Depois do beijo surpresa, eu não via Sherlock mais, eu ia a faculdade à noite e durante o dia eu ia na Empresa Holmes aonde Mycroft também ficava. Eu pensei várias vezes em ir lá perguntar sobre Sherlock a ele, mas provavelmente ele não se meteu nos assuntos do irmão. E a um longo tempo que não vejo Sherlock na Empresa Holmes, certamente estava me evitando.
Até que vou falar com Mycroft. Ando até a sala dele que é só alguns passos da minha e digo:- Oi Mycroft - digo abrindo um pequenino sorriso - Posso lhe fazer uma pergunta?
Ele estava ocupado com as papeladas de lá, arrumou tudo e colocou as mãos sobre a papelada e disse:
- Sim, claro. Sente-se - diz ele apontando para a cadeira
- Não, é só algo rápido e pessoal. - digo puxando a cadeira para seu lugar - Como que o Sherlock está?
- Você não têm falado com ele? - pergunta ele que ao mesmo tempo faz cara de surpresa - Sim eu sei que não têm falado com ele, mas ele está bem, como sempre.
Solto uma pequena risada e abaixo a cabeça:
- Obrigado, eu vou...voltar ao trabalho - digo indo em direção a porta
- Ok! - Diz ele voltando a ver a papelada.
Eu não queria ir vê-lo mesmo que tudo o que eu mais queria era ver seu sorriso novamente. A Mary era só uma velha amiga que acabou com tudo que tínhamos anos atrás. Enquanto me perdia nos pensamentos, uma mulher conhecida parou na minha frente e pergunta:
- Perdido nos pensamentos, John? - diz ela.
- Oi, perdão, quem é você - digo envergonhado
- Oi, sou Molly, trabalho na cafeteria que você costuma ou costumava ir.
- A... Oi Molly - digo direcionando minha mão para cumprimentá-la. - Então, o que deseja aqui?
- Vim falar algo com Mycroft e dizer um oi a você, então deixe me ir. - diz ela já se afastando de mim
Jurava que ela teria algo para me entregar, sei lá, algo do Sherl, ele sempre ia naquela cafeteria, ou talvez eu tenha traumatizado ele o bastante para ele voltar.
Decidi então ligar para ele, não sei, eu sinto falta dele, apesar de estarmos pouco tempo separados.
Liguei e ninguém atendeu. Então resolvi tomar a atitude e ir até sua casa.
Saio da Empresa Holmes rapidamente, e vou em direção a sua casa, pensei em levar um café ou algo para nossa reconciliação, mas talvez não seja o caso agora.
Cheguei até aquela casa, com a porta preta indicando o número 221, minhas mãos ficam geladas, e me sinto sem reação.
Vou até lá e bato na porta e Sherlock abre com uma certa felicidade e se decepciona quando abre:
- Oi... John — diz ele abaixando à cabeça
- Sherlock...Eu... - digo
E ele fecha à porta.
Eu me sento na escada e fico a chorar. Eu estraguei tudo e nem é minha culpa. Eu estava congelando, mas o frio não me incomodava mais.
Até a porta abrir, depois de horas no frio.
- Por que ainda está aqui? Você quer sofrer tudo que me fez sofrer? Fique sabendo que não precisa fazer isso eu só preciso de um tempo... Para pensar - diz Sherlock olhando para o chão, pensando.
- Eu não quero que tenha um tempo, eu não quero ficar longe, eu já sou sozinho demais para isso.
- Sozinho demais... E a Mary? Não estava fazendo companhia? - diz Sherlock com um pouco de raiva
- Sherl, você está presumindo o que não sabe. Eu nunca consegui explicar sobre aquele dia para você.
- Então, explique. - diz ele cruzando os braços
- Posso, pelo menos, entrar?
Sem dizer nada Sherlock sobe deixando a porta aberta para eu entrar, e subindo lá, entrando naquele minúsculo apartamento, lembro de quando vim aqui pela primeira vez.
Quebrando o silêncio, Sherlock diz:
- Então, não vai explicar, não?
- Vou, naquele dia, Mary só queria ir ao café ela até ficou me chamando mas eu preferia não falar com ela, ela me machucou no passado e agora sem opção quer ficar atrapalhando minha vida.Eu não queria ir vê-lá e muito menos beija-la, ela só quer tentar me ter de volta, para depois me deixar. — digo rapidamente mas detalhadamente tudo
- Eu... Eu preciso pensar. - diz ele - Te mando mensagem depois.
- Você pensa demais, Sherlock.
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» Stranger - Johnlock
FanfictionEm seu primeiro dia de emprego, Watson conhece alguém que toca seu coração, mas não sabe mais nada sobre esse ser encantador, mal sabem eles que seram conectados pelo destino.