Que venha

53 4 0
                                    

Quando a chuva parar
E o sol finalmente aparecer
Tenho certeza que vou lembrar
Quando puder ver o amanhecer

Os dias difíceis vieram
Me assombraram, me fizeram diferente
Eles me tiraram a sanidade, me machucaram
Mas, de certa forma, abriram minha mente

Não vou ter medo, não mais
De ser quem sou, quem as ocorrências me tornaram
Estou diferente, mas está tudo bem, aliás
Sempre vou ser resultado dos ventos que por mim passaram

Não vou ter medo da mudança
As pessoas gostando dela ou não
É libertador pensar que apesar de tudo
Eu fui a minha propria mão

A mão que eu esperava desesperada
Que me salvasse em meio à tempestade
Foi a minha própria, que me segurou
Quando eu mais precisei de reciprocidade

E enfim, tudo isso foi
Importante, e necessário
Mesmo que tenha doído tanto
Esta dor constou no meu anuário

Está pago, minha cota de aprendizado
E portanto, a próxima será mais barata
E o que quer que esteja por vir:
Que venha, estarei preparada.

Café com PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora