Capitulo 5 - Passei

951 187 33
                                    

Confesso que minha barriga deu um nó quando ele me chamou no escritório da casa dele em plena a segunda feira de manhã, havia feito uma semana que estava ali na sexta-feira e ele nem sequer havia me chamado. Porém, foi um enorme alivio ouvir: "Você continua no emprego". Foi assim que fiquei ainda mais feliz. Em seguida ouvi: "Preciso que leve a Holly a aula", felicidade de pobre dura pouco. Hoje vou ser presa por matar a filha dele no trânsito, ou serei uma vítima também.

Arrumo Holly para a escola, não é a primeira vez que faço isso, estou me acostumando já com quase tudo, principalmente com o fato de Jared trazer mulheres diferentes, beber vendo jogo e mal sair do quarto dele. Preciso pensar em um jeito de simplesmente mostrar a ele que tudo isso está errado, Jared precisa saber que a Megan ia odiar saber que a princesa dela está sendo maltratada pelo próprio pai! Mas, é muito cedo para pensar em tudo isso, ao menos pensar em "dar um chega para lá" no cara que acabou de me aprovar em experiência.

Sento no banco do motorista e passo o cinto, conto um milhão de vezes em silêncio. Apesar de já ter decorado o caminho fazendo ele todos os dias com o motorista, hoje eu estou no carro reerva e a motorista sou eu.

-Tia Li- ela adotou esse apelido - está tudo bem?- assinto- você já dirigiu antes né?- assinto mais uma vez  e vejo sua cara de assustada no retrovisor. Não é mentira, mas dirigir um Impala anos atrás e agora entrar em um Corolla, nossa... Ferrou!

-Colocou o cinto Holls?- ela assente e eu dou partida, saio cantando pneu e ela segura no banco. Tento manter o volante reto, mas o Impala do meu pai tinha a direção mais dura. Ah céus, pego a rua e respiro fundo apertando o acelerador fundo com os pés.

-Você não sabe dirigir- ela afirma desesperada.

-Eu sei- falo sem parar de olhar para frente- Mas eu não dirijo tem anos, e não tenho carta.

-Ah não, vamos ser presas e... Liah olha o carro- desvio e escuto uma buzina- outro - ela grita estridente e eu xingo.

-Estão em contra mão esses putos!

-Esses o que?- eu me toco.

-Plutos, bando de cachorros- desvio mais uma vez de um carro.

-Está na contra mão sua barbeira!- Um cara grita e eu olho pelo retrovisor Holly desesperada.

-Holls se segura!

-Mais?- exterso o carro jogando para um canteiro e dou uma virada para sair da contra mão, ela grita estridente diversas vezes. Pego a rua da escola e de repente canto pneu para estacionar torto no meio fio. A adrenalina é enorme e dispara o meu coração, ela tira o cinto abre a porta e se joga na calçada.

-Obrigada meu Deus! Estou viva! Terra firme!- saio do carro e pego a mochila dela.

-O seu pai não precisa saber disso!- ela pega a mochila e sorri.

-Ele não vai precisar organizar meu velório e fingir que sente muito, portanto ele não precisa saber- reviro os olhos, apesar de saber que ela tem razão. - Se cuida e cuidado desmiolada- ela me abraça forte e u beijo a sua testa.- agora que passou, pode tentar prestar a faculdade de fotografia- sorrio.

-Sim, está nos meus plano isso sem sombra de dúvidas.

-Promete que vem me visitar quando tiver muito dinheiro e não precisar trabalhar- eu sorrio.

-Eu preciso colocar a sua vida em risco muitas vezes ainda.- ela sai sorrindo e eu entro no carro, apesar dela ter seis anos, acho que os fatos a fizeram amadurecer de mais.

Pego o meu celular.

-Ben?

-Ei Liah - depois daquele final de semana ainda almoçamo algumas vezes com Holly, ele tinha que salvar a minha pele agora.

-Você está ocupado?

-Não! O que aconteceu?

-Pode vir aqui na frente da escola da Holly agora?

-Posso! Vou pegar meu carro e estou ai em cinco minutos.

-Não, vem de táxi e aqui eu te explico!

Não demorou e lá estava Ben para salvar a minha pele. Apesar de ficar preocupado com Holls, ele estava rindo muito enquanto dirigia.

-Você precisa tirar carta para ontem! Meu irmão costuma deixar o carro na mão da babá da Holly, se ele imaginar que você andou sem carta- ele ri alto.

-Preciso sim, mas, minha principal meta agora é a faculdade de fotografia, preciso pegar o meu salário para isso.

-Eu pago para você- o enacaro.

-Oi?

-O que você ouviu, eu pago! - tudo bem que ele é rico,  arquiteto e ganha muito bem, mas querer pagar a minha carta quando na verdade só me conhece tem uma semana?

-Oi?

-Será que dá para prara de perguntar oi?- ele sorri- para de ser tonta, não podemos perder alguém que cuida da Holls desse jeito, eu e Jonnah estamos muito felizes, e além do mais ela é jornalista e na TV pagam super bem a ela, eu sou arquiteto, moramos só nós dois e temos grana dos meus pais ainda. Então aceita!

-Eu agradeço, você vai mais uma vez salvar a minha pele!

-Então ótimo, não quero que a sua pele vire um casaco- ri alto e eu bato devagar em seu braço.

Ele me deixa na enorme casa, Sofia está lavando a sala ouvindo música nos fones de ouvido, acho que dede que cheguei falei com ela apenas duas vezes e coisas relacionadas a Holly, na verdade foram três porque a primeira foi "prazer sou a Liah". Vou até a cozinha e dou de cara com Jared parado olhando na geladeira, na verdade um dia antes eu fui com Holls no mercado e comprei tudo que ela tinha vontade, sei como eé essa coisa de ter vontade e não poder, e além do mais Jonnah me deu um cartão para comprar o que precisasse para a sobrinha.

-O que significa essa quantidade absurda de porcarias Liah? - ele pergunta assim que eu entro na cozinha.

-Eu comprei com o dinheiro que Jonnah me deu, é tudo para a Holly, só tem coisas nutritivas, ela gosta de Yogurte e...

-Besteiras! Não quero que fique dando presentes ou essas coisas para ela, vai crescer mimada!- assinto - entendido? - assinto mais uma vez, ele faz menção de sair e eu não aguento.

-Ah quer saber? Mimada ela cresceria se tivesse o amor do pai, se tivesse o carinho e a paixão que um pai deve ter. Acha que é certo trazer mulheres da vida para a sua casa? Para fornicar na sua cama onde dormiu a mulher que você amava ou quem sabe ama ainda? - ele me encara raivoso.- sei que sou nova e não tenho o direito de falar metade das coisas que estou falando, mas, posso cuidar muito bem da sua filha, só não posso tolerar que ela seja tratada assim.

-Quanto atrevimento.

-Verdades que eu precisava falar, não culpe uma garotinha pelos planos de Deus- falo com lágrimas nos olhos e ele retesa os ombros- essa menina não tem culpa de nada, e eu sei que a Megan a amaria. Pensa nas coisas que você faz, pensa em uma menina ter que ouvir todos os dias gritos e gemidos, ela não tem culpa, não é assassina. Ela também perdeu a mãe!- saio sem dar chances para ele me chamar, agora corro o risco de ir para o olho da rua, mas, talvez essa tenha sido a minha missão, vir para cá e mostrar para esse homem o que ele está fazendo.

Simplesmente LiahOnde histórias criam vida. Descubra agora