Capítulo 5

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O dia estava cansativo e Oliver estranhamente inquieto. Bufou devaneando consigo mesmo.

Estranhamente... A culpa é da italiana!

A mulher não havia saído da sua cabeça desde a maldita hora que a deixou na noite anterior. Isso o fez ficar mal humorado, ainda mais depois de acordar com um pesadelo. Ele latiu ordens e fez da vida das suas duas AP's (assistente pessoais) um inferno. Ele se levantou andando à margem da grande janela de vidro do seu escritório. Pôs as mãos na cintura enquanto observava as pessoas lá embaixo.

Italianinha maldita... Dê algum sinal!

Pensou ele, desde que ela não havia retornado as suas flores que foram acompanhadas de um bilhete que ele fez a mão. Tinha costume de mandar flores, mas nunca fazia a mão os cartões, pois achava desnecessário. Porém para ela abriu uma exceção, mas a criatura era ingrata.

Riu com o pensamento, na verdade, Beatrice Bertinelli era uma bela praga que conseguia deixá-lo como um adolescente babão querendo sua primeira transa. Suspirou cansado e ouviu uma batida na porta o fez soltar quase um rosnado. Provavelmente era Brenda, já que Amélia tinha saído para resolver algo que ele pediu.

— Entre! — disse e ouviu a porta se abrir e fechar, mas ninguém falou nada. Franziu o cenho com irritação. — O que é foi Brenda?

Falou com a voz impaciente se virando e teve uma bela surpresa. Na verdade, uma maravilhosa surpresa embrulhada em calças skinny branca, junto de uma camisa de botões da mesma cor e uma jaqueta de couro no braço. A italiana parecia jovial, rebelde e totalmente arrebatadora com aqueles olhos azuis penetrantes.

— Perdeu a língua Storm?

Beatrice olhou para o homem com o semblante atônito. Ela quis rir, mas só deixou uma expressão sacal aparecer. Aproveitou que ele estava distraído e deu uma boa olhada no que o homem vestia. A calça grafite justa do terno, junto da camisa social enrolada nos punhos, e uma gravata cinza. Parecia um homem de negócios, mas extremamente quente ali parado na frente daquele grande janela. Ele ainda a olhava sem dizer nada, mas então sorrio.

— Você sempre surpreendendo... Como entrou aqui sem eu saber?

A italiana soltou um bufido enquanto entrou mais a dentro do escritório observando a decoração. Tudo era muito masculino, porém elegante, e organizado. Sentiu os olhos atentos do homem nela e o encarou indiferente ao parar bem no meio do ambiente.

— Bárbara Willians! — estalou o nome dos seus lábios e o Storm sorriu, sacudindo a cabeça.

— Claro, a nova investidora que marcou horário em minha agenda! Eu não diria que você é uma investidora...

Oliver sorriu, a visão dela ali o deixou perturbado e excitado, não estava preparado para esse encontro. Ele a viu dar de ombros enquanto andou com uma calma insuportável e sentou-se na cadeira de couro a frente da mesa dele.

— Eu diria que sou sim. Afinal minha família está injetando milhões aqui!

Beatrice disse astuta e ganhou um olhar divertido do Storm. Ele cruzou os braços, ressaltou seus músculos, e ela tentou ignorar aquilo. Oliver continuou onde estava e ficou observando a figura relaxada em seu espaço.

— Fez seu ponto Srta. Bertinelli. O que devo a honra da visita tão inesperada?

— Sinal de fogo...

Respondeu a mulher muito interessada em suas cutículas, mas na verdade apenas ignorava o olhar cheio de expectativas do Storm. O homem lembrou que pediu que a italiana lhe mandasse um sinal, vir até ele foi mais do que imaginou, na verdade, aquela criatura era tudo, menos previsível.

Uma CriminosaOnde histórias criam vida. Descubra agora