Capítulo 8

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Felipe Narrando

Acordo um pouco tarde, pois como é domingo não tem necessidade de acordar cedo. Vou até meu banheiro tomo um banho rápido, visto apenas uma bermuda e desço para tomar café. Chegando na cozinha minha mãe está sentada tomando café, é somente eu minha mãe, pois meu pai para mim está morto, ele foi embora quando eu tinha apenas 8 anos, e nunca mais voltou. Sempre que alguém pergunta dele, é sempre a mesma resposta. Minha mãe nunca mais saiu com ninguém depois do meu pai, eu até tentei fazer ela sair, ela até chegou a sair com alguns homens, mas sempre tinha algum defeito e nunca ia para a frente, depois de um tempo eu a deixei em paz. Eu quero que ela seja feliz, qual filho não quer? Quero que ela encontre alguém melhor que a droga do meu pai foi. Um homem de verdade para a sua vida. Ela merece.
Ela é mais baixa que eu, tem cabelos lisos na altura do ombro, pele morena, olhos escuros como o céu à noite, não puxei para ela, puxei para o pai.

- Bom dia, mãe - digo entrando na cozinha e dando um beijo sua testa dela.

- Bom dia, meu bem - ela diz com um sorriso - Vai sair hoje? - ela pergunta sorrindo, só que a conheço muito bem e já sei o que vem depois.

- Não. Por que, Dona Anne? – pergunto rindo, pois já sei a resposta.

- Preciso que me ajude a arrumar a casa - ela diz com cara sapeca.

Não que esteja fugindo, mas a gente sempre faz a festa e nunca arrumamos a casa, sempre fazemos ao contrário. Mas no final tudo fica arrumado.

- Tudo bem - digo rindo do seu jeito.

Depois que terminamos o nosso café, minha mãe fez o almoço, assim que comemos e lavamos a louça nós fomos para a faxina. Coloquei uma música e ficamos fazendo a "faxina" e no final eu estava morto.

Estava na sala jogando game quando a campainha toca e vou abrir a porta. Quando vejo quem é reviro o olho.

- O que faz aqui? - pergunto ainda na porta.

- Não seja grosso, amorzinho – ela fala com voz melosa.

- Você não me respondeu - digo sério e vejo um seu sorriso vacilar

- Estava com saudades, docinho - ela diz com a mão no meu peito.

Melissa e eu saímos algumas vezes, e foi bem legal, mas eu descobri que quando ela estava comigo, também saia com outros, é uma vadia mesmo.

- Saudades? - digo rindo - Conta outra piada que gostei dessa.

- É sério, docinho. Que tal a gente continuar de onde paramos? - ela diz passando a mão no meu peito se aproximando. Afasto ela com a mão e ela faz cara feia.

- Desculpe, mas não quero perde meu tempo com alguém que não vale nada - digo e fecho a porta.

Depois dessa visita desagradável, o resto do dia foi tranquilo.

Quando Acordo no outro dia escuto minha mãe cantando no outro cômodo, me pego sorrindo, pois fazia tempo que não ouvia ela cantar. Lembro que ela gostava e cantar para meu pai, principalmente quando eles iam tomar café. Pulo da cama rapidamente só em pensar que ele possa estar aqui. Quando chego na cozinha ela tá cozinhando, olho em volta e estamos só nós dois.

- Bom dia, querido - ela diz se virando para mim - acordou cedo, aconteceu algo? – ela pergunta se virando de volta para a pia

- Não, eu ouvir a senhora cantando e acordei - digo passando a mão na nuca

- Oh! Querido, desculpe - ela diz com vergonha.

- Tudo bem, não se preocupe. Eu gostei - digo sorrindo para ela

O Idiota Do Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora