Karen conheceu Richard a cinco anos atrás em um MBA em Chicago e desde então trabalham juntos nas construtoras London mas quando aceitou fazer uma viagem de com ele no lugar de sua irmã , jamais imaginou como isso mudaria sua vida.
Por mais que eu tivesse insistido pra seguíssemos em frente, eu ainda não estava preparada pra aquilo. Ver o Ray com outra pessoa foi como se estivessem pegando meu coração e amassando várias vezes na mão; Eu não podia culpá-lo eu havia insistido pra que ele o fizesse então agora só restava aceitar os fatos.
Não haveria condições de voltar pra casa naquela noite, ver o Ray doeria mais ainda...Peguei as chaves do meu antigo apartamento e corri pra lá , por sorte tinham coisas lá que me permitiriam passar vários dias; Me encolhi na poltrona da sala ignorando todos os telefonemas e mensagens da Yolanda na caixa de mensagem vi o dia amanhecer através da grande Manhattan pela janela da sala. Estava sem apetite algum quando sai do banho escolhendo um vestido preto gola rulê que me pareceu estranhamente apertado e incomodo demais então decide trocar colocar um conjunto de saia lápis e suéter amarelo.
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Assim que cheguei a meu andar pedi a Efraim que providenciasse algo pra eu comer e algum remédio pois a sensação ruim estava ali outra vez. Quando entrei em minha sala fiquei surpresa por encontrar Richard sentado em minha mesa.
- Bom dia Karen.
- O que está fazendo aqui?
- Onde passou a noite?
- Não se responde uma pergunta com outra Ray.
- Onde passou a noite Karen? estávamos preocupados.
- Preocupados?
- Sim, Yolanda , Dante , eu... Ainda não havia parado pra pensar nisso.
- Eu dormi no meu apartamento.
- Porque ? me disseram que você não estava se sentindo bem e então você desaparece porque me viu no restaurante com outra mulher? Você mesma insistiu pra que não houvesse nada entre nós dois.
- Eu só queria ficar sozinha. Confessei.
- Pois da próxima vez pense. Ele parecia irritado na verdade com raiva, avancei pra cima dele tentando me explicar um pouco rápido demais pra quem estava de estômago vazio e de repente o chão faltou sob meus pés.
- O que aconteceu? Perguntei sem reconhecer o lugar. - Você desmaiou a cerca de 20 min atrás, já estávamos ligando pra emergência.
- Eu estou me sentindo melhor agora. Tentei levantar. - Nada disso, você vai pra casa. - Eu lidei com viroses durante 10 anos da minha vida e não é agora que vou ficar de cama por uma coisa boba. -karen , eu trouxe a comida que me pediu. Efraim entrou na sala com minha entrega. - Muito obrigada, não quer um pouco Ray? - Não , eu estou satisfeito. - Escuta, me desculpa por ter fugido ontem, eu não queria causar cena e muito menos preocupar ninguém. - tudo bem, eu só fiquei preocupado.
- Eu vou ficar bem não se preocupe Ray.
Isso era uma total mentira, passei o dia como uma moribunda com Efraim em meu pé insistindo que eu deveria ir pra casa, quando não consegui engolir nada durante o almoço percebi que seria tolice insistir em ficar lá.
Chegando na casa do Ray Yolanda estava pronta pra me dar uma bronca mas quando viu o estado em que eu estava se solidarizou me ajudando ir pro quarto ; Meu corpo estava tão pesado que minha cabeça pendia pro lado toda vez em que tentava me equilibrar.
- Senhora, talvez devêssemos ir ao médico. Eu estava relutante quando Dante entrou no quarto me obrigando a tomar uma posição. - Yolanda pegue a bolsa dela, nós vamos ao médico; ligarei pra o senhor Ray no caminho. Ele estava quase me carregando quando intervi.
- Nós já estamos indo, e não precisa ligar pra ele Dante, você e Yolanda podem me acompanhar.
Não sei por quanto tempo fiquei dormindo ali, mas quando acordei não havia mais luz do dia sob a janela em minha frente. Em 30 minutos estaria de alta e me sentia completamente nova e cheia de fome.
- Senhora Karen? Uma enfermeira me abordou .
- Há algo de errado? Perguntei.
- O doutor Hunt precisa falar com você.
O que eram pra ser 30 minutos se transformaram em uma hora, oficialmente minha vida estava desmoronando agora; Pensei enquanto estava olhando a rua através da janela do carro.
- Senhora, o médico disse algo que a preocupou , está tudo bem?
- Infelizmente eu não sei Yolanda, eu realmente não sei. Tentei ao máximo segurar as lágrimas mas elas rolaram como se tivesse aberto alguma válvula .
- Vai ficar tudo bem, eu estou aqui senhora. Yolanda era o mais próximo de uma mãe que eu tive em anos e tudo que eu queria é que ela ainda continuasse por perto quando essa coisa com Ray acabasse. Acabasse? do que eu estava falando? Eu não sei como as coisas vão ser daqui em diante.
Estacionamos e eu entrei jogando minha bolsa no sofá e indo direto pra cozinha onde Yolanda me prepararia uma refeição.
- Foi o melhor que pude preparar.
- Não se preocupe Yolanda, está ótimo.
' O que você quer que eu pense Richard?'
' Você não pode passar um minuto comigo sem querer saber como ela está, o que ela fez...'
' Não faça isso Ane, não se coloque entre eu e a Karen porque você sabe quem vai sair'
Meu coração bateu três vezes mais que o normal, eram eles...
' Richard eu quero muito mais do que o que eu tenho agora!'
' Eu nunca te prometi nada!'
Fui em direção do escritório topando de frente com a megera saindo de lá correndo quando ela gritou: - Ora vejam quem está aqui se não é a vagabunda! Me empurrando contra a parede fazendo com que eu sentisse a visão escurecer, mas eu não deixaria barato teoricamente a vagabunda da história era ela! - Porque não vai pra o seu amiguinho agora Karen, ele está mais preocupado com você do que comigo. Eu estava louca de raiva então dei um tapa em seu rosto que a fez gritar e pular em cima de min fazendo com que Dante e Ray viessem nos separar.
- Saia! gritei. - Saia agora ou eu vou acabar com você! Eu estava possessa.
- Dante, leve a Anelise em casa...
' Isso não vai ficar assim!' Ela gritou.
- Porque você tinha que fazer isso? Ele berrou pra min um pouco alto demais.
- Você viu do que ela me chamou?
- Ela estava estressada!
- E eu não? passei a tarde toda em um hospital, tudo que eu queria agora era descanso.
