♥ Proposta? ♥

52 5 0
                                    

Hartley não sabia direito o que sentia. Dor,medo insegurança? Para ela era tudo igual. A garota não tinha idéia do que aconteceu com Bradley, devia estar morto ou preso. Tanto faz; ele queria mata-la. Isso de alguma forma era revigorante, na arena Hartley se sentiu tentada em mata-lo mas mesmo assim não fez absolutamente nada, será que isso é alguma forma de fraqueza? "Não, não é" pensa "você é humana por isso que não o matou"

"Humana" sinceramente ela não sabia o significado daquela palavra. Será que tinha se acostumado com aquela vida? É completamente absurdo e estranho vê uma garota de 16 anos lutando pela sobrevivência, mas essa era a dura e cruel realidade de Hartley Lewis Carter.

Logo após, de ter saído da Arena, uma alienígena a chamou e mandou a garota ficar esperando em uma cadeira nada confortável, um guarda segurando uma imença arma de laser a vigiava, : " porque eu vou querer sair dessa merda? Aqui se encontra extraterrestres malditos, todos protegidos com  arma, eu não sou burra!" Pensa irritada. Hartley estava um pouco assustada, será que iria ser castigada por não matar Bradley? Um leve tremor passa no seu corpo.

Maldita, maldita foi a hora que foi escolhida para participar da arena. Ela só queria ser normal e viver a vidinha medíocre que tinha! Será que era pedir demais? Naqueles tempos era sim.

— Hartley, venha comigo. — chama uma "mulher" de aproximadamente 40 anos, ela tinha um corpo de uma ex coelhinha da Playboy, que embora aposentada estava em bela forma.

A garota a segue meio que confusa, mas não diz absolutamente nada, claro porque foi treinada para isso, para ser fria,calma e submissa. Ser um joguinho na mão deles isso tudo a deixava muito revoltada, as vezes ela sentia vontade de se manifestar mostrar que não è um brinquedo mas simplesmente não conseguia! E se perguntava todas os antes de dormir "porque as pessoas se conformam com essa situação?" Mas a pergunta é respondida por uma única palavra: "medo" os alienígenas são melhores em tudo, todos são inteligentes, lindos e gananciosos as armas dos E.T deixavam os olhos de Hartley brilhando só de olhar, eles eram simplesmente magníficos.

O prédio que Hartley está, é enorme e todo branco não há ninguém no local e isso deixa ela ainda mais confusa, Hartley vivia na Ala B3 onde todos lutadores habitavam , e sua roupa era vermelha que mostrava claramente que era uma jogadora da arena, branca eram as roupas deles, que segundo ela aprendeu significa pureza. Ah tá.
Roupa cinzas eram a do seu povo os escravos esquecidos.

De alguma forma ela sentia vergonha, do seu povo, quer dizer eles nem lutaram simplesmente se entregaram. Será que não pensaram que estava pondo a vida de milhares de pessoas em risco? Porque se acovardaram desse jeito? Perguntas,perguntas. O maior defeito dela é ser curiosa, isso a controla completamente.

Derrepente a mulher para de frente a uma porta creme. Hartley quase cai pela parada tão abrupta da alien.

— entra. — manda a mulher irritada.

Meio relutante a garota obedece. E confessa nunca se sentiu tão feliz como agora.

— mãe! — exclama ela com os olhos arregalados, e não demora para lhe dar um abraço.

Des de quando saiu de casa Hartley não vê a mãe, e acreditou que nunca mais a veria. E agora ela estava ali abraçada com a mulher que mais ama nesse mundo. Será que é certo estar tão feliz?

— adoro reencontros. — comenta alguém com a voz entediada.

A menina se livra lentamente, do abraço quente e aconchegante da mãe e fita o rapaz.

— suponho que esteja se perguntando, o que está acontecendo. — diz  sentando na cadeira, e fazendo sinal para mãe e filha fazerem o mesmo.

Hartley se acomoda, e respira aliviada por enfim descansar as pernas.

— eu tenho uma proposta para você.

Hartley agora está completamente confusa, o que uma humana como ela poderia oferecer?

— proposta? — pergunta se ajeitando na cadeira.

— sim. — responde ele. — se você ganhar 20 lutas consecutivas, eu te deixo livre da arena.

A garota sente a respiração um pouco descontrolada, e seu coração a mil, mas como assim livre ? Ou você ganha ou morre, porque isso agora?

— mas...mas ganhar não é uma obrigação?

— é sim. Mas para incentivar lançamos esse desafio. — fala ele com um sorriso frio e cansado.

" Porque os alienígenas são tão lindos?" Pensa brincando com os dedos.

— aceita ou não?

Hartley respira fundo sair da Arena é o seu maior sonho mas isso é tão esquisito. Ela olha para a mãe que mantém os olhos fixos no chão como se não pudesse optar. O tempo foi bondoso com ela; só alguns fios grisalhos e um corpo um pouco maltratado por trabalhar demais. Se Hartley pudesse daria uma vida melhor para a mãe, antigamente era só questão de estudar e pronto! Você estava rica. Mas hoje em dia é impossível. Simplesmente isso.

As batidas na mesa soa impacientes e irritada, a garota encara o homem que espera com uma sobrancelha arqueada.

— e o que acontece se eu perder? — pergunta meio relutante.

— você morre. — fala ele óbvio.

— eu aceito! — diz ela convicta.

(...)

Dês de que chegou no seu quarto — o qual dividia com uma garota, que pelos comentários morreu hoje — Hartley pensa na tal proposta. Sair da arena isso é tão esquisito, quando entrou aqui a primeira regra ou mandamento foi ; "é impossível sair da arena, simplesmente estão todos presos." E agora aquele alienígena vem com essa história absurda.

Hartley se despediu da mãe com muito choro, e com a promessa que iria ganhar.

Aquela proposta era tão estranha, louca e maravilhosa!

Quer dizer que esperança!

A vida inteira ela acreditou que nasceu para divertir extraterrestres, e agora há uma chance de sair da arena. E Hartley não ia desperdiçar essa chance. Agora sim o jogo começou. E ela entrou para ganhar.

A garota é tirada de seus devaneios, com o som irritante do sinal.

" atenção lutadores, todos para a arena"

Lentamente Hartley se levanta e calça as sua bota preta. E ao abrir a porta se depara com uma enorme fila.

" ah não" pensa enquanto se posiciona em seu devido lugar.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

Arena De Outro MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora