POV. Vengeance
Foram duas horas de voo até chegar na cidade em que Fuller ficava. Foram duas horas comigo imaginando todos os tipos de morte que eu podia causar, em nenhum momento eu havia relaxado. Cider tentava contar algumas piadas as vezes, mas depois ele acabou sendo infectado pelo vírus mau-humor.
Assim que o helicóptero pousou em um local reservado para aeronaves pequenas que tinha na prisão, todos que faziam a segurança do lugar pareciam ter sedo pegos de surpresa.
-Senhor Darkness, não esperava sua visita hoje. -disse um dos guardas que parecia nervoso em ver três Novas Espécies juntos.
-É porque foi marcado de última hora. Gostaria de conversar com os últimos prisioneiros que vieram para cá. Em privado, por favor.
O homem acenou apressado e nos levou até uma sala branca e vazia que havia no lugar. Pediu para que esperássemos até que ele trouxesse os prisioneiros.
-Quer ficar sozinhos com ele? Quer que traga todos de uma vez ou um a um? -Darkness pergunta e pondero o que seria melhor.
-Um de cada vez. -peço, e Darkness e Cider saem da sala me deixando sozinho. Fechei os olhos lembrando da minha Yooa, e como nesse momento ela deveria estar a caminho da psicóloga, exatamente por causa dessas pessoas que a causaram mal. Lembrei-me de como ela chorou enquanto me contava o que tinha acontecido, e como ela estava com vergonha de si mesma, ou até com medo que eu brigasse com ela.
Escuto uma batida na porta e logo um homem é jogado dentro da sala, a porta é trancada e fico a sós com o primeiro a morrer.
-Olá. -digo de braços cruzados e encostado na parede. O homem que era barbudo olha para mim assustado e sorrio. Percebo a cara de nojo que ele faz quando percebe que sou Espécie. -Você não deveria fazer essa cara de nojo, e sim uma cara de perdão.
-E porque eu deveria fazer isso?
-Você sabe porque está aqui, não é? Quer dizer, além de ajudar aquele cantor a sequestrar minha companheira.
O homem abre um sorriso e uma risada sai de sua boca, fazendo meu ódio borbulhar dentro de mim, mas continuo parado.
-Aquela bonequinha? Era sua companheira? Você tem sorte então, ela tem uma boca de veludo. -ele diz e solto um rugido que o faz se encolher. Me aproximo dele, e ele vai andando para trás até bater na porta.
-Não a chame de boneca. Na verdade, não quero que você emita nenhum som. - o agarro pela garganta e esmagando suas cordas vocais até que ele não emitisse nenhum som. -Sua morte será inspirada em uma pessoa que sou fã. Uma boa assassina na verdade. Minha companheira. Se você visse o show que ela deu matando aquele cantorzinho, você bateria palmas. Mas diferente dela, farei tudo com minhas próprias mãos.
Empurro o homem no chão que me olhava com olhos arregalados.
-Primeiro você não andará. -coloco um pé meu em cima de seu joelho e depois o outro. Piso em seus joelhos, e dou um pequeno pulo que assim que meus pés batem em seus joelhos eles se quebram. O homem tenta gritar, mas nenhum som sai. Assim seria bom, nenhum dos outros prisioneiros faria ideia do que estava acontecendo.
Sorrio vendo as bolas que eram seus joelhos terem virado uma massa estranha.
-Agora, vamos nos certificar que você não mexa esses braços fracos. -apoio um pé em seu peito e agarro seu braço esquerdo e bem lentamento o vou puxando até ele ser arrancado e sangue espirrar na parede. Percebo que o homem está praticamente morrendo, os olhos se fechando. -Não, não morra assim tão rápido.
Os olhos do homem se abriram, mas ele não duraria muito.
-Vou chamar um amigo meu para acabar com seu sofrimento. CIDER! -chamo e a porta é destrancada e Cider entra olhando em volta, vendo um braço tacado em um canto e joelhos que pareciam pasta. -Faça o que você faz de melhor.
Chego para o canto da sala e vejo os olhos adolescentes de Cider brilharem de alegria. Abro um sorriso ao ver sua diversão. Realmente, por mais que ele já tivesse companheira e que seria pai daqui a pouco, Cider continuava sendo um pirralho adolescente.
Com aquele sorriso gigante de quem está prestes a fazer alguma merda, Cider agarra o pescoço do homem e vai apertando lentamento, o sufocando. Assim que o homem morra, ele se virá olhando para mim sorrindo.
-Bom trabalho, garoto. -digo dando um tapinha em suas costas. -Me traga o próximo.
Depois de já ter matado três homens, a sala parecia como aqueles galpões de filmes de terror. Corpos jogados para todos os lados, tinha até olhos rolando por algum lugar, unhas que foram arrancadas, cabeças sem orelhas. Agora finalmente viria o último. O homem que entra na sala era bem magro, mais novo do que eu com certeza. Pude sentir em seu cheiro que ele estava assustado, pude escutar seu coração batendo, como se estivesse quase enfartando.
-Você não vai morrer. -aviso e ele me encara ainda assustado. -Não vou te matar.
-Porque não? -pergunta com as costas coladas na parede e não fazendo contato visual.
-Porque sempre tem que ter um para contar a história. Você vai voltar para a cela e contar para todos os outros prisioneiros o que aconteceu aqui. -me aproximo dele e ele se encolhe achando que iria atacá-lo, mas na verdade eu abro a porta. -Pode ir.
-Isso é alguma brincadeira? -pergunta olhando para o corredor onde Cider e Darkness me encaravam confusos.
-Estou te dando a chance, vai demorar? -pergunto, e o homem logo corre para fora da sala e rio. Olho para Darkness e aceno para ele. Ele entendo o que digo e segura o homem pelo cabelo que começa a chorar.
Me aproximo dos dois e passo meu braços em volta do pescoço do homem que Darkness segurava. Minha outra mão viajava por sua coluna, sentindo cada vértebra.
-Você vai sair daqui vivo... Mas, infelizmente, vai sair daqui tetraplégico. -murmuro e dou um soco em sua coluna e a escuto quebrar e ele deitado no chão. -Pronto, já podemos voltar para Homeland e para nossas companheiras.
Aquele momento que eu escrevi esse capítulo escutando música feliz, música de amor, música fofinha. Me senti levemente uma psicopata. Mas, espero que tenham gostado!
OBS: Uma das leitoras achou que seria uma boa ideia que quando essa história acabar eu escrever um do Jericho, já que ele fez participações tanto na história do Cider como nessa aqui também. O que vocês acham? E se for acontecer, como vocês preferem que a personagem seja? Que continue sendo essas asiáticas que eu arranjo ou que mude um pouco a etnia da personagem principal?
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Vengeance - Novas Espécies
RomanceYooa é uma mulher de 22 anos com uma aparência um pouco diferente. Bem magrinha e pequena e com o rosto considerado perfeito, todos que olham para Yooa pensam que estão olhando para uma boneca - por mais que ela nunca tenha feito nenhum tipo de ciru...