♥ A cerimônia ♥

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Hartley odeia esse dia, isso é praticamente uma humilhação pública.

As arquibancadas estão lotadas, ela se pergunta o que tem de tão emocionante assistir a derrota do povo da terra. Do seu povo.

No lugar aonde ficava o ringue que Hartley tinha tanto medo, agora se encontrava um grande palco montado especialmente para aquela ocasião e envolta dele havia vários Actários — um mutante metade homem e metade urso, o rosto era normal nais o corpo era coberto com pelos grossos e expressos — segurando grandes armas de laser que só de olhar Hartley ficava de boca aberta.
Ela sempre quis tocar em um deles, mas com diz as regras " não chegue perto de um Actário" Hartley nunca entendeu o motivo dessa regra, mas não retrucava. Regras são regras.

A fila está perfeitamente alinhada. Hartley sente as pernas bambear um pouco por conta de ficar ali, parada esperando a boa vontade dele. Ela não comeu nada de manhã no refeitório, porque ficara muito assustada e ansiosa com sua primeira luta, — a qual não acreditava até agora que havia ganhado — que praticamente não colocou uma migalha de pão na boca, e agora com aquela súbita cerimônia chata, não iria comer tão cedo.

Em frente da enorme fila de lutadores surge um homem com o semblante frio e poderoso, na hora Hartley sente seu corpo fraquejar "o comandante" ele era responsável pela invasão do seu país e pela escravidão do seu povo. A garota roe as unhas descontroladamente, isso é quase um tique nervoso de sua parte.

Todos sabem o que fazer.

O primeiro jogador se aproxima, ele está claramente assustado, meio duro ele se abaixa e beija a mão do comandante.

Hartley retrai o nariz de nojo da sua própria situação, e um sentimento de revolta invade seu corpo, rapidamente ela corre até o alienígena e gruda em seu pescoço, o rosto dele é de completo medo mas isso não a faz parar pelo contrário isso alimenta sua sede de vingança o qual ela usa para torcer o pescoço dele que faz o sangue jorrar perfeitamente.

Hartley arregala os olhos e retira aquele pensamento bruto de sua cabeça, dês de pequena a garota tem esses tipos de sonhos esquisitos e assustador,  e isso a faz pensar se é o seu extinto do mal?

Rapidamente ela se dá conta de que chegou a sua vez, com passos lentos mas dedicados ela se aproxima. E se vê cara a cara com o homem que destruiu a casa onde ela, parentes e amigos moravam, escravizou seu povo ne uma maneira tão cruel e nogenta. E agora está ali zombando da cara dos humanos.

Um sentimento de dor invade cada milímetro do seu corpo, e seu rosto é tomado pela angústia e aflição. A vontade de Hartley é cuspir no rosto perfeitamente alinhado do comandante, mas não faz nada fica simplesmente fitando ele e devolvendo o mesmo olhar de raiva do alienígena. "Faça alguma coisa por favor" seu subconconciente
Grita desesperadamente, mas ela não consegue.

Os murmúrios na platéia se tornam um pouco alto, os Actários levantam a arma em Sinal de alerta, o comandante espera pacientemente com as sombrancelhas arqueadas. Lentamente ela se abaixa e beija sua mão rispidamente e reprime a vontade de morde-la.

A garota se levanta, mas antes de ir embora encara ele  com a expressão de nojo, rapidamente ela volta ao seu lugar ignorando os murmuros, espantados dos jogadores.

"Mas oque você fez?" Pensa meio horrorizada com sua atitude. Será que ela iria ser penalizada? Ou pior iriam tirar a chance dela de sair da arena? Seus olhos se enchem de lágrimas, que Hartley trata logo de limpar. "Para de ser bundona!" Briga com si mesma. A vida inteira foi treinada para não sentir dor, ser fria e impetuosa. Mas concerteza  ela falhará miseravelmente, e isso fazia Hartley sentir vergonha de si mesma.

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