Capítulo 19

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Anna On

- Bom dia mãe! - digo com a maior alegria do mundo, descendo as escadas.

- Bom dia! - ela responde - Toma o café e se troca porque sua tia avisou que a Fernanda vai passar o dia aqui!

Tomo meu café da manhã e rapidamente subo ao meu quarto pra trocar de roupa. Fernanda é minha prima, 1 ano e meio mais velha que eu. Ela sempre me ajuda com conselhos e meninos.

Arrumo meu quarto que estava uma bagunça, com roupas espalhadas por todo canto e uma pilha de etiquetas das roupas que comprei ontem à tarde.

Por falar em ontem, não sei se foi um sonho ou se foi verdadeiro. Foi realmente... bom, muito bom. Quero vê-lo de novo. Quero não, preciso. Preciso vê-lo de novo.

Novamente, eu sendo a impulsiva.

Ouço o barulho do interfone. Minha mãe atende e depois grita pra mim que a Fer já chegou. Desço as escadas correndo e espero elas junto com a minha mãe na porta de casa. Elas chegam e minha tia estaciona o carro na garagem.

- Fer!!! - grito correndo pra um abraço.

- Annaaaa! - ela vem e me abraça. Faz um tempinho já que não nos vemos.

Solto ela e vou cumprimentar minha tia. Ela é daquelas tia louca, desbaratinada sabe? Adora provocar.

- Como você tá bonita Anna! E aí Claudia - ela diz pra minha mãe - cadê o namorado dela? Ele vai passar o Natal com a gente esse ano?

Eu e minha tia rimos. Ela realmente conhece a irmã. Sabe que tem um ciúme incontrolável e não suporta meninos.

- Pois é né. Já conversei com o meu marido e decidimos que 16 já é uma idade boa pra ela dar uns beijinhos, trazer um namorado pra cá, não é?

Ela e minha tia riram e eu fiquei surpreendida. Em algumas semanas eu faria 16. Minha mãe nunca falou isso pra mim. Agora pelo menos posso fazer minhas coisas sem aquele peso de que eu estou escondendo da minha mãe, entende?

Subo com a Fer até meu quarto e minha tia vai embora. A gente se atualiza dos babados e conversa muito. Conversamos tanto que só paramos na hora que minha mãe chamou pro almoço.

Comemos e minha mãe nos levou pro shopping. Encontrei uns amigos e troquei as roupas que comprei e não serviram. De lá,  levamos ela na casa dela e voltamos pra casa.

Não vi o Gabriel hoje. Ainda.
Queria saber mais sobre ele. A curiosidade tava me irritando. Não o conhecia bem para saber o que sentia. Por enquanto era algo apenas físico, mas estava mexendo com o meu emocional.

Minha mãe me deixou e foi na academia e no mercado. Agora é minha chance.

Entrei em casa, escovei meus dentes, prendi meu cabelo em uma trança. Antes de sair, tomo um susto. Escuto um barulho assustador na minha janela, que estava coberta pela cortina. O barulho se repete mais duas vezes.

Com um pouco de medo, abro a cortina. Olhei pra fora, e assim meu coração disparou e abri um sorriso.

O Menino da Outra RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora