Oh, my God! ;; magcon

5. Você tem trinta segundos, aproveita

— Los Angeles vai ferver hoje! — disse Nash atrás de mim.
   Gravávamos um Vine andando no corredor do nosso andar no hotel.
   — E você não vai perder né? O local está na descrição, te amamos e não vemos a hora de vê vocês!! Tchau, até daqui a pouco.
   Publiquei.

....

O ônibus estacionou nos fundos do local do show, havíamos chegado duas horas antes, o que era suficiente para passar o som e fazer ensaios de seja lá o que for que faríamos.
   Ajudei Lox a passar o som, ela daria uma de DJ junto com Colby.
   — O que está achando até agora? De tudo isso.
   — Uma loucura, uma grande loucura.
   — Vi seus vídeos, tive que pedi ajuda de um amigo meu, que é brasileiro, para traduzir o que você falava. Achei super dahora.
   — Aí, que bacana, fico muito contente com isso. — selecionei uma música qualquer, Sorry do Justin Bieber começou a tocar nas caixa de som espalhadas pelo salão.
   — Tá bom, o som tá ótimo! — gritou para o moço da sonoplastia — O que acha da seleção de músicas? Não pretendo deixar ninguém parado hoje.
   — Com essas musicas, nem as formigas vão ficar paradas, Lox.
   — Oooooh, Dorota, vamos tirar uma selfie.
   Mahogany ergueu o celular para o alto de forma que nós duas pudéssemos aparecer na câmera frontal de seu iPhone. Fiz uma careta e ouvi o barulhinho do disparo.
   — Ficou linda, vou postar.
   Lox publicou no Instagram e não deu nem trinta segundos direito para minhas notificações borbulharem; mais de cinquenta seguidores!
   — Você tem um poder absurdo, garota. — eu disse.
   — Vai se acostumando.

....

Faltavam menos de uma hora, Tom apareceu no nosso "camarim" dizendo que os ingressos esgotaram no dia anterior e que havia uma fila quilométrica lá fora. Taylor levantou o celular no aplicativo do Vine, e passou com o aparelho pela gente.
   — Digam, olááááá! — é assim o fizemos.

....

Estávamos todos atrás do palco. Cameron com o microfone.
   — Como vai, Los Angeles? — e podemos escutar os gritos animados do pessoal — Estão preparados? — as vozes em uníssono disseram sim — E lá vamos nós. No três. Um... — a galera contava junto — Dois... Três! — os meninos, Lox e eu corremos para frente do palco.
   Os meninos desceram para ficar mais próximo das fãs que esticavam os braços e choravam. Eu fiquei gravando um snap para aquele momento, mostrando para os meus seguidores a quantidade de gente que tinha ido. Depois, me junto aos rapazes enquanto Lox andava até os aparelhos de som com Colby.
   Muitas meninas me abraçaram e disseram que fui de grande ajuda em suas crises. Me emocionei com uma menina de treze anos, ela vestia um casaco de moletom do Taylor, e chorava muito, ela disse olhando pra mim que havia assistido alguns dos meus videos sobre depressão, ela disse também que assistindo aos vídeos sabia que não estava sozinha. Lhe abracei como abraçaria uma irmã.
   — Muito obrigada. — ela disse, em português.
   — Não precisa agradecer. — disse, também em português.
   Voltei para o palco limpando as lágrimas que marcavam meu rosto. Respirei fundo e coloquei no rosto o melhor sorriso que conseguia.
   — Temos a honra de apresentar nossa nova irmã. — Cameron passou o braço pelo meus ombros — Quero palmas e gritos para... Dorothy Allen!!
   Eu tinha sido apresentado oficialmente para o fandom do Magcon, e eu não sabia se chorava ou sorria. Acho que os dois. A galera toda foi pra cima de mim, bagunçando o meu cabelo, me tirando do chão, me abraçando. Foi uma sensação incrível.
   Enquanto Shawn cantava com os Jacks, o restando dos meninos, Lox e eu tirávamos fotos com os fãs.
   — Trinta segundos! — gritou Bart antes que as meninas entrassem.
A primeira a vim para o meu lado foi uma loira de cabelos lisos, pele branca e olhos verdes. Ela me abraçou forte com o rosto afundado abaixo do meu pescoço. Ela não era alta, tinha poucos centímetros a menos do que eu por isso batia no meu pescoço.
   — Você me ajudou muito, Dorota. — disse em inglês.
   — Vocês me ajudam muito também.
   Foi assim durante a uma hora que fiquei em pé e sorrindo para as câmeras fotografias e de celulares.
   — É tão linda. — me elogiou uma menina de dez anos, abraçando meu pescoço. Sua irmã tirou uma foto nossa, então elas trocaram de lugar, a mais velha se deixou ser envolvida no meu abraço para a irmã tirar a foto.
   — Obrigada!  Vocês duas são umas princesas.
   Uma garota atrás da outra me agradecendo em português e outras tentando dizer obrigado na minha língua.