Prólogo

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Obrigado aos leitores q avisaram q esse cap estava desconfigurado!

Coloquei o texto novamente para ver se agora vai. Alguém me avise se ainda estiver dando problemas, tudo bem?

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-Louis! Hey Louis! – a professora o chamava insistente.

Ele estava a poucos passos dela, sentado em uma cadeirinha nas coxias. Tinha cinco anos e iria se apresentar na semana cultural da escola.

Louis possuía vividos olhos azuis e era uma criança muito simpática. Desde que aprendera a falar, saia dizendo a qualquer um nas ruas "Oi, tenha um bom dia!" e abria um sorriso de fazer derreter o coração de qualquer velha rabugenta.

Mas o pequeno havia se deparado pela primeira vez com algo que não lhe deixava inseguro: o palco.

Louis era muito criança, mas cantava encantadoramente. Quando sua mãe, Jay, soubera da semana cultural e que era permitido às crianças se apresentarem, sugeriu a ele que cantasse algo. No início ele ficara feliz, escolhera uma música animada e até mesmo ensaiava para seu grande número, porém quanto mais o dia se aproximava, mais a sensação nova da insegurança tomava conta de seu pequeno ser.

A mãe estava tão animada que ele achou melhor ir até o fim.

Agora lá estava ele sentado nas coxias esperando sua vez. Usava uma roupinha social: a camiseta azul clara realçava seus olhos que estiveram concentrados em suas mãos ou no chão desde que a mãe o havia deixado ali sozinho para se juntar ao pai e a irmã de quase um ano de idade, Lottie, na plateia.

- Louis? – a professora o chacoalhou e ele a encarou ligeiramente assustado "é agora..." pensou nervoso. – Vamos, o próximo é você.

Ele se levantou lentamente e a professora ajeitou sua camisa ao mesmo tempo em que uma garota sorridente saia com seu bambolê do palco, embaixo de aplausos.

A professora sorriu para ele enquanto seu nome era anunciado e com um leve empurrão, ele pisou no palco.

A luz em seu rosto era bastante forte, ele não conseguia ver muita coisa. Mas a plateia estava lá. Ele podia ouvir os sussurros e o barulho das pessoas se movimentando. Os rostos que conseguia ver eram os das fileiras da frente e ele pode identificar seus pais e a irmã na segunda fileira, canto direito.

Parou em frente ao microfone e os primeiros acordes de uma música infantil começaram a soar ao fundo. Pode sentir as mãos ficarem mais suadas e geladas. Sentiu um arrepio de medo na espinha e seus pequenos olhos estavam fixos em lugar algum. Sua hora de cantar ia se aproximando e Louis havia subitamente esquecido a letra de sua música favorita.

A deixa para ele começar a cantar veio e se foi e o garoto parecia uma estátua no palco, não somente por não se mexer ou não dizer nada, mas também por estar subitamente pálido.

Jay e Mark trocaram um olhar apreensivo. Jay passou Lottie para o colo do marido sentindo que talvez tivesse que ir a beira do palco acalmar o filho. Quando fazia menção de sair do lugar, porém, Louis olhou para as coxias e saiu correndo para lá, passando pela professora que estava no caminho tentando acalmá-lo.

Ele correu para um canto escuro atrás do palco e se encolheu mais quando ouviu a professora chamar seu nome. Apertou os olhos marejados com firmeza, abraçando o próprio corpo.

Jay o encontrou depois de procurar uns bons minutos. Mark com Lottie no colo a seguindo. Ela baixou para ficar em sua altura e ele a abraçou forte sentindo-se protegido naqueles braços.

- Shiiiu. – ela começou enquanto acariciava seus cabelos. – Está tudo bem, você pode tentar de novo, ninguém está bravo com você.

- Não, não. – ele respondeu baixinho.

-Lou...

-Quero ir pra casa, mamãe. – ele continuou, começando a deixar as lágrimas rolarem. – Por favor...

Jay o pegou no colo e Mark deu um sorriso fraco para ela, concordando que eles deveriam ir embora.

- Tudo bem. Ano que vem vamos ensaiar mais e...

-Não! Não quero nunca mais! – Jay suspirou e ia reconforta-lo, mas ele continuou. – Não quero cantar nunca mais. 

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