SOB JURAMENTO

Capítulo 1

Pessoal, antes de começarem a leitura gostaria de, primeiramente, agradecer a você por estar aqui. Em segundo lugar, já que você está aqui, gostaria de pedir que por favor, comente ao final do capítulo e deixe seu voto (é só clicar em "VOTE", ao lado da estrelinha). Lembre-se: TODA SEMANA ESTAREI PUBLICANDO DOIS CAPÍTULO!!! Boa leitura...

1988, Macmaster Beach, ao norte de Sydney - Austrália.

A casa onde Joshua mora se localiza na parte mais nobre da vila. Seu tio havia comprado de um empresário americano que morava em Sydney e a utilizava apenas nos feriados prolongados e em alguns raros fins de semana, quando vinha com a família curtir a praia. Não foram necessários muitos reparos para que o senhor Benjamin e sua família se instalassem na casa, afinal, havia sido muito bem construída pelo americano. 

Com seus muros muito altos, a casa fora edificada na parte de traz do enorme terreno. O que mais chama a atenção,àqueles que chegam, é o lindo pomar com dezenas de árvores frutíferas que se estendem pelas duas laterais do terreno. Ao centro, em frente à entrada, há um jardim muito bem cuidado pelo próprio Benjamin. Nele, uma infinidade de flores de várias espécies e algumas plantas ornamentais originárias da própria região.Um pouco mais a frente uma fonte luminosa jorra dezenas de filetes de águas coloridas alimentadas por um eficiente sistema de iluminação. 

O quarto de Joshua fica no segundo andar da casa e como já é de costume, durante todo o verão deixa a janela semiaberta a fim de que entre um pouco de ar fresco no quarto. 

Nessa manhã, uma fresta da luz do sol entra no quarto através da janela e aos poucos vai percorrendo todo o rosto de Joshua. Jogado em uma enorme cama redonda, rolara incessantemente de um lado para outro por toda a noite. Está, agora pela manhã, totalmente desvanecido. No início daquela noite, após um duríssimo dia de trabalho, tivera ainda que juntar forças para ajudar na mudança do amigo Mohas. Ele havia sido despejado da sua casa por não pagar os aluguéis dos últimos três meses. Não que fosse mal pagador, mas era bem desorganizado com suas obrigações pessoais. Agora teria que submeter-se a morar em um quartinho na Rua quarenta e cinco no pior lugar da vila, pois foi a única moradia que conseguira arrumar de última hora. 

Mo, como era carinhosamente chamado por Joshua, é um jovem de apenas vinte e dois anos e de média estatura, tem aproximadamente um metro e sessenta e cinco de altura. Para os mais detalhistas já se pode notar uma pequena barriguinha que denuncia estar um pouco acima do peso. Seus olhos verdes são num tom tão claro que causa espanto às pessoas que o veem pela primeira vez. Seus cabelos, também muito claros devido a grande exposição ao sol, são lisos formando uma franja um tanto exagerada que insiste em cair por sobre os olhos dando-lhe um ar de "menino mimado". A todo instante se vê obrigado a fazer um movimento com a cabeça para trás a fim de livrar-se da cabeleira facilitando a visão. Simultaneamente, leva as mãos no sentido da testa para a nuca em tentativas inúteis de mantê-los para traz. Dizer que Mohas era um homem feio certamente seria um exagero, apesar de sua aparência meio desengonçada, agrada a todos pela inteligência e simpatia. 

Joshua já é bem diferente de Mohas. É um ano mais velho, acabara de completar vinte e três anos. Bem alto para os padrões normais dos australianos, tem quase dois metros de altura. O porte físico de atleta foi adquirido através de longas e desgastantes jornadas de trabalho. Diariamente carrega caixas e mais caixas de peixes, ora abastecendo os barcos dos compradores que intermedeiam o comercio de pescados nas ilhas mais distantes, ora armazenando-os nas câmeras frias do armazém do tio Benjamim, onde permanecem até que o preço esteja alto para assim vendê-los com uma boa margem de lucro. 

Porém, o mais impressionante em Joshua são seus olhos escuros e profundos, principalmente quando se dirige a alguma mulher, seu olhar parece desnudá-las! Isto as deixa sem graça e perturbadas. Seus cabelos são longos e negros, como a maioria dos pescadores da vila, porém com um brilho intenso que o diferencia dos demais. Uma tiara os mantem para traz afim de não atrapalhar sua visão. A pele morena, queimada pelo sol escaldante da região, tem um tom dourado que se acentuava quando o suor escorre-lhe pelo corpo esguio.