• 7 - "Plano de fuga." •

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Sophia

Acordei parecia ter passado umas 3 horas que eu havia dormido. Mas e Pan? Ele apareceria quando?

Já estava cansada de ficar lá, então achei que ir ao acampamento seria melhor do que ficar esperando. Mas como minhas ideias de "melhor opção" nunca dão certo, essa também não deu.

— Onde está indo? — Pan apareceu do nada enquanto eu ia em direção ao acampamento. — Pensei ter dito bem claro para você esperar na praia... — ele veio perto de mim.

— Você demorou tanto que achei que fosse melhor voltar. — respondi com uma pequena intenção de provocar.

Sabe, às vezes eu não consigo controlar minha mania de teimosia nas coisas. Talvez não tenha sido uma boa ideia ter dito "demorou tanto".

— Estava dando um jeito em Wendy... — Peter me encarou. — E você... Não sei o que faço com você. Não tem culpa dela ter gritado. — ele levantou uma sobrancelha. — Mas também não devia ter ido atrás do grito.

O encarei de volta. O que eu iria falar?

— E então... — perguntei. — Qual castigo vou levar?

Vi que ele me encarou espantado. Apesar de eu achar uma boa qualidade não ter medo de falar o que quero, talvez em algumas horas não fosse tão boa.

— Admiro sua coragem de falar o que pensa — Pan disse. —, mas não gosto dela.

Fiquei em silêncio e o parei de encarar.

— Até agora pouco você parecia estar morrendo de medo... — Peter cruzou os braços.

Fiquei em silêncio novamente, até por que já estava me irritando e não seria bom pra mim se isso acontecesse.

— Já que vai ficar sem reação — Pan disse. —, melhor falar logo. Não vou fazer nada com você, até por que é a primeira vez que você me arruma confusão — ele descruzou os braços. —, mas se mais alguma coisa acontecer... — ele parou por um segundo. — Colocarei você em alguma jaula. — Peter deu um sorriso provocante e arqueou uma sobrancelha.

Então eu não teria nenhum "castigo" por ter ido ao encontro de Wendy? Fiquei meio sem reação quando ele disse aquilo. Fiquei feliz e confusa ao mesmo tempo. Pelo menos não teria que pagar pelo que fiz.

— Sério? — finalmente reagi. — Muito obrigada! — exclamei.

Ele desfez o sorriso e me encarou.

— Agora vê se some daqui e não conte pra ninguém dos ocorridos.

Dei um sorriso fraco — apesar de ter sido uma atitude idiota — e corri para o acampamento.

Wendy 

Wendy 

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Já devia fazer alguns minutos que eu estava conversando com aquelas meninas e eu ainda não contei meu plano para sair de Neverland, mas talvez não seja uma boa ideia contar.

— Sabe, talvez eu me arrependa das vinganças que fiz para Sophia... — Melissa disse.

Eu mal tinha percebido, mas elas já estavam falando da Sophia novamente.

— Eu me arrependo é de ter mexido nas coisas dela de Peter Pan e ter feito ela ficar brava comigo... — Vitória, ou melhor, Vick, disse rindo.

— Não faço a mínima ideia do que estejam falando... — falei, assumindo.

— Longas histórias. — Melissa disse, logo depois ela fingiu um sorriso.

Eu gostaria muito de saber como é que essas meninas tinham humor presas em jaulas em um pleno lugar no meio da floresta...
Elas continuaram falando enquanto eu pensava em como eu contaria sobre meus planos para sair de Neverland. Era um plano bem idiota, mas poderia dar certo.

Eu queria que alguma sereia ou fada nos ajudassem a sair daqui. É meio estranho, mas já tentei falar com uma sereia chamada Ally e ela me disse que vai pensar no assunto, mas que talvez não dê certo.

— Éhr... Meninas, eu preciso contar umas coisas pra vocês... — falei interrompendo o papo delas. — É que, bem, precisam jurar não contar pra ninguém...

As duas me encararam.

— Juro. — disse Melissa.

— Hm, tá bom então, juro. — disse Vick.

Apesar de eu achar a Vitória estranha, não podia deixar de contar pra ela também. Então contei tudo. Desde o fato de Peter ser um vilão e me prender junto com meu irmão na ilha, até a parte de querer sair de Neverland.

— Mas o quê?! — Melissa falou, um pouco alto demais.

— Você ouviu certinho. — respondi. — Não é atoa que estão numa jaula.

— Não sei o que dizer sobre, mas não acho uma boa ideia querer sair daqui — Vick disse. —, Peter Pan nos explicou que nos trancaria aqui para nenhum mal não acontecer com a gente! E depois perguntar sobre Sophia...

— ISSO É MENTIRA! — gritei. — Acha mesmo que ele se preocuparia se algum mal ocorresse com você? Você nem o conhece.

— Posso não o conhecer, mas não confio em você. — Vitória respondeu.

Aquele comentário me abalou um pouco, eu estava tentando ajuda-las, e elas nem acreditando em mim.
Fiquei em silêncio até que outro menino com uma máscara chegou.

— Pan quer falar com uma tal Melissa... — ele disse com a voz grossa, notei que talvez não fosse um menino, e sim um homem. — Me acompanhe.

Outros dois meninos apareceram e tiraram Melissa da jaula e a levaram. Eu gostaria muito que quando ela voltasse, confiasse em mim...

***

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Finalmente em NeverlandOnde histórias criam vida. Descubra agora