Capítulo 1 {Prólogo}

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Para quem já leu minha outra história (Cider - Novas Espécies) conhecem e estão familiarizados com a Yooa. Para quem não leu, esse prólogo vai meio que explicar como ela foi parar em Homeland e como ela conheceu o Vengeance. Até o capítulo 3 vai acontecer as mesmas coisas que aconteceu nos últimos capítulos da outra história, mas tudo pela visão da Yooa. Espero que gostem.

POV. Yooa

-Estou te ligando para avisar que estou me demitindo. Sinto muito, mas não tem mais como eu trabalhar para você. -digo logo na lata enquanto andava de um lado para o outro dentro de meu quarto.

-Você não pode fazer isso boneca! Eu prometo que nesse ano que está vindo eu fico famoso! -Cotton, o cantorzinho desconhecido que eu assessorava, diz.

-Cotton, não tem mais condições para eu trabalhar para você! E pare de mandar essas caixas cheias de bonecas despedaçadas para minha casa!

-Mas elas são você, minha bonequinha preciosa.

-Pare de me chamar de boneca! Você sabe que não gosto disso! E pare de mandar seus seguranças ficarem me perseguindo!

-Eu não aceito você se demitir! Você é minha boneca. Não pode se afastar de mim! -grita e respiro fundo me controlando para não tacar o celular na parede.

-Eu não preciso da sua permissão para me demitir. Eu já conversei com seus agentes e eles aceitaram. Eu só estou ligando para te avisar, e para pedir que pare de mandar essas bonecas para minha casa! Você é um psicopata por acaso?!

-Boneca... Por favor... -desligo a chamada antes de ter que escutar mais de sua voz. Me olho no espelho e suspiro. Eu tinha me formado em jornalismo achando que seria repórter, que trabalharia em algum jornal, ou em alguma rádio. Mas no fim a única coisa que consegui foi trabalhar como assessora de imprensa para um cantorzinho desconhecido. Demorou só um mês até que Cotton começasse a me chamar de boneca e fazer piadas nada legais sobre o que ele gostaria de fazer comigo. Logo depois, começaram a chegar por correio várias caixas cheias de Barbie, Polly, Suzy, todas sem roupas e com os corpos despedaçados. Foi nesse momento que percebi que eu precisava sair desse emprego. Quando Cotton começou a perceber que eu estava me afastando aos poucos, ele passou a colocar seus seguranças na minha cola para saber para onde eu estava indo e o que fazia.

E agora aqui estava eu, 22 anos e desempregada. E precisando seriamente me mudar, se eu continuasse morando aqui Cotton iria continuar me perseguindo e mandando essas caixas bizarras.

Enquanto eu me olhava no espelho vejo pelo reflexo uma foto minha e da minha miga de faculdade Bora. Nós tínhamos nos conhecido na universidade e depois que nos formamos nunca mais entramos em contato, e isso tinha seis meses já. Eu sabia que ela estava morando em outra cidade aqui na Califórnia e pensei se ela me deixaria morar com ela em seu apartamento por um tempo até eu ter um emprego e conseguir um novo lugar para me estabelecer.

Pego o celular novamente e disco seu número.

***

Dois dias depois

Aqui estava eu, sendo barrada em frente aos portões de Homeland, com um peru descongelando no banco do passageiro. Para minha grande surpresa, Bora tinha conseguido um emprego como arquiteta em Homeland e veio morar aqui, e ainda por cima estava namorando um Nova Espécie. Enquanto isso nesse tempo todo um cantorzinho de merda me perseguia.

-Estou falando sério! Vocês conhecem a Bora, né? Uma coreana bonitinha que está trabalhando aqui como arquiteta? Eu sou amiga dela, ela está me esperando. -peço para o guarda Nova Espécie que estava parado na minha frente segurando uma arma.

Vengeance - Novas EspéciesOnde histórias criam vida. Descubra agora