Eu cochilava levemente quando os primeiros raios de sol começaram a apontar pela janela entrelaçados pelas cortinas, aquele delicioso sol fresco das 07:00h da manhã, levantei-me, bocejei umas duas vezes e abri as cortinas para ouvir o belo som dos pássaros cantando, a janela do meu quarto me dá uma visão diretamente para praia, o mar estava tão lindo! Mais azul e radiante do que nunca.
- Bom dia papai! - Disse dando-lhe um beijo no rosto.
- Bom dia filha! Acordou cedo hoje, o café está na mesa.
Virei-me rumo a cozinha, estava passando geleia num pedaço de torrada e pensando em como o dia estava lindo, era perfeito para um bom estudo sobre Dione, a cidade escondida no fundo do mar, que a meses venho estudando, Maxon estava me ajudando nisso. Foi quando uma voz interrompeu meus pensamentos...
- Stephanyne! Veja isso - A voz de meu pai saiu um tanto entusiasmada, como se estivesse vendo algo muito importante.
Comi rápido o último pedaço de torrada, tomei um gole do chá e rapidamente fui até a sala.
- Veja! Houve um naufrágio esta noite, e foi aqui bem próximo, veja!
Franzi as sobrancelhas e sentei-me para assistir a reportagem.
"Suspeitas indicam que a causa do naufrágio tenha sido a rápida mudança do clima naquela região, a variação ocorreu em cerca de meia hora, assustados, alguns tripulantes saltaram do barco, vinte e quatro pessoas morreram, outras dezesseis estão em estado grave, ainda há desaparecidos..."
Assim dizia a repórter.
Por um instante me perdi em meus pensamentos, já não prestava mais atenção na reportagem, foi quando me levantei, subi para o quarto e peguei meu celular e meus fones de ouvido.
- Pai, vou dar uma volta por ai, já que hoje é sábado não tenho que trabalhar no laboratório.
- Sim filha! Aproveite e veja se está tudo bem por lá.
- Sim papai!
Ao sair pelo portão de grade, me deparei com Maxon saindo de bicicleta.
- Bom dia Max, vai me ajudar com as pesquisas hoje?
- Claro! às 15:00h pode ser? - Deu um belo sorriso exibindo seus dentes perfeitos.
- Sim, ótimo! - Disse trancando o portão.
Maxon é um grande amigo, nos conhecemos desde que eu vim morar aqui, e além do mais está no mesmo curso de oceanografia que eu, assim fica mais fácil, ele sempre me ajuda, é tão educado e gentil que às vezes prefiro estar com ele do que com qualquer outra pessoa nesse mundo.
- Ei Stephany! Você ouviu falar no naufrágio que teve aqui perto?
- Ouvi sim! Uma pena né?
-Sim... - Disse torcendo o nariz. - Bom eu tenho que ir, até à tarde!
- Até então!
***
Ao passar pelos arredores da praia, percebi que várias autoridades da náutica estava por lá interditando alguns locais, passei direto, fui para um lugar mais isolado, um lugar onde quase ninguém vai, eu adoro estar lá, me ajuda a refletir, é de lá que saem as maiores ideias e inspirações
Sentei encima daquela enorme pedra, coloquei os meus fones de ouvido, uma música lenta e num volume baixo.
Ah! Que paz esse lugar me traz! - Pensava concentrada quando escuto um som estranho, parecia alguém tossindo, ignorei da primeira vez, até ouvir novamente, retirei os fones e assim pude ouvir com mais nitidez, olhei para baixo e lá estava ele, um jovem e belo rapaz pelo qual qualquer garota de 19 anos se sentiria atraída, parecia machucado, desci rápido e pude olhá-lo melhor.
- Você está bem? Deixe me ajudar. - Disse ajoelhada na areia.
- Estou bem! - Disse com a voz rouca e tão baixo que pensei não ter entendido. - Só estou um pouco tonto.
- Qual é o seu nome?- Perguntei olhando fixamente para ele.
- Eu não me lembro!- Falou ainda meio grogue.
- Como não? Quem é sua família? - Disse com um ar espantado.
Pensou um pouco antes de responder.
- Não sei! - Seus olhos grandes e azuis me fitaram. - Não me lembro de nada.
- Você deve ter sido outra vítima do naufrágio, provavelmente estão procurando você. - Cocei a cabeça e raciocinei. - Já sei! vou levar você para minha casa, e lá agente vê o que faz.
Ajudei-o a levantar e caminhamos com dificuldade em direção a minha casa.
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Dione - Os enigmas do fundo do mar
Khoa học viễn tưởng#Descrição em breve# #Plágio é crime#