4 - You're so clever

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Eu estava paralisado. Nem conseguia imaginar que seria ele o menino que estava na cafeteria, e sim eu poderia ter desconfiado, sua voz meiga era praticamente à mesma do dia que eu o conheci.

Ele entrou em estado de choque, me vendo paralisado, ele tentou me puxar até uma das cadeiras para me ajudar, mas eu já estava melhor.

Então, eu resolvi dizer:

- Você? Nunca imaginaria isso - digo ainda surpreso - como conseguiu meu número?

- Foi praticamente fácil, eu fui até o escritório do meu irmão, um dia que vocês dois não estivessem lá, abri a ficha dos empregados e vi seu número - diz ele com a maior naturalidade do mundo, e um pouco rápido.

- Ah, sim. Mas naquele dia, por que não apareceu? - digo por pura curiosidade

- Eu apareci - diz ele se impondo - você que não olhou para os olhos do garçom, estava mais entretido com o blogue.

Dei algumas risadas, e sentei na mesa junto à ele, ele não me pareci alguém tão social, ele estava meio desconfortável no restaurante, mesmo não contendo muito gente no estabelecimento.

O garçom chega, entrega os cardápios e durante o tempo que estamos olhando os cardápios e escolhendo, não conteve nenhuma palavra em nossa conversa, até eu tomar coragem e dizer:

- Você trabalha em algo? - digo tentando estabelecer alguma conversa com ele

- Ah, eu...Eu trabalho resolvendo alguns crimes - diz ele meio envergonhado sobre seu trabalho

- Hmm, eu sempre achei essa coisa de resolver crimes muito legal.

- Eu gosto bastante de fazer deduções, como: Esse celular que usa é de sua irmã, pois não tem suas iniciais nela, e você certamente é bem cuidadoso contando sua coisas, suas chaves e carteira são impecáveis, e seu celular tem inúmeros riscos, contando que sua irmã era é um pouquinho desastrada deixando cair seu celular muitas vezes e seu suéter, você ganhou de presente de sua vó, pois é feifo com muitos detalhes à mão, habilidades que sua mãe não adquiriu com ela. - diz ele rapidamente, deixando um pequeno sorriso abrir em seu rosto.

Eu apenas me surpreendo, ele parecia incrivelmente sábio e inteligente, para acertar todas as deduções, sem ao menos me conhecer. Ele se sente um pouco desconfortável em falar tudo aquilo tão espontaneamente, e diz:

- Me desculpe, às vezes esqueço que não é todos que me conhecem, e que entendem minhas "loucuras" - diz ele com a mão no pessoa, com uma carinha de inofensivo

E eu com toda naturalidade digo:

- Não isso foi...Foi fantástico! - digo eu ainda impressionado com ele.

Continuamos conversando toda à noite, como se fossemos velhos e bons amigos.

Depois que comemos nosso prato e saímos. Enquanto eu estava indo em direção à minha casa, ele diz:

-Você quer ir até minha casa? - diz com um tom fraco e baixo - tomar uma xícara de chá!?

Solto uma pequena risada e digo:

-Pode ser - digo indo para perto dele, para caminharmos juntos.

Fui seguindo ele, até chegarmos em uma porta pequena, com os números  "221B". Ele abre a porta e me manda entrar.

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» Stranger - JohnlockOnde histórias criam vida. Descubra agora