- Primeiramente vou explicar a planta do local onde vão explorar. – Disse a voz eletrônica do chefe.
Seu rosto sumiu e uma fábrica em miniatura apareceu rodando em 360 graus.
- A fábrica data de 1989, mas foi reformada em 1997, onde caiu em desuso em 2005. Tem cinco prédios chamados auxiliares e em sexto um armazém de tamanho imensurável, tendo quase dois campos de futebol de largura. O prédio A, está ocupado por nossos cientistas, portanto estão proibidos de irem para lá, o prédio que está a leste. Todos os outros prédios estão ocupados pelos parasitas, é seu dever limpar área por área, andar por andar.
Adair Tooley olhou com olhos curiosos para mim, tentando decifrar minhas reações a cada palavra dita pelo chefe.
- Fora tudo isso, ainda existe o prédio principal, vão começar por ele, será um andar por dia, talvez dois dependendo do número de infectados. Ao fim do dia, terão uma cama, jantar, e seus equipamentos restabelecidos. – Disse a voz que vinha do tablet.
A tela foi apagada, e novamente eu era o centro das atenções.
- Como podem ver, temos algumas tendas erguidas, ficaram instalados aqui, e eu também ficarei, para garantir que os suprimentos e armamentos não faltem. – Disse. – A primeira barraca comporta cinco pessoas, assim como a segunda, vocês tem uma hora para arrumarem seus pertences.
Anne pegou sua mala pesada, e olhou carinhosamente para vulcão, na esperança de uma ajuda, mas August estava falando com Marjorie, nem olhando para Anne.
- Quando vamos ficar cara a cara com essas coisas? – Perguntou Alice White.
Seus cabelos curtos castanhos, raspados de um lado, estavam desajeitados, o vento forte fazendo seus olhos azuis ficarem vermelhos por conta da areia.
- Deve se preocupar em arrumar suas coisas, Alice. – Repliquei impaciente.
- Como quiser, Lydia. – Rosnou ela, indo em direção aos alojamentos.
Ouvi ao longe um grito de dor que não podia ser humano, fez com que meus pelos dos braços se arrepiassem, eu não podia demonstrar medo, tudo ia dar certo, o tempo das execuções dos infectados estava avaliado em no máximo dois meses. Depois de tudo isso, eu estaria livre para ter uma vida normal, uma vida feliz, com um marido e filhos.
- Você devia responder nossas perguntas, é o mínimo que nos deve. – Replicou Adair, que silenciosamente veio parar ao meu lado.
Suspirei, aquele homem estava me dando nos nervos.
- Eu não te devo nada, a nenhum de vocês, estão recebendo uma fortuna pelo que estão fazendo. – Murmurei calmamente, indo em direção a minha tenda, que ficava depois da dos militares ao meu comando.
Ela era preta e quente, mas grande o suficiente para uma família de cinco pessoas. Tinha uma cama confortável, um baú para minhas roupas, uma escrivaninha com um computador, um telefone e uma geladeira. Coloquei minha bolsa na cama, e tirei as sapatilhas de salto, sentindo a textura da tenda. O telefone de longo alcance começou a tocar, e imediatamente foi até ele.
- Acho que devia estar se perguntando onde estaria o banheiro? – Sussurrou o sr. Schimer.
Reparei que havia um par de banheiros químicos, mas nada para tomarmos banho.
- Sim, senhor.
- Pois diga a seus menininhos, que se eles quiserem tomar uma ducha, devem começar a execução agora. – Respondeu ele.
- Está dizendo que teremos que entrar nos prédios para tomarmos banho? Eu também? – Perguntei aflita ao Sr. Schimer.
- Tem medo de meus infectados? – Perguntou ele.
- Eles podem me devorar, eu não posso...
- Você sabe muito bem que não deve se preocupar com isso. – Interrompeu ele, a voz chiando.
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Fenômenos Efêmeros
Science FictionUm grupo de dez militares altamente treinados para uma experiência científica, que seria "às cegas". Mas algo está errado, ninguém avisou da falta de suprimentos, da falta de assistência médica, do risco de morte. Você alguma vez já pensou em q...