Oliver estava mais controlado, mas não "frio", como deveria esta, era impossível dentro daquele espaço reduzido que ocupava com a Bertinelli. Ele só se deu conta que estavam na parte mais baixa da cidade quando já paravam em frente a um galpão.
— Não ouse sair do carro...
A italiana falou bruscamente e ele a olhou, mas ela não o olhava, estava séria fitando o horizonte.
— Achei que ia me deixar te ver em ação...
— Não hoje. — ela estava ártica, com uma postura de retidão diferente... Era o Anjo ali, não mais só a Bertinelli.
— Sim senhorita!
Ficou feliz por sua voz sair sem indícios que estava quase explodindo em suas calças pelo simples fato de está perto dela, porém dessa vez ganhou um olhar que admitiu como tíbio.
— Comporte-se Storm!
Beatrice queria meter a mão na cara do homem. O "senhorita" dele era capcioso, e essa dualidade, lhe deixa com vontade de bater nele com muita força. Ela saiu do carro e ouviu algo como "sim princesa italiana" junto de uma risada baixa dele, bufou fechando sua jaqueta. Não olhou para trás, mas sentiu os olhos dele pregados nela. Ignorou e levantou mais seu queixo, em uma postura firme, enquanto fechou sua jaqueta, dirigindo-se para a entrada do galpão onde tinha um capacho de Green.
De dentro do carro Oliver observava a mulher, Ela o divertia na mesma medida que ele parecia irritá-la. Passou a mão nos lábios vendo a maneira tão elegante que ela caminhava. Aquela superioridade que exalava dela era tão atraente, a deixava fascinante diante dos outros seres tão mundanos. E em meio a essa avaliação do homem não demorou a ver a italiana chegar até a porta do galpão e entrar facilmente, porém nesse minuto o Storm tirou o sorriso do rosto. Aquele filho da puta está olhando para sua bunda...
— Seu merda!
Falou o Oliver irritado com o capacho que cobiçava o traseiro da italiana. Queria sair do carro e chutar a bunda dele por pensar que podia sonhar em ter tudo aquilo, por ter ela, a mulher por quem ele estava comendo o pão que o diabo amassou, mas se controlou. Sabia que se saísse do carro ia arrumar problemas com Beatrice e essa não era uma briga que queria lutar, mesmo que estivesse louco para quebrar o nariz daquele bosta.
Beatrice nem precisou falar quem era apenas passou pelo segurança e claro, o estúpido olhou para sua bunda. Ela não fez nada apenas continuou andando, até ser notada pelos que estavam ali, rapidamente ela contou cinco homens. Três jogavam cartas numa mesa tão decadente quanto todo o lugar, havia mais um limpando uma arma e outro no celular todos do lado oposto próximo da mesa.
Um pensamento contente deslizou por ela quando concluiu em seguida um plano de ataque, caso precisasse. Mataria primeiro o que estava com a arma, depois o do celular e por os três primeiros considerando que estavam sentados o tempo de reação seria lento e prejudicado pela bebida, pois ela já tinha notado as garrafas de cerveja. Ia ser tão fácil que já a deixava entediada.
— Nem se levantem ou saiam dos seus lugares...
Falou ela com uma calmaria gélida sentida imediatamente. Os homens ficaram pasmados por estarem vendo a bela mulher, mas Green que estava na mesa ficou inerte pelo simples fato: Era o anjo da morte e ele não podia estar mais ferrado.
— Bertinelli...
O líder, Green, falou como um pato rouco ou um rato querendo fugir do gato. Qualquer uma das comparações ofendiam os animais, chegou à conclusão Beatrice. Viu os outros quatro homens mudarem de postura ao ouvirem seu sobrenome.
Isso mesmo queridos... Lembrem-se de quem eu sou... Beatrice parou a menos de dois metros da mesa, estava exposta, mas não via risco e de qualquer forma aquela exposição "perigosa" lhe divertia.
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Uma Criminosa
Romance📌 SAÍDA DO WATTPAD 09/09/2020 (DEGUSTAÇÃO) 📌 AMAZON e Kindle Unlimited - Estreia 12/10/2020 Sinopse: LIVRO DERIVADO DE "UM MAFIOSO". Beatrice Bertinelli é conhecida por sua beleza, tão como por ser fria e imbatível como o "Anjo da Morte", no enta...