Notas iniciais:
* uma coisa que vocês só vão entender na metade do texto: as falas do Castiel estão entre "aspas".
BOA LEITURA!
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Dean Winchester:
Depois de correr pela cidade encontro a casa que dizem ser assombrada, nada melhor do que trabalhar no caso para esquecer os problemas. Pego minha arma e empurro a porta que faz um barulho horrível ao abrir, dentro da casa todos os sentidos parecem se aguçar, sinto que poderia ouvir uma agulha caindo no chão. As paredes são cobertas por um papel de parede que está descascando, a casa não possui móveis a sala está vazia e uma escada leva ao segundo andar, abaixo da escada tem uma portinha que aposto que leva para o porão.
Resolvo subir as escadas, vejo duas portas e entro na primeira. É um quarto com as paredes cobertas por um papel de parede florido mas se percebe claramente que eram pintadas de preto. Retiro boa parte do papel e encontro símbolos em vermelho, provavelmente escrito com sangue. No momento que toco a parede sinto pequenas fissuras como se alguém tivesse arranhado a parede tentando sair, a porta bate e sinto meu corpo se esfriar. Corro até ela e giro a fechadura, abriu, por um momento pensei que ficaria preso aqui.
Me dirijo ao outro quarto que é claramente um quarto de criança, as paredes são de um azul pastel e um papel de parede com trenzinhos enfeita uma das paredes. Esse é o único cômodo que possui móveis, uma pequena cama e uma mesinha com desenhos estranhos. Quem morava nessa casa provavelmente ficava tão atormentando quanto o espírito que aqui se encontra. As janelas estão fechadas e as cortinas voam mesmo sem vento algum.
Uma brisa fria me atinge e sinto uma tristeza enorme, de repente é como se o mundo me odiasse, como se ninguém fosse capaz de amar um idiota como eu. Minhas mãos ficam trêmulas o que faz com que a arma caia no chão. Estou de joelhos, as lágrimas rolam por minha face, quentes e acolhedoras o chão parece o melhor lugar para se deitar nesse momento, sinto frio e abraço minhas pernas para me aquecer. Nada mais importa, o mundo, salvar pessoas, nada. Apenas esse vazio que parece me corroer por dentro. Sinto mãos segurarem minhas pernas e me puxar para fora do quarto em direção as escadas, estão me levando para baixo, para o porão onde todas as pessoas morreram.
Tento me levantar mas não consigo, olho para trás e não vejo nada, seja lá o que estiver me arrastando é invisível, um fantasma. Me agarro no corrimão, já estamos nas escadas, sinto que meu fim está próximo mas não estou com medo ou triste, estou aliviado finalmente a dor vai passar, o sofrimento vai acabar. Seja lá qual for a pessoa que morreu aqui está me passando todos seus sentimentos, estou revivendo sua dolorosa morte.
Não tenho forças para segurar mais, só consigo chorar e pensar que nada vale a pena. Meus dedos vão se abrindo e começo a ser arrastado escada abaixo, posso sentir cada um dos degraus batendo em meu corpo, chegamos no final das escadas e vejo a porta se abrir e meu pai disparar três tiros na direção do fantasma. Minha cabeça bate na parede e sinto gosto de sangue, minha visão embaralha e meus ouvidos parecem que vão explodir, tudo fica preto e só consigo assimilar uma coisa: eu estou com frio.
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Acordo e vejo que um líquido preto escorre por meu nariz, ectoplasma. Droga. Me levanto e vejo Sam sentado em uma cadeira na frente frente dá cama.
- Dean, você acordou! - ele me abraça - Eu estava preocupado.
- Cadê o papai? - minha cabeça dói, parece que meus olhos estão tentando pular para fora da cara.
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Destiel - Do outro lado da linha
FanfictionDean Winchester tem um lema: "Não se envolver sentimentalmente com alguém durante o trabalho" Será que ele sempre o segue? Uma noite Dean recebe uma mensagem de um desconhecido disposto a mudar isso. Ps: A história se passa quando Dean tinha...