Dia 5

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O dia anterior havia sido perfeito. Jason e os amigos curtiram até a hora em que a mãe de Hazel chegou do trabalho - o bom senso fazendo com que a turma se despedisse e fosse cada um para sua casa. O que era, geralmente, um problema para o loiro, já que vivia com o pai. Porém ele estaria fora durante um bom tempo e isso só melhorava seu humor.

Quando acordou, a felicidade ainda refletia em seus olhos. Tomou um café da manhã reforçado e até cantarolou enquanto tomava banho.

As férias não poderiam começar melhores.

Pensar naquilo o lembrava de que logo diria adeus à escola. Nunca achou que chegaria ao último ano, porém lá estava ele a um ano de entrar em uma universidade.

"Ninguém espera de você mais do que sabemos que pode fazer."

Aquela frase o fazia sorrir esperançoso. Iria continuar indo atrás de se tornar um médico pediatra, como sempre sonhara, e daria motivos para Leo se orgulhar. E Thalia, acrescentou mentalmente.

Como se houvesse sido invocado, o celular de Jason - que ele havia pegado a caminho da casa de Hazel - começou a tocar. O garoto correu até o quarto para atendê-lo e quando a voz do amigo atingiu seus ouvidos, seu sorriso ficou ainda maior.

- Meu tio me deu o dia de folga! - Leo falou animadamente. - O que quer fazer hoje?

- Não sei, a verdade é que eu não tava a fim de sair de casa - respondeu enquanto voltava para a sala e deitando no sofá. - Você poderia vir pra cá - sugeriu após ouvir um "ah" desanimado do outro.

- Você realmente tem dificuldade em entender que seu pai me detesta. - Riu, a brincadeira fez o loiro se irritar com a lembrança de Thalia explicando o porquê daquele homem não gostar do amigo.

- Ele que se fo-

- Opa, parece que estamos de mau humor hoje - interrompeu. Jason suspirou ruidosamente.

- Ele foi viajar, só volta no domingo - explicou depois de se acalmar.

- Isso é ótimo! Então daqui a pouco eu estou ai.

- Traga algo pra gente comer - sugeriu, sorrindo para a notável animação de Leo.

- Ah, cara! - Gemeu. - Você vai me fazer ir até seu apartamento cheio de sacola? Como é cruel.

- Você só não quer gastar seu dinheiro - acusou, rindo quando o outro fez um som como se tivesse sido pego no flagra. - Tudo bem, a gente pede alguma coisa depois.

- Eu posso levar meus jogos e alguns DVDs.

- Isso seria perfeito - concordou. - Então nos vemos mais daqui a pouco? Vou avisar o porteiro.

- Tudo bem, até mais. - E desligou.

Jason olhou a hora no celular e calculou que teria uma hora para se arrumar e dar um ajeitada no apartamento. A primeira coisa que fez, então, foi trocar o pijama que havia vestido de volta depois do banho.

De camiseta roxa, bermuda e chinelo ele se pôs a arrumar a casa. Não estava uma zona, mas essa tarefa sempre despertará o lado preguiçoso do loiro; que voltou a se deitar no sofá para esperar o amigo chegar, após falar ao porteiro que Leo Valdez estava chegando.

Por algum motivo que nunca soube, ele era alguém que pegava no sono facilmente e logo que fechou os olhos, viajou para o mundo dos sonhos.

Ao acordar minutos depois, porém, ele não lembraria com exatidão o que acontecera naquele lugar. Saberia que estava em seu apartamento, que Leo lhe sorria de forma que tirou seu fôlego e teria a vaga sensação de ter tido algo entre seus braços, assim como um suave toque em seus lábios que lhe enchia o peito de calor.

Sete dias com LeoOnde histórias criam vida. Descubra agora