Live Or Die || Z.M

Capítulo um

Desço as escadas em silêncio, meu pai e meus irmãos estavam sentados no sofá, cada um com um copo de bourbon na mão, armas prestes a serem carregadas em cima da mesa de centro e algumas fotos, provavelmente das próximas vítimas, inimigos ou apenas distração para esses psicopatas idiotas, mas eu não podia dizer que estava surpresa, era uma cena típica de cada fim de noite e eu já estava cansada daquela vida. Eu matava apenas por capricho deles, por mais que eu odiasse aquilo, eu fazia da melhor e mais fria forma que eu conseguia.

— Olá – Digo passando por eles e cruzo minhas pernas ao me sentar no sofá que estava vazio.

— Brooke! – Greg, meu irmão mais velho diz meu nome e eu o olho tediosamente. — Tem certeza de que quer ir hoje? – Ele me pergunta, como se eu tivesse escolha, por ele, eu teria, mas por papai, eu levaria uma surra até concordar em ir.

— Eu tenho escolha? – Me levanto pegando o copo de bebida das mãos de Shawn e ele tenta pegar de volta, mas sem sucesso.

— Você tem dezessete anos, não pode beber irmãzinha – Sorrio em deboche.

— Tenho dezessete anos e já matei mais pessoas do que vocês dois juntos, por favor, me poupe do seu falso moralismo Greg – Dou um gole na bebida e meu pai sorri olhando eu enfrentar meus irmãos. Meu pai e meus irmãos apesar de serem assassinos calculistas e frios, eles eram nobres, cavalheiros e mesmo com o pouco machismos que existiam neles, sempre me ensinaram a nunca abaixar a cabeça ou obedecer ordens de outros homens. Meu pai me mantinha na linha, pelo menos na parte brutal, mas nunca deixou que meus irmãos soubessem, para que não pensassem que tinham o mesmo direito.

— Toma – Shawn joga uma das armas em minha mão e eu a guardo na parte de trás da minha calça e logo Greg joga mais uma.

— O que é isso? É mais fácil me dar mais munição, ao invés de uma outra arma! – Digo o óbvio.

— Você não terá tempo de recarregar, é mais fácil usar a prática Brooke. – Olho para a arma e tiro a munição dela, jogando de volta para ele. Guardo a munição no bolso da calça e ele me olha com raiva.

— Você me subestima demais irmãozinho – Sorrio irônica e Shawn ri do meu irmão. — Podemos ir? – Pergunto cruzando os braços.

— Vão logo! – Meu pai diz por fim e caminhamos para fora da casa.

— Eu dirijo – Shawn diz para Greg.

— Se você não se opor Greg, vai ser controlado pelos seus dois irmãos caçulas – Meu pai provoca meu irmão e eu sorrio.

— Por mim ele já é controlado papai, só fico surpresa por estar começando a ser controlado pelo idiota do Shawn. – Greg puxa as chaves da mão de Shawn e se acomoda no banco do motorista explodindo de raiva.

— Calma meu lindo – Passo os braços em volta do seu pescoço pelo banco de trás e beijo sua bochecha. — Estamos apenas brincando, você ainda é o líder – Ele sorri e da partida no carro, eu ainda não sabia para onde iríamos, quem iriamos matar ou não matar, não sei. Eu odiava não saber o que me espera e não ter tempo de me preparar e isso me fazia odiar eles e quer matá-los, mas eles eram a minha família, eu não podia e nem queria fazer isso.

Paramos em um beco escuro e Greg me olha.

— Sem piedade, sem recuar e sem pensar duas vezes! – Reviro os olhos e assinto. Eu já sabia daquilo mais do que sabia meu próprio nome, e eles ainda insistiam em me falar todas as noites.

— Você vai primeiro, ninguém desconfia de uma doce menina sozinha no meio da noite – Shawn diz — Não é para matar, atira e faça perguntas e depois volte pra cá.