Sexta-feira, último dia dos encontros que teria com Jason. Ele não podia estar mais ansioso.
Leo tinha passado por muitos momentos incríveis com o loiro, lembranças que ele guardaria para sempre no coração. A maior delas, talvez, fosse quando ele estava deitado no sofá da casa do amigo e este quase o beijara.
Por que não beijou?!, se perguntava enquanto revirava na cama.
— Percy foi muito esperto em dizer para eu fazer isso, mas teria sido melhor se tivesse funcionado – falou para si enquanto cobria o rosto com o travesseiro.
Percy, após ouvir uma conversa que Leo estava tendo com Nico pelo Skype, aconselhou que ele fingisse estar dormindo na primeira oportunidade que tivesse.
"Digo por experiência própria, Valdez, vai funcionar. Jason não vai resistir."
Claro que Jason era diferente de Percy no quesito autocontrole (ou ele estava se referindo ao Nico?). Era frustrantemente esperançoso saber que o loiro quase o beijara.
— Leo, você vai se atrasar! – Seu tio gritou atrás da porta.
Em um pulo e sacolejando o corpo para espantar a ansiedade, o garoto foi tomar um banho rápido e se arrumar.
Havia preparado algo especial para esse último dia, ele só esperava que tudo desse certo.
Π
Jason acordara muito disposto naquela manhã, mesmo tendo dormido pouco (o que ele esperava não se tornar um hábito).
Havia passado boa parte da noite pensando em muitas coisas, após receber uma mensagem de Leo dizendo que para o último dia eles fariam algo especial.
Último dia. Em algum lugar da sua mente, ao ler aquela frase, uma voz disse que aquele não poderia ser o final.
Jason estava realmente gostando de Leo. E não negando mais o que sentia, ele conseguia entender as palavras de Thalia e Percy.
Até certo ponto, as coisas que faria por Leo e o que sentia perto dele não eram muito diferentes do que com qualquer outro amigo. Porém, elas mudavam de figura no ponto em que Jason não apenas se sentia confortável perto do moreno, mas se sentia completo e seguro.
Saber que podia contar com o amigo para qualquer coisa e que ele sempre estaria ao seu lado, oferecia ao loiro a certeza de que era capaz de qualquer coisa. Poderia escalar a montanha mais alta do mundo, derrotar um titã e salvar o a humanidade quantas vezes fosse necessária, se Leo dissesse que ele era capaz disso.
Nunca antes havia percebido a profundidade do que isso significava, acreditava – ou melhor, queria acreditar que eram apenas ótimos amigos e que não passava disso, porque não era possível ele gostar de um cara.
Mas gostava e seria ridículo, àquela altura do campeonato, tentar negar. E foi pensando que não havia motivos para correr, que Jason entrou no banho.
Haviam marcado de se encontrarem no Central Park às 10h. De lá eles iriam para a estação, onde Leo tomaria frente e guiaria o amigo até o local misterioso.
Quando Jason chegou ao lugar combinado, sentia que o coração queria sair do peito. Não negava mais seus sentimentos, porém ainda não descobrira o que deveria fazer.
O que Leo esperava? O que ele queria? Um beijo? Mãos dadas? Já haviam feito isso, mas agora as coisas tinham outras proporções. Jason deveria dar o primeiro passo? Ele se sentiria bem se fizesse isso em público? O que aconteceria se seu pai descobrisse?

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Sete dias com Leo
Fiksyen PeminatO que você faria se seu melhor amigo dissesse que está apaixonado por você? E se ele pedisse para saírem juntos durante uma semana? Jason Grace primeiro achou que era uma brincadeira - não muito engraçada, diga-se de passagem -, mas acabou aceitando...