessoas. Observo a garota que Judith olhou enquanto falou sobre eles se comportarem hoje de manhã.
- Doutora? – Me assusto com a voz de uma mulher que senta do meu lado. – Aquela é Camila.
- O quê?
- A garota que a senhora estava olhando, o nome dela é Camila.
- Camila Cabello?
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Bolinhos, esse foi o primeiro capítulo, gostaram?
Eu me inspirei em American Horror Story, uma das minhas minha séries favoritas, então vai ter algumas referências... Vou tentar não ficar demorando para atualizar, quanto mais gente gostar, mais rápido eu vou postar, então divulguem, manas. Tchauzinho sz
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The Asylum
Fiksi Penggemar''A doença mental é uma explicação moderna para o pecado, Dra. Jauregui.''