De volta pra casa

20 2 0
                                    

Acordo o sol ainda não saiu,meu corpo doi, nunca mais vou ver uma rede com os mesmos olhos.olho para Nina ela ainda dorme, esta descoberta deitada de barriga para baixo,tento desviar os olhos mas não consigo, ela é muito linda tem um rosto angelical e um corpo perfeito.
- Melhor sair daqui, falo pra mim mesmo.
Saio da cabana e avisto meu pessoal, acho que como eu, estão doidos pra ir embora.O guia também já esta de pé.
-Sr André.
-Ha, Sr Lucca, achei que acordaria mais tarde. Ele da um sorriso irônico.
-Como pode ver, não, estou louco pra ir pra casa.
-Já esta tudo pronto, diz ele.
-Vou chamar Nina.
Entro na cabana ela esta sentada na cama.
-Bom dia?Já está na hora de irmos.
Ela acena com a cabeça e se levanta, caminha pra mais perto.
-Onde está suas malas?
Ela me olha, jesticulo faço mimica, mostro minha mala tento de tudo mas ela continua parada no mesmo lugar.
- Meu Deus isso não vai dar certo, passo a mãos nos cabelos em um gesto nervoso.
-Não tenho malas, tudo que tenho esta comigo.
Me viro pra ela é sorrio.Então você consegue me enteder?
Ela acena um sim com a cabeça, e me sinto mais aliviado.
-Sr, posso me despedir de meu pai?
- claro que sim!vai lá.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela sai correndo da barraca.Acabo de juntar minhas coisas e vou de encontro a minha equipe, o chefe pediu que alguns de seus guerreiros nos acompanha-se Leopoldo esta melhor mas havia perdido o pé, então tinham que carrega-lo.
Nos despedimos de todos e agradecemos pela estadia, Nina estava agarrada em mulher e as duas choravam.
- vamos?estiquei a mão pra ela, ela deu um beijo no rosto da mulher abraçou o pai, falaram algumas palavras que eu não entendi, dei alguns passos em sua direção e segurei sua mão.
-Hora de ir.
- Por favor, cuide da minha menina.-A mulher disse em meio o as lagrimas.
- Cuidarei! Eu prometo.
Nina se movia na mata com agilidade, não via dificuldade, eu a observava o tempo todo, ela ainda estava com minha camisa, ficava grande demais nela quase alcançava seus joelhos.Assim que chegar na cidade vou ter que lhe comprar umas roupas ela não poderia viajar assim.
chegamos finalmente aos alojamentos, os celulares pegaram rede, liguei para que um carro nos buscasse, não demorou muito estávamos no hotel.
Nina olhava tudo a sua volta, as vezes sorria, outras se encolhia, as pessoas olhavam curiosas ao me ver de mãos dadas a uma Índia que vestia só uma camisa e estava descalça.
Depois de nos registrar subimos para o quarto, estava muito cansado e Nina parecia ter acabado de acordar.ela olhava o quarto passava as mão nas coisas, tudo era novo para ela.
-Quer tomar um banho?
Ela olha em volta, olha pra mim, olha em volta de novo.
-Onde fica o rio?
- Onde fica o rio?repeti sua pergunta.
-Sim.para o banho, posso apanhar agua pra Vc esse é um dos deveres de uma esposa.
Nessa hora gargalhei alto, não me contive.
-O que foi tão engraçado para rir tanto.ela me pergunta toda inocente.
- Desculpa!me desculpe por favor, venha vou lhe mostrar.
Sigo para o banheiro e ela vem atrás, abro o box e ligo o chuveiro,explico pra ela como funciona e a encorajo a entrar.Na sua inocência tira a blusa puxando pela cabeça, entra devagar na agua.
-Quente, diz ela saindo.
-Deixe-me esfriar um pouco.
Entro no box para regular o chuveiro.-Ela sorri quando a agua volta cair.
-Aqui esta o que precisa para lavar os cabelos, o sabão pra o corpo, esta atraz de você.
Me perco nela por alguns segundos, meus olhos não deixam os dela me aproximo um pouco e passo os dedos pelo seu rosto ela fecha os olhos e eu reuno o resto de força de vontade que tenho, e me afasto, saio do box fechando a porta atrás de mim.
Vou ate a recepção e pergunto onde posso encontrar uma loja de roupas feminina, como não é longe vou a pé.Escolho algumas peças e volto pro hotel.Quando chego ela esta sentada na cama transsando o cabelo.
-oi, trouxe umas coisas pra Vc.-Entrego as sacolas pra ela.
- São roupas, teremos que pegar um avião e Vc não pode ir so com minha camisa.
-Aqui não é sua casa?
-Não!Eu moro no Rio de Janeiro.
-Como se coloca?-Ela levanta um macaquinho florido.
-Venha,deixe-me mostrar, mas primeiro tem isso.-levanto o conjunto de calcinha e sutiã.
Explico como se faz enquanto coloco nela, sei que não precisava, que ela seria capaz de colocar sozinha, mas não resisti, meus dedos encostavam em sua pele me fazendo ter calafrios, queria torná-la pra mim,beijar cada centimetro daquele corpo moreno jambo, mas não podia tinha que me segurar, não seria justo com ela, pois não tinha intenção de um relacionamento serio agora.
-Pronto!o que achou?
-Muito bonito, mas pinica.
-Vc se acostuma.vamos pedir alguma coisa pra comer e descançar, nosso voo sai a noite.
O voo pra casa ocorreu tranquilo, fui segurando a mão de Nina o tempo todo, cada coisa nova que fazíamos ela ficava maravilhada.
Chegamos no aeroporto do rio de janeiro já havia amanhecido, o motorista da empresa viria nos buscar, enquanto esperávamos levei Nina para tomar café da manha.
-Então, gostou de voar?
-Muito! Estava-mos voando como os passaros.-Ela sorri.
-Podemos voar novamente qualquer dia desses, o que acha?
-Eu iria adorar.
-Você fala muito bem a minha lingua, como aprendeu?
- Quando eu era pequena tinha um grupo de professoras que eram voluntárias em um projeto,e davam aulas la na reserva, me ensinaram a ler, escrever a comer de garfo e faca so não ensinou os seus costumes por que papai não deixou, era a condição para continuar-mos tendo aula, conheci muitas coisas mas todas através de fotos em livros e histórias que elas contavam.
-Entendo.Pena que não tive a oportunidade de ver a escola.
-Não existe mais, depois do que aconteceu...., papai proibiu.
Vejo que ela ficou desconfortável e mudo de assunto.
-Vamos, o motorista já deve ter chegado.
Agarro sua mão, e seguimos pra fora da lanchonete.

INCONDICIONALOnde histórias criam vida. Descubra agora