Café com Poesia

Já pra você ...

De pendendo do que vier
Coisas diferentes me tornarei
Posso ser que eu quiser
Já pra você, não sei

Talvez a flor que murcha
Talvez a luz que apaga
Talvez a música que para
Ou o silêncio de quem se declara

Posso ser quem eu quiser
Já pra você, não sei

Talvez o leite que derrama
Talvez o pássaro que cai
Talvez a porta que se fecha
Ou a indecisão que vem e vai

Posso ser quem eu quiser,
Já pra você, não sei

Pra mim eu posso ser quem eu quiser
Já pra você, nunca serei algo
Nunca serei alguém
Por que afinal venha o que vier
O nada é para quem tem
E você só tem um porém
Você não me tem

Portanto

Eu posso ser quem eu quiser
Já pra você, nunca serei