Capítulo 12

3.4K 232 5
                                    


Estava com a cabeça nas nuvens. Me senti igual aos livros!

Entre alguns beijos e outros, ele sorria. Mexia com o meu coração. Parecíamos namorados! Só que não né! Não viaja Anna! Que emocionada, só de pensar nisso já me senti estranha.

Sentia seu coração pulsar. Estava tudo indo bem. Mas como a vida não é igual aos livros,  algo tinha que dar errado, claro.

Meu celular tocou bem alto. A tarde inteira sem nenhuma mensagem, nenhuma ligação e meu celular tinha que tocar agora! PQP!

Paramos o beijo, mas não nos soltamos. Ficamos por um tempinho só nos olhando. Pra mim, parecia cena de filme!

Até que nos soltamos e atendi a ligação. Era a minha mãe.

- Oi filha, porque demorou pra atender?

- Nada não mãe. Por que me ligou? - falei calmamente, sem demonstrar raiva.

- Só queria avisar que peguei trânsito e só vou chegar daqui 3 horas. Deixei dinheiro na cozinha. Pede uma pizza. Beijos, te amo.

- Tá mãe. Pode deixar, beijos - desliguei.

Ele me esperava quieto, com um sorriso bobo e fofo na cara. Sentou-se no chão, encostado no muro. Sentei ao lado e ele envolveu seus braços nos meus ombros.

Ficamos olhando a noite. O céu estava cheio de estrelas e os vagalumes nos rodeavam. O silêncio era chato, mas não desconfortável. Entretanto, queria muito que ele falasse algo. Era lindo, mas não sabia nada sobre ele. Estava interessada em saber.

De repente, ele pegou o celular dele que estava no bolso da calça de trás, entrou na agenda de contatos e me passou o celular, pra eu colocar meu número. Coloquei meu número e devolvi o celular a ele, e no nome do contato, colocou Anna com um emoji de coração do lado!

Meu coração disparou, como se quisesse sair do meu corpo. Sem pensar duas vezes, peguei o meu celular e fiz a mesma coisa que ele fez, e no nome coloquei Gabriel com um coraçãozinho também! Que ridícula eu, fiquei com vergonha da minha ação, parecia uma besta, fazendo as coisas no impulso.

Desliguei o celular e com um sorriso bobo no rosto, nos olhamos, e nos beijamos novamente. Eram beijos leves e macios. Bem fofo!

Agora sim tinha certeza que não era um sonho. Mas não me sentia bem. Não sabia o que estava passando pela minha cabeça.

O Menino da Outra RuaOnde histórias criam vida. Descubra agora