O Idiota Do Melhor Amigo Do Meu Irmão

Capítulo 7

Vitória Narrando

Acordo com uma voz me chamando e que eu conheço muito bem, e amo acordar ouvindo esse doce som. Abro os olhos com um pequeno sorriso se formando em meus lábios.

- Bom dia, mãe - digo finalmente olhando para a mulher ao meu lado.

Minha mãe é linda, ela tem os cabelos cacheados na altura do ombro, ruivos, olhos azuis. Minha aparência física é consequência dela, assim como meu irmão me lembra meu pai, sou como uma cópia da minha mãe mais jovem.

- Bom dia, minha querida – minha mãe diz com um sorriso lindo. Aquele que estava com saudades – Levante-se, e arrume-se vou levar você e seu irmão para almoçar no shopping hoje - ela diz indo em direção a porta.

Não quero sair, mas também não quero dizer não a minha mãe. Passamos tão pouco tempo juntos que não quero tirar dela esses momentos. Porém, sair de casa hoje, depois do que aconteceu. Sei que preciso me distrair, e as meninas até dormiram aqui comigo ontem, porém elas precisaram sair cedo hoje, ambas iriam sair com suas famílias, elas até tentaram ficar, mas disse que não era preciso, que estaria bem. Com um suspiro me levanto e vou até o banheiro é tomo um banho. Coloco uma roupa um pouco mais comprimida, meu corpo ainda estar com hematomas, e não quero que minha mãe veja. Faço uma maquiagem para esconder um pequeno machucado embaixo do meu queixo, e acredito que minha mãe não tenha visto, assim que finalizo eu desço para toma café. Quando chego na cozinha meu irmão já está arrumado.

- Bom dia, como você está? - ele pergunta se referindo ao acontecimento de ontem.

- Estou bem, obrigada - digo dando um beijo no seu rosto – Mãe? – chamo sua atenção vendo que ela mexe na sua bolsa.

- Estão prontos? – ela pergunta e me olha – Você vai com essa roupa? Coloque um vestido, o dia estar lindo – ela me diz com um sorriso doce.

- Mãe, sabe o que é. Eu não quero sair hoje, podemos só pedir algo e comer em casa? – falo e vejo seu olhar me analisando e acabo virando o rosto para meu irmão pedindo socorro.

- Porque não quer sair? – ela pergunta me olhando seria.

Sei que preciso contar a ela, mas isso só a deixaria preocupada, e principalmente culpada.

- Só estou cansada. Tive uma semana muito agitada e já estou cheia de trabalhos da escola – digo e dou um sorriso para tentar convencer ela a ficar em casa

- É dona Paula, vamos ficar em casa hoje – meu irmão vai até ela dar um beijo em sua testa, fazendo ela olhar para ele e depois para mim – Vamos, mãe. Eu também estou com alguns trabalhos da faculdade para terminar – ele insiste fazendo ela suspirar em derrota

- Tudo bem, se vocês querem assim – ela diz e dar um pequeno sorriso – O que querem para almoçar? – ela diz pegando o celular e ligando para o restaurante.

- Pode ser carne – digo e olho para meu irmão agradecendo pela ajuda. Assim que ela faz nossos pedidos, ficamos na sala esperando enquanto ela diz como estão as coisas em seu trabalho. Minha mãe trabalha numa empresa como secretária de um cara rico, só que devido seu trabalho ser em outra cidade, a gente a ver de 15 em 15 dias, pois ela tem que estar à disposição de seu chefe. Não era assim antes do meu pai morrer. Não, minha mãe estava sempre em casa cuidando de nós, sempre presente em nossas vidas, meu pai sempre chegava na hora certa, sempre tínhamos eles na hora do café da manhã, na hora do almoço e na hora da janta. Contudo, em uma noite ele não chegou na hora certa.

Assim que nossa comida chegou, fomos para a cozinha e comemos e conversamos mais ainda. É sempre bom ter nossa mãe em casa, ela sempre liga para saber como estamos, mas nada se compara em ter ela em casa.