Capítulo 27

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- Toma Lucas, termina de editar o negócio aí que eu vou buscar o pendrive - entrego meu computador e ele pega.

Ele até que está se comportando bem. Não me provocou, fez tudo certinho. Que ótimo. Já estamos fazendo esse trabalho a algum tempo já, e ele já veio aqui várias vezes.

Subo para meu quarto novamente com o pendrive na mão, e ele está editando. Fecho a janela porque estava ventando, mas não a cortina, para não escurecer o quarto. Já estamos na reta final dessa porcaria. Espero que valha uma boa nota, porque nos esforçamos dessa vez.

- E pronto. - ele diz, após revisar e salvar tudo.

Rio aliviada e ele faz o mesmo. Já estava cansada de tudo.

- Vou pegar um suco pra gente comemorar. - falo enquanto ando até a porta do meu quarto.

- Não tem uma Ciroc não? Pra comemorar ela é ótima! - ele brinca e eu rio.

- Até parece, Lucas. - rimos.

Desço, pego o suco e volto rapidamente. Ele estava lá, lindo.

Conversamos bastante até anoitecer. Minha mãe foi buscar meu irmão na futebol e ficamos sozinhos, mas ele já tinha que ir embora.

- Você precisa ir mesmo? - pergunto enquanto íamos pra frente de casa.

- Preciso. Você quer que eu fique com o trabalho? - ele responde.

- Imagina, pode deixar que eu fico com ele e levo no dia da entrega. - digo com um sorriso educado no rosto.

Foi aí que aconteceu tudo.

Na hora de nos cumprimentarmos, pois ele já estava indo embora, rolou algo inesperado.

Sem querer, e virou o rosto e me deu um selinho!

Paramos e nos olhamos meio envergonhados. Aqueles olhos...

Ele se aproximou e segurou minha mão, como se quisesse algo a mais. Ele sorriu de um jeito malicioso. Fico parada, sem pensar em nada.

Ele finalmente selou nosso lábios, com ternura. Tento me afastar, mas ele agarra minha cintura com força, o que me arrepia, não posso negar. Ainda meio assustada, apesar de ainda presa naquele beijo que me segurava, tento me soltar, mas ele segura meu pescoço e me empurra contra a parede. Me entrego, sem ter saída e, assim, o beijo começou a misturar desejo e pegada. Ficando cada vez mais intenso, eu repenso o que estava fazendo ali e tento parar.

Esqueci da minha mãe, esqueci de todo mundo. Só não sabia se queria continuar aquilo ou não, minha cabeça girava.

- Que porra é essa? - digo alguém exclamando alto, no exato momento em que eu paro de beijar aquela boca na minha frente.

Ferrou.

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O Menino da Outra RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora