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—Eu só....—Então ele saiu do quarto correndo.

—Que merda que eu fiz, doutor?—Perguntei e o mesmo suspirou. Ele não tem as respostas que preciso, não o culpo, essa confusão toda não tem nada a ver com ele.

— Mocinha, no seu lugar eu procuraria a felicidade com o bebê e o pai. Não adianta se lamentar, dentro de você agora há dois corações batendo. Você agora terá uma família.— Dr. Robby se sentou ao meu lado e pôs sua mão em minha barriga.

— E se der errado?— Indaguei

— Mas e se der certo?— então eu me calei. Ele está certo.— Você tem o desejo de abortar essa criança?— Perguntou e eu fiquei um pouco pensativa. Antes que eu respondesse, senti uma coisa estranha em mim.

— Doutor, a quanto tempo estou grávida?

— 2 meses. Por quê?— respondeu curioso.

— É normal sentir o feto mexer com esse tempinho de gestação?

— Bem, a partir da sétima semana o bebê já começa a fazer movimentos bruscos, como viradas repentinas e involuntárias. Mas isso não ocorre durante todo o dia, porém a frequência dos movimentos pode aumentar nos próximos dias, assim como o desenvolvimento da coordenação do bebê. Quando você passar para o terceiro mês de gestação, o bebe já conseguirá engolir e mexer os braços e as pernas separadamente.— me explicou.

— Eu senti algo estranho dentro de mim quando o senhor perguntou de eu queria abortar o bebê...

— Acho que isso já responde a minha pergunta— Sorriu— boa sorte, minha filha. Seja muito feliz.— acariciou minha barriga e saiu.


[...]
                             
O Doutor me entregou um cartão, onde tinha o número do obstetra que fez o parto da mulher dele. Saí de lá e fui em direção à recepção, para pegar a alta.

—Me desculpe mesmo por ter te deixado lá, eu não soube como reagir. Bem, é meu primeiro filho... Não sei como lidar.—Harry disse colocando seu casaco, já que estava frio.

—Sem problemas! Sei como é, também tô passando por isso né, é meu primeiro filho—Dei um sorriso amarelo e continuei o caminho até o ponto de ônibus.

— Onde você vai?—Ele perguntou

—Indo para casa?—Respondi

Você acha que eu vou deixar a mãe do meu filho ir sozinha pela rua à essa hora da madrugada?—Ele disse pegando na minha mão.

—Você nem me conhece, garoto. Para quê esse carinho todo?—Respondi tentando me soltar de sua mão.

—Exatamente. Por isso quero me aproximar, quero ser íntimo... Eu acho que estou gostando de você, sabe? Você foi uma das melhores coisas que já me aconteceu e a melhor noite que tive. Não se afaste de mim,  não quero que aconteça a mesma coisa com meu filho. Entende, nascer num berço de separação? — Ele disse abaixando a cabeça. Sorri meio boba com o "você foi uma das melhores coisas que me aconteceu".

—Pode deixar. Nós vamos sim sair, nos conhecer melhor— ele sorriu— eu te amo....—Escapou da minha boca e eu a tampei—Erh...—Corei e ele sorriu, mostrando de novo suas covinhas... Não me mata,garoto.

Daddy Styles •hesOnde histórias criam vida. Descubra agora