Capítulo nove
Passou-se uma semana e todos os dias era a mesma coisa, o tempo todo gritos e pedidos de socorro vindos daquele quarto, o cheiro de maconha que vinha de lá era insuportável. Zayn só saia de lá para pegar mais garrafas de bebidas, eu não sabia o que tinha acontecido naquele dia, não sabia qual era o motivo daquela briga e nem porque ele ficou dessa forma.
Eu já estava cansada de ver aquela garota naquela situação e não aguentava mais ver Zayn se destruindo cada dia mais, eu estava com um ódio mortal dele, mas eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu sentia que deveria proteger ele de quem fosse, até dele mesmo.
Faziam algumas horas que os gritos haviam parado, a casa estava um completo silêncio. Não havia ninguém, hoje era ano novo e eles haviam saído para comprar algumas coisas que estavam faltando, como bebidas, já que Zayn acabou com tudo em uma semana. Abro a porta do quarto, e caminho até o quarto de Zayn, bato na porta, mas não recebo nenhuma resposta, abro devagar e vejo a garota deitada no chão, me aproximo dela e me agacho.
— Ei – Chamo balançando ela, mas não recebo resposta.
— Ela tá morta – Zayn diz deitado na cama e eu me assusto.
— É – Eu digo olhando em volta, aquele quarto estava uma bagunça, havia sangue seco por todo lado, roupas, garrafas e milhares de coisas quebradas.
— Sai daqui – Ele diz com a voz embargada e eu franzo a sobrancelha, ele estava chorando? — Sai Brooke – Ele senta na cama e eu vejo seu rosto molhado por lágrimas.
— Zayn... – Eu digo e ele nega com a cabeça segurando o choro. — Vem comigo, vamos sair daqui – Aquela cena estava partindo meu coração e eu não ia deixar ele naquela situação. — Onde estão suas roupas? – Ele aponta para a cômoda, que eu já conhecia e a abro, pegando uma calça de moletom preta, uma camiseta branca e uma cueca da mesma cor.
— Por que você tá aqui? – Ele pergunta com a voz fraca.
— Eu não sei, mas vem – Eu espero ele passar por mim e sair do quarto, ele estreita os olhos quando a luz que vinha das janelas incomodaram seus olhos e eu o levei até meu quarto. Deixo os roupas dele em cima da minha cama e ele caminha atrás de mim até o banheiro.
— Não... – Ele nega e eu olho de cara feia para ele. — Você não precisa.
— Anda Zayn – Me aproximo dele e puxo sua camiseta para cima, e em seguida desabotoou a calça dele, fazendo ela deslizar por suas pernas, ele a tira de seus pés ficando semi nu. — Você quer tomar banho no chuveiro ou na banheira? – Pergunto e ele cambaleia para o lado, ele estava ridiculamente bêbado, nem sei como conseguiu vim até o meu quarto sem cair. — Tá – Ligo a torneira da banheira e coloco o sabonete dentro, para ir enchendo e já fazendo espuma.
— Você deveria me odiar – Ele diz abaixando a cueca, desvio meu olhar dele.
— E eu odeio! – Digo me sentando na beira da banheira. — Entra logo aqui – Digo e ele entra na banheira, seguro em seus pulsos para dar suporte a ele, impendindo que ele escorregue.
— Então porque você tá aqui? – Ele pergunta me olhando e eu reviro os olhos
— Cala a boca ou eu te afogo nessa droga de banheira. – Ele faz cara feia e fica em silêncio. Pego o chuveirinho e molho com calma e cuidado os seus cabelos, para que ele não se afogasse ou entrasse água em seus ouvidos. Coloco um pouco de shampoo na minha mão e entrelaço meus dedos nos seus cabelos, faço movimentos circulares e suaves, ele fecha os olhos e eu fico ali alguns minutos, ele precisava relaxar um pouco e esse carinho disfarçado era a melhor forma de fazer isso. — Não abre os olhos e nem a boca – Digo calma e ele fica quietinho, vendo assim ele até parece um bebê com medo de tudo. Enxáguo seu cabelo, e passo o condicionador, massageando os fios que estavam um pouco cumpridos, fazendo ele ficar com uma franjinha fofa. Enxáguo novamente e ele passa a mão no rosto, tirando toda a água que escorria do cabelo. — Pronto, seu cabelo está limpo – Digo sorrindo e ele força um sorriso de agradecimento. — Por que você está todo machucado? Arrumou briga com alguém quando trouxe ela para cá?
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Live Or Die || Z.M
Fiksi Penggemar"Brooke Larmeh não era uma nem de longe uma garota normal, suas paranóias, crises e mudanças de humor faziam muitas pessoas a temerem, e tendo o poder que ela tinha sobre Los Angeles, ficava ainda mais difícil lidar com a garota"