Capítulo 18 - O Fim...

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Chegamos ao ginásio e já estava lotado, havia vestidos bufantes, risadas, cheiro de álcool e beijos e amassos para todo lado. Escolhemos uma mesa perto da mesa de comida, Dominik e Miguel foram pegar algo para comermos e bebermos. E então eu vi, do outro lado do salão, uma garota de máscara em um vestido vermelho igualzinho o do meu sonho, seus cabelos loiros estavam presos em um penteado elaborado e assim que vi quem estava ao seu lado, notei que se tratava de Layla.

Os meninos haviam voltado com um prato e 4 copos com ponche batizado. Conversamos e comemos um pouco, logo foi anunciada as danças lentas.
Miguel me estendeu a mão e fomos para o meio do salão, dançamos algumas  músicas, e era como se houvesse apenas nós dois. Ao fim da 5° música, o diretor anunciou que logo falaria quem era a rainha do baile deste ano.
Vic me puxou para o banheiro, estava vazio o que era estranho. Vic entrou em um dos boxs e eu me coloquei em frente ao espelho, como num passo de mágica Layla apareceu atrás de mim.

- Se assustou querida?

- Já vi filmes de terror com coisas piores que você Layla.

- Garota atrevida. Deveria saber o seu lugar, você não vale tanto quanto pensam que vale, e sabe disso. - ela disse em tom superior.

- O que você quer Layla? Me deixe em paz! - em um rápido movimento ela me grudou contra a parede

- Só depois que estiver morta. E que todo esse poder teu seja meu! - dizendo isso ela sumiu.

Vic e eu voltamos para a festa e eu percebi que havia deixado meu celular no carro, avisei ela que iria la busca lo é logo estaria de volta.

Sai do ginásio e ao invés de ir para o estacionamento fui em direção ao campo de futebol, me sentei na arquibancada e respirei. Logo senti uma tontura mas passou rápido.
Ouvi passos e quando me virei Victor estava atrás de mim, me levantei bruscamente.

- Opa, calma ai. Eu não mordo.

- O que você quer...?

- Haha! O que eu quero? - ele me encarou - Algo que com certeza só você pode me dar.

- Corrigindo você meu lindo: nos dar...- Layla apareceu do outro lado da arquibancada, em sua mão direita havia uma adaga, a mesma que eu havia visto no livro, a única que poderia matar a puro sangue da profecia.

- O que vocês dois querem? Por que não me deixam em paz?!? - gritei, na esperança de alguém me ouvisse. Perca de tempo.

- Não esta óbvio? - disse Layla ironicamente.

- Queremos te matar! - ao terminar de dizer isso Victor veio pra cima de mim ao mesmo tempo que Layla.

Pensei rápido e comecei a correr, fui em direção à floresta, depois de achar que já havia despeitado eles parei para respirar. E quando me dei conta, estava no mesmo lugar do meu sonho.

O céu acima de mim começou a fechar e logo os raios começaram a aparecer, meus sapatos haviam ficado em algum lugar pelo caminho, meus braços ardiam com os pequenos cortes feito pelos galhos. Ao ouvir um trovão me assustei.

- Ora, vejam só, ela tem medo de tempestade Kkkkkk - Layla estava bem à minha frente como no meu sonho.

- Parece que nossa puro sangue não é tão corajosa quanto devia...- Victor apareceu logo atrás de mim.

Comecei a correr novamente desviando dos dois e então quando parei de novo, tinha voltado para o mesmo lugar. Eu havia corrido em círculos. Ouvi uma risada feminina e logo depois uma masculina, e então Layla e Victor apareceram.

- Achou mesmo que conseguiria fugir... - disse Layla em um tom de irônia.

- Vamos te encontrar aonde quer que você vá May... - disse Victor

- E você não tem mesmo para onde ir.. Você vai morrer..- o ódio transbordou na voz de Layla ao dizer isso.

- E nem seu amado Miguel poderá te salvar, a profecia irá se cumprir a nosso favor..- agora havia malícia no tom da voz de Victor.

Me concentro, fecho meus olhos, e quando torno a abri-los me sinto diferente e mais forte, num piscar de olhos arremesso Victor contra uma arvore e logo depois  estou em frente a Layla, me jogo em cima dela e começamos  brigar, puxões de cabelos, arranhões e tapas... rolamos e chegamos a beira do penhasco, levantamos e ela me coloca de costas para a beira, ela esta cada vez mais se aproximando, ao ver que estou a um passo da queda eu paro, ela chega bem perto e gruda suas mãos no meu pescoço, eu começo a sentir as tonturas de novo, perco minha força e me vejo pendurada pelas mãos dela, a ondas do mar batem com foça nas pedras pontiagudas lá embaixo, eu estou a um passo da morte, então sinto as mãos que envolvem meu pescoço afrouxarem e consigo tomar fôlego, quando olho para ela há uma flecha atravessada em seu peito. Nós duas despencamos, mas sinto algo me segurar, olho para cima e vejo...aqueles lindos olhos azuis, é Miguel....

- Eu sempre irei te pegar.- diz Miguel com firmeza.

Estamos voltando para a cidade quando Miguel é puxado pra trás, seu arco e suas flechas são jogados para longe, Victor esta em cima de Miguel e os dois trocam socos, eu consigo me concentrar o suficiente para separá-los com minha telecinesia, me coloco entre eles, ambos sangrando...

- Você não pode salvá-la, sabe disso - grita Victor.

- Não vou deixar que nada aconteça a ela... -Miguel faz um movimento rápido e Victor é arremessado contra uma árvore, desmaiando.

O céu está mais escuro, a chuva começa a cair, relâmpagos e trovões soam lá em cima, raios iluminam a cada segundo, então me vejo novamente naquele repetido pesadelo...

Estou de frente para Miguel, seus olhos azuis são a única coisa que consigo enxergar na escuridão, os raios iluminam seu rosto de tempos em tempos.. Ele me olha diferente, antes eu não entendia aquele olhar, hoje vejo que é de puro amor, fixo meus olhos nos deles e então vejo sua expressão mudar, aqueles olhos que antes demonstravam amor e alivio agora estavam cheios de medo, eu não entendo o porque...
E então um...dois...três....no quarto relâmpago sinto uma dor forte no peito, olho para baixo e vejo uma flecha atravessada entre meus seios, sinto minhas pernas fraquejarem, olho para frente de novo e não vejo Miguel, antes de atingir o chão sinto seus braços forte me envolverem, ele está apavorado.

- May. May meu amor! Fica aqui comigo! Por favor! - ele chora.

Tudo começa a ficar preto e então...


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