Capítulo 8

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       Eu parecia um desesperado que cometeu a maior burrada da sua vida e que agora precisava consertar isso para continuar vivendo. Na verdade, eu estava desesperado pelo perdão dela. E por momentos, tudo o que eu fiz a ela, parecia mesmo ser a maior burrada da minha vida.
    - Eu te perdoo Tobias. Eu te perdoei desde o momento em que aceitei dar explicações pra você. - Disse ela olhando em meus olhos e sorrindo. Mia se virou para mim e fez com que nossos rostos ficassem frente a frente. Segurou meu rosto com as duas mãos e disse.
    - Você merece meu perdão. Eu sei o que é não ter pais. Eu sei o que é se sentir sozinho com um monte de gente à sua volta. Você não merece carregar toda essa dor no peito Tobias. Pelo menos não sozinho. - Eu não estava acreditando que ela me estava perdoando. Abri o maior sorriso que podia ao ouvi-la dizer que me perdoava. Eu sentia-me extremamente feliz e leve com o perdão dela. E mais importante que as palavras, eu via nos olhos dela que eu realmente estava perdoado. Abracei-a apertado e escondi meu rosto em seu pescoço. Senti Mia me envolver em seus braços, retribuindo o abraço enquanto acariciava minha nuca com uma mão e afagava minhas costas nuas com a outra. Desta vez, deixei que as lágrimas rolassem livremente por meu rosto e consequentemente, molhando a curva do pescoço dela. Meu coração batia rápido e um conjunto de sentimentos me atingiu. Sentimentos novos e sentimentos antigos. Felicidade, tristeza, carinho, saudade, agradecimento, culpa, raiva, necessidade… Tudo me atingiu de uma só vez.
    - Obrigado. Muito obrigado. - Disse com a voz embargada pelo choro enquanto a apertava mais contra mim, esquecendo-me completamente dos nossos corpos ainda nus e o que isso podia causar em Mia. Ela permitiu-me ficar vários minutos abraçado a ela sem dizer uma palavra. Mia apenas ficava me reconfortando até que a senti colocar as mãos em meus ombros para me afastar um pouco e olhar meu rosto. Mia sorria, e sorria lindamente. Ela me olhava com ternura, e carinhosamente pousou as duas mãos no meu rosto. Eu olhava pra ela fascinado. Senti-a secar minhas lágrimas com os polegares e beijar a ponta de meu nariz carinhosamente. Vi-a olhar meus lábios e voltar a olhar meus olhos e pude ler seus pensamentos. Ela queria saber se um beijo ajudaria em alguma coisa.
    - Me beije. Se você quer saber se isso me vai ajudar, apenas me beije Yasmim. - Pedi sussurrando em seus lábios. Mia sorriu e sem pensar duas vezes, aproximou seus lábios dos meus. Minha mão foi parar em sua nuca e puxei-a para mim, voltando a unir nossos corpos. O beijo era intenso e mostrava o quanto eu estava agradecido pelo perdão dela. Era um beijo que mostrava o quanto eu precisava daquilo. Um beijo que mostrava mais do que eu esperava. Algo desconhecido. Eu estava sentindo algo que eu não conhecia antes. Eu estava gostando. Separamos nossos lábios e encostámos nossas testas. A respiração descontrolada misturava-se cada vez mais. Abri meus olhos e encontrei os dela me fitando.
    - Eu te amo. - Ela disse. Meu coração parou. Prendi a respiração e por momentos, pensei que fosse morrer. Entrei em pânico. Ela disse as três palavras que nunca ninguém me disse antes. Só meu pai, e era um amor diferente. Isso eu sabia. Ela me amava e disse isso sem medo algum. Eu vi a confiança e a verdade em seus olhos. Eu não sabia o que fazer. Eu não podia dizer o mesmo. Não sem sentir isso realmente. O que eu fazia? Não podia mandá-la embora! Eu a queria ali comigo. Porque merda é que ela foi dizer aquilo logo agora? Tinha que ser agora? O que eu vou fazer?
    - Não precisa dizer nada Tobias. - Disse Mia vendo o pânico em meus olhos.
    - Eu só queria que você soubesse que existe alguém no mundo que te ama de verdade e que não tem medo de te dizer. Eu não peço que me corresponda da mesma maneira. Eu não exijo isso de você. - Ela leu meus pensamentos? Apenas dei um sorriso fraco. Eu não sabia o que dizer. Ela me amava e eu simplesmente não podia fazer nada para retribuir. Sabe o quão frustrante isso é? Eu queria fazer alguma coisa por ela. Algo que possa retribuir o que ela está fazendo por mim esta noite. Ela está sendo pra mim hoje o que ninguém nunca foi. Quer dizer, tem Urih, mas é diferente. Urih não sabe de nada do que foi dito essa noite. Eu queria fazer algo por Mia. Para falar a verdade, eu queria sentir algo por ela. Mas eu não podia. Eu não conseguia. E a única coisa que me restava, era um pedido de desculpas.
    - Me desculpe… - Disse num sussurro enquanto olhava em seus olhos, que agora estavam com uma ponta de tristeza.
    - Por favor, me desculpe.
    - Não se preocupe Toby. Não tem com o que se desculpar. Eu sempre soube. - Pude ver um sorriso forçado em seus lábios.
    - Nós já ultrapassámos mais barreiras esta noite do que em toda a nossa adolescência, eu acho. Eu, a nerd feia, perdendo a virgindade com o garoto popular do colégio. Você, o garoto popular, confiando em mim a ponto de contar sua história sem eu fazer a miníma ideia do por que dessa confiança e mesmo assim gostando disso. - Sorriu agora sincera. Tudo o que ela me estava dizendo era verdade, nós quebrámos muitas regras.
    - Nós já quebrámos regras o suficiente por hoje. - Disse rindo gostosamente.
    - Concordo. - Soltei uma pequena risada ao ouvir seu riso. Era contagiante. Eu sabia que não podia retribuir o que ela sentia por mim. Eu não sentia o mesmo. Eu não a amava. Mas eu sabia que a tinha em meus braços até que o sol nascesse. Eu sabia que esta noite ela era minha. Eu adorava tê-la em pensamento como MINHA! Minha Mia. Estranho eu sei. Mas eu gostava. E por ter só mais algumas horas pela frente, eu queria aproveitar cada segundo do seu lado. Sim, eu sei que isso pareceu gay. Mas eu quero que se foda. Amanhã, meu inferno voltaria. Deixe-me aproveitar o paraíso agora.
    - O que acha de quebrar mais uma regra esta noite? - Perguntei enquanto puxava seu lábio inferior com meus dentes sem machucá-la.
    - Depende da regra que tiver que ser quebrada… - Disse suspirando quando minhas mãos agarraram sua cintura numa pegada certeira por cima do lençol.
    - Tome banho comigo e faça amor comigo de novo. - Pedi olhando em seus olhos. Só depois de um segundo é que eu percebi o que eu tinha dito. Foi instantâneo. Eu não pensei. Apenas disse. “Fazer amor…” eu não sei o que é isso. Eu sei o que é SEXO! Não fazer amor. Porque eu fui dizer aquilo? Eu não tenho a resposta para essa pergunta. Mas também pouco me interessava. Eu só queria a Mia. Queria senti-la de novo.
    - Quer fazer… de novo? - Perguntou surpresa. Ela não percebeu meu erro. Ou fingiu não perceber.
    - Sim. Muito. - Disse na cara de pau. Pude vê-la corar rapidamente e baixar o rosto para olhar suas mãos.
    - Sério? - Perguntei. Ela me olhou confusa.
    - Sério que ainda fica envergonhada? Depois de tudo o que fizemos nessa cama?  - Perguntei enquanto beijava seu colo. Ela estava meio sentada e meio deitada com as costas nas almofadas e eu estava com meu tronco inclinado sobre ela. Puxei o lençol que a tapava para baixo e olhei seu tronco nu. Olhei pra ela de novo e ela estava sorrindo. Levei minha mão à sua cintura de novo e fiz carinho.
    - Acho que nunca me vou habituar ao seu toque. - Disse dando de ombros.
    - O que tem meu toque? - Eu estava curioso pelas palavras dela. Eu sabia o efeito que minhas mãos tinham em seu corpo, mas eu queria ouvi-la dizer.
    - Seu toque deixa minha pele formigando. Eu arrepio, e depois parece que vou pegar fogo. A maneira como você me olha… deixa-me sem graça. Mas me faz sentir segura ao mesmo tempo. - Disse enquanto levava uma mão aos meus cabelos. Suas mãos estavam frias, o que me fez arrepiar ao senti-la tocar minha nuca.
    - São sensações boas. - Sorriu.
    - São? - Perguntei com um sorriso malicioso nos lábios enquanto beijava seu seio direito e a via arrepiar.
    - Humhum. - Murmurou ela. Mordisquei seu seio e dei um beijinho logo de seguida. Voltei a olhar seus olhos.
    - Toma banho comigo Mia? - Perguntei lhe dando um selinho. Mia apenas assentiu sorrindo. Ela se livrou dos meus braços que a rodeavam e se levantou da cama. Ela caminhou até o meio do quarto e depois parou quando percebeu que eu não a seguia até ao banheiro. Ela se virou e me olhou. Eu tinha Yasmin Blanco completamente nua no meio do meu quarto esperando por mim. Eu já estava excitado. Tirei o lençol que me cobria até à cintura e me levantei, caminhando lentamente até ela… completamente nu. Vi-a percorrer todo o meu corpo com os olhos e vi eles se arregalarem quando viu minha excitação. Suas reações me faziam rir. Nós nos beijámos, acariciamos, gememos e suamos na cama atrás de mim há momentos atrás e ela continuava envergonhada e surpresa pelas reações que causava em mim.
    - Porque me olha assim? - Perguntei já sabendo a resposta.
    - Vo... você está… err… excitado de novo. - Disse rápido e encabulada.
    - Culpa sua. - Disse com um sorriso no rosto. Cheguei perto dela e segurei seus quadris, puxando-a pra mim. Ela arregalou os olhos ainda mais surpresa.
    - Culpa minha?
    - Sim. Culpa sua. Quem mandou ter um corpo perfeito e andar completamente nua no meu quarto? Você que me provocou. Agora meu amiguinho quer você de novo. - Disse safado enquanto mordia seu queixo.
    - Seu “amigo” quer, ou você quer? - Perguntou rindo e colocando as mãos em meu peito. Suas mãos continuavam frias e o choque térmico fez meus músculos duros se contraírem. Olhei para ela e ela viu o desejo que eu sentia por ela em meus olhos.
    - Os dois. - Disse baixinho e a beijei.O beijo era calmo e intenso. Minhas mãos a puxaram mais para mim, fazendo assim nossos corpos se colarem. Gemi entre o beijo quando meu membro encostou-se ao ventre dela e meu corpo estremeceu ao sentir os seios de Mia junto a meu peito. Os mamilos duros dela roçando em mim provocaram ondas de calor por todo o meu corpo. Ela já estava excitada e isso me fez sorrir entre o beijo. Levei uma de minhas mãos até sua nuca, e adentrei seus cabelos enquanto aprofundava o beijo cada vez mais. Desci minha outra mão até sua bunda e apertei-a com vontade. Yasmin gemeu e parecia que ia desfalecer em meus braços. Passados uns segundos, minhas mãos não se decidiam em que parte do corpo de Mia agarrar e apalpar. Ela era perfeita e eu adorava tocá-la sem qualquer restrição. Eu já estava completamente excitado e cada vez a desejava mais. Interrompi o beijo com selinhos molhados e beijei sua orelha. Nossas respirações estavam completamente ofegantes e eu gemi em seu ouvido quando a senti Mia dar um chupão em meu pescoço.
    - Podemos fazer amor aqui mesmo? Eu não aguento chegar até ao banheiro. - Disse ofegante e com um tom de malícia na voz. Isso só fez Mia rir… de novo.
    - Em pé? Acho que não iria dar um bom resultado. - Disse ainda rindo. É ela tinha razão… não iria dar mesmo. Afastei meu rosto do seu pescoço e percorri meus olhos pelo quarto até que me deu uma ideia.
    - Você gosta de estudar não é? - Perguntei malicioso. Pude ver a confusão em seu rosto.
    - Sim. Pretendo ter um bom futuro com um bom trabalho. Mas o que isso tem hav… - Nem a deixei terminar a pergunta. Beijei-a novamente e fui encaminhando-a até à mesa onde tínhamos estudado antes de fazer amor. Aprofundei mais o beijo que estava cada vez mais urgente e agressivo. Mia arranhava minha nuca de leve e gemia em minha boca quando eu tocava certas partes de seu corpo. Senti-a tirar as mãos de meus cabelos e colocá-las sobre a mesa atrás de si quando ela a sentiu. Ela separou o beijo ofegante e olhou para trás. Depois voltou a olhar pra mim.
    - Mesa? - Perguntou com a sobrancelha erguida enquanto sorria.
    - Espero que goste de anatomia. Sou muito bom nesse assunto. - Disse safado. Ela riu e voltou a colocar suas mãos sobre meu corpo.
    - Porque isso não me surpreen… - Ela nem terminou a pergunta. Quando me viu atirando os cadernos, livros e tudo mais para o chão numa tentativa de deixar a mesa livre, pude receber um olhar incrédulo.
    - Você vai estragar. Para que a pressa? - Perguntou inocente se referindo ao material agora caído no chão de qualquer jeito. Eu sabia que ela estava sendo mesmo INOCENTE! Não havia tom de brincadeira em sua voz. Se ela soubesse o quanto eu já estava desesperado para possuí-la de novo, ela nem me faria essa pergunta.
    - Não se preocupe. O material vai sobreviver. Mas se eu não fizer amor com você, eu não vou sobreviver. Eu preciso de você Yasmin. Isso está meio que visível, né. - Disse apontando para meu membro totalmente ereto enquanto beijava a testa dela. E de novo eu disse. Será que eu não canso de dar mancada? “Fazer amor.” Puft! Mais uma vez ela pareceu não entender. Acho que é melhor assim. Vi-a corar.
    - Eu sei. Eu também preciso de você… até que esta noite acabe. - Disse me olhando. Ela passou suas mãos para minhas costelas e me puxou para ela.
    - Até que esta noite acabe… - Repeti olhando em seus olhos. Sorri para ela e levei minhas mãos até seus seios enquanto começava a beijar seu pescoço. Agarrei-os firmemente e comecei a massageá-los. Mia já estava de olhos fechados enquanto mordia o lábio inferior.  Ela estava completamente excitada e desejando por mim.
    - Hum… isso é bom… - Gemeu ela.
    - Você gosta disso Mia? Gosta da maneira como eu toco você? - Perguntei safado.
    -Sim. - Respondeu prontamente.
    - E disso? Você gosta? - Perguntei enquanto brincava com seus mamilos rígidos entre meus dedos. Ela nem respondeu. Apenas assentiu e gemeu mais uma vez.
    - Você está me deixando louco Mia. Eu estou ficando louco de desejo por você. - Disse em seus lábios.
    - Eu quero penetrar você Yasmin . Quero dar prazer a você. E quero receber prazer de você também.
    - Então faça Toby. - Disse me beijando em seguida. Sem pensar duas vezes, segurei-a pela cintura e a carreguei para cima da mesa sem parar de beijá-la. Os beijos eram agressivos o suficiente para deixar nossas bocas completamente vermelhas. Separei o beijo e olhei o rosto afogueado de Mia. Eu via o desejo em seus olhos negros e brilhantes. Ela queria aquilo tanto como eu. Distribui vários beijos por seu rosto, pescoço, colo e seios até chegar à barriga definida. Mia tinha suas mãos em minhas costas e puxava-me para ela cada vez mais. Levei uma das minhas mãos até sua intimidade, e bem suavemente, toquei seu clitóris. Fiz movimentos leves e Mia gemeu arqueando o corpo para mim. Não deixei que o carinho fosse mais longe. Não queria que ela chegasse ao orgasmo… ainda. Ela perdeu a virgindade poucos momentos atrás e por isso podia estar um pouco dolorida. Ainda por cima já teve dois orgasmos esta noite. Isso fez com que ela ficasse ainda mais sensível do que já estava. Bastava um simples toque bem dado e ela ardia de prazer. Isso só tornava as coisas melhores. Desta vez, não me demorei nos preliminares. Eu estava louco para estar dentro dela novamente e isso não me dava muita paciência para o pré-prazer. Eu estava entre as pernas de Mia e isso facilitava o contato de nossas intimidades. Fiz com que ela deitasse as costas na mesa e fiz com que relaxasse. Se ela estivesse dolorida, a penetração ainda podia incomodá-la. Aguentando mais um pouco antes de penetrá-la, retirei seus cabelos compridos que estavam sobre seus ombros e os beijei. Distribui beijos por toda a região enquanto minhas mãos apertavam as coxas torneadas de Mia. Ela gemia meu nome e eu ficava louco com isso.
    - Seu corpo é tão gostoso Yasmin. Não canso de beijá-lo e de me saciar com ele. - Disse completamente excitado.
    - E eu não canso de ter você assim… seu corpo por cima do meu me esquentando. - Deixou escapar em meio à respiração ofegante. Sorri com a declaração dela e me esbaldei com seus seios. Apalpei, beijei, chupei e mordi até cansar. Sem prolongar muito, me posicionei em sua entrada. Mia estremeceu e gemeu quando sentiu minha glande roçar em seu clitóris e sua entrada.
    - Vamos esquentar Mia? - Perguntei continuando a roçar nossas intimidades.
    - Sim. - Disse tomada pelo prazer. Suas mãos agarravam seus seios firmemente enquanto eu levava minhas mãos para entrelaçar suas pernas em minha cintura.
    - Eu não aguento mais. Penetre-me Toby. - Pediu num tom suplicante. Eu estava levando-a ao prazer extremo. Bem o que eu queria. Sem esperar nem mais um segundo, comecei a adentra-la com meu pénis. Ele estava duro como uma barra de ferro e estava pulsando por ela. Mia gemia e arqueava o corpo conforme eu a ia penetrando, mas não se opôs. Quando fiquei completamente dentro dela, tocando fundo, não esperei que seu corpo se acostumasse ao meu. Comecei a movimentar-me lentamente dentro dela, apenas sentindo como ela apertava meu membro. Ela já era apertada, e quanto contraía os músculos de sua vagina, ela me levava ao céu.
    - Mais… mais forte. - Gemeu Mia.
    - Mais forte Yasmin? Tem certeza? Olha que pode ser forte demais. Você aguenta? - Fiz joguinho em seu ouvido. Eu queria provocá-la ao máximo. Queria que ela me desse o máximo que ela pode aguentar. O máximo que eu quero dar a ela.
    - Apenas… faça. - Pediu me olhando e parecia… ameaçadora? Ri do olhar de má que ela me deu e estoquei forte uma vez dentro dela o que a fez dar um pequeno grito.
    - Você que pediu Mia Blanco. - Disse safado em seus lábios. Parei os movimentos e permaneci dentro dela o que a fez reprovar o gesto. Agarrei em seu queixo para fazê-la me olhar e disse.
    - Antes de tudo, eu não quero machucar você. Eu sei que ainda está sensível. Avise-me de qualquer coisa está bom? - Disse preocupado apesar de estar enlouquecido. Eu sabia que podia machucá-la se eu quisesse.
    - Tudo bem. Mas por favor, não me torture mais. Eu quero sentir você se movimentando dentro de mim. - Disse elevando o tronco para me beijar os lábios com ternura o que a fez ficar meio sentada. Olhei em seus olhos e o que vi neles era pura inocência, desejo e ternura. Sorri pra ela e disse.
    - Você vai sentir. Você vai ter o orgasmo mais violento da sua vida. - Disse em seus lábios. Acho que a assustei com a palavra “violento”. Não era o objetivo.
    - Vai ser gostoso. - Emendei. Voltei-me a movimentar dentro dela ainda de forma lenta e vi-a franzir a testa.
    - Deite-se. Assim, pode se machucar. - Eu sabia disso porque assim eu conseguia ir ainda mais fundo nela.
    - Não. - Recusou sorrindo.
    - Está bom assim. - Disse mordendo meu lábio inferior em seguida. Sorri para ela e continuei penetrando-a. Eu ia aumentando a velocidade e a força aos pouco e isso fazia com que gemêssemos cada vez mais. Chupei seu mamilo enquanto a penetrava cada vez com mais vontade. Minhas mãos estavam em seus quadris, mantendo-a na posição desejada. Minha sorte era que a mesa era resistente para o que estávamos fazendo. Ao contrário do que Mia pode pensar, eu nunca fiz sexo com uma garota nessa mesa. Mia a estreou. Sorri com o pensamento de que mais uma vez, eu e Mia estávamos quebrando regras. Não tô nem aí. Deixei meus pensamentos de lado e me dediquei à garota que me tomava de desejo. Ela arranhava minhas costas com as unhas curtas e gemia cada vez mais frequentemente. Quanto mais eu a penetrava, mais ela gemia.
    - Tobias! Mais…
    - Ela nem precisou terminar. A essa altura, eu já entocava com toda a vontade do mundo.
    - Você es… você está me levando à loucura Mia. - Disse com dificuldade enquanto encostava minha testa na dela.
    - Ah Tobias. Eu estou ardendo. - Disse ofegante.
    - Eu gosto de sentir você dentro de mim Tobias. Não para agora. - Pediu enquanto eu estocava mais devagar e mais fundo ainda.
    - É incrível como até sua voz me deixa excitado Yasmin. Eu vou dar tudo pra você. Você pediu, e eu vou dar. - Disse estocando mais rápido e forte em seguida. Nossos corpos estavam completamente sincronizados. Quanto mais eu estocava fundo nela, mas ela oscilava na mesa. Ela me beijou, mas era difícil prolongar os beijos. Nossas respirações descontroladas não o permitiam. Dei um chupão no seio direito dela e senti-a segurar meus cabelos com força, me fazendo gemer ainda mais. Mia tinha pequenas manchas vermelhas espalhadas pelo corpo, de pequenas mordidas ou chupões. Eu não fui muito simpático nesse aspecto. Não que ela se importasse agora. Com estocadas cada vez mais prazerosas e certeiras, Mia chegava até a gritar de prazer. Meus ouvidos não reclamavam. Ela podia até urrar, granir, o que quisesse. A única coisa que me importava é que era EU a dar prazer a essa garota. Era eu que a estava possuindo. Era eu que estava fazendo coisas que nunca ninguém fez com ela antes. Isso aumentava meu ego até o máximo. Mia escondeu o rosto no meu pescoço e colocou suas mãos em minha bunda. Soltei uma risada quando ela apertou com vontade. Para seguir a brincadeira, apertei sua bunda também, o que a fez rir brevemente. Nossos corpos estavam completamente suados. Suor escorria por todo o meu corpo, mas Mia parecia não se importar como as outras garotas. Prova disso? Ela beijava meu corpo o tempo todo. Rosto, testa, pescoço, peito… Ela só me dava cada vez mais carinho. Mia despertou-me de meus pensamentos.
    - Toby eu vou… eu vou gozar! - Anunciou. Eu já não aguentava mais segurar o clímax, então acelerei os movimentos para que gozássemos juntos.
    - Goze Mia. Mostra pra mim o quanto você gosta de me sentir. Mostra mim que eu sou bom o suficiente para satisfazer você. - Disse olhando seu rosto. Eu amava quando ela fazia caras e bocas.
    - Olha pra mim meu amor. Quero que me olhe nos olhos quando gozar comigo. -Pedi. Mia imediatamente abriu os olhos e sorriu pra mim.
    - Goze comigo Toby. - Pediu ela pela primeira vez. Ela queria gozar comigo. Ela também estava segurando o orgasmo.
    - Vou… vou gozar meu amor. - Disse investindo nela freneticamente. Foi violento. Não só para ela como para mim também. Depois de anunciar meu clímax, bastaram apenas mais algumas estocadas para eu gozar dentro dela. Ambos gritamos de prazer. Era impossível conter o ápice e os espasmos de prazer que tomaram conta de nossos corpos. Jatos quentes saíram de meu membro e eu sei que ela os sentiu. Seu ventre se contraía. Ela tremia em baixo de mim. Seu orgasmo foi longo e violento e eu esperei que ela relaxasse para sair de dentro dela. Mia tinha seu rosto em meu pescoço, e seus braços em volta de meus ombros largos. Seu corpo estava mole e eu o segurava junto ao meu. Nossas respirações estavam se acalmando e eu puxei o rosto de Mia para olhá-lo. Ela estava sorrindo. Mais que na primeira vez. Dei um beijo carinhoso nela. E quando separamos nossos lábios, ela disse.
    - Foi violento. - A principio não entendi, mas depois soube ao que se referia.
    - Mas acima de tudo, foi bom. Obrigado por tudo o que me fez sentir.
    - Mia, se eu achava que meu orgasmo anterior tinha sido o melhor da minha vida, eu não preciso nem de comentar o que achei desse né? - Disse olhando para ela e rindo.
    - Você sabe como satisfazer um garoto e é mais incrível ainda como não precisa se esforçar pra isso. Não precisa me agradecer princesa. Agora vem. - Ela me olhou confusa e eu expliquei.
    - Há pouco eu não conseguia chegar ao banheiro, mas agora eu já consigo. Você vai tomar banho comigo. - Disse rindo da minha própria safadeza a momentos atrás. Mia também riu e levantou ainda meio mole, eu peguei-a no colo estilo noiva. Ela reclamou.
    - Eu consigo andar Tobias. Eu estou meio mole e minhas pernas estão meio bambas, mas eu consigo andar. Além do mais, eu sou pesada. - Disse rindo enquanto beijava minha bochecha. Seus braços seguravam meu pescoço.
    - Claro. - Disse irônico.
    - Mia, você é leve como uma pena. De pesada não tem nada. E se você tem as pernas bambas é sua culpa. Quem mandou me seduzir? - Perguntei brincando enquanto ela me olhava indignada.
    - Estava brincando. Mas acho que já tivemos diversão o suficiente. - Suspirei entrando no banheiro. Pousei Mia no chão e abri o chuveiro na água quente, deixando-a morna.
    - Como sempre é minha culpa né? - Perguntou rindo. Sua risada me fez rir.
    - Sim é. - Afirmei rindo. Segurei a mão de Mia e puxei-a para o box comigo. A água morna provocou uma sensação gostosa no meu corpo, e no de Mia não foi diferente, pois a vi fechar os olhos para aproveitar a sensação. Percorri seu corpo com meus olhos e vi que ela ficava ainda mais gostosa molhada. Tentei ao máximo controlar meus impulsos e meus desejos fechando os olhos para não ver, mas quando ouvi Mia rir e tentei perceber o porquê, é que vi que eu já estava excitado de novo. SÉRIO??? Quer dizer. Eu não sou garoto de recusar sexo, mas também não é bom ficar na vontade! Eu não queria abusar da boa vontade de Mia.
    - De novo? - Perguntou Mia rindo da minha cara.
    - É, de novo. Você me seduz, quer que eu faça o quê? - Perguntei.
    - Eu to quieta Tobias. Eu não fiz nada para seduzir você. Eu nem sei seduzir alguém. Eu sou a inexperiente aqui lembra? - Perguntou sorrindo de canto enquanto ensaboava seu corpo.
    - Já não é tão inexperiente assim Yasmin. E você não precisa fazer nada para seduzir alguém. Basta aparecer nua na frente do garoto e já está. - Disse ensaboando meu corpo também.
    - Sério? Não acho. - Disse.
    - Está bem então. Tente me seduzir. - Desafiei.
    - Tem certeza? - Perguntou apontando para meu membro excitado.
    - Você aguenta as consequências? - Perguntei safado. Ela riu.
    - Você não tem jeito. - Disse rindo. Mia pegou minha esponja e começou a passar pelo meu corpo. Eu olhava seu rosto e com certeza eu tinha um sorriso idiota no rosto. Ela era tão linda. Até tentando me seduzir ela parecia inocente. Ela chegou mais perto de mim e levantou na ponta do pé para beijar meu rosto. Mordiscou meus lábios e depois seguiu os beijos para meu peitoral. Eu estava fazendo uma força incontrolável para me manter quieto e não agarrá-la no primeiro toque. Ela percebeu meus punhos fechados e riu com isso. Senti-a pegar minhas mãos e levá-las até seus quadris. Ela sabia o que fazia, sem saber. Ela estava descobrindo. Ela arranhou meu abdómen e eu perdi o controle. Puxei Mia para mim e beijei-a com força. Ela gemeu entre o beijo, mas correspondeu de bom grado. Sem parar o beijo, encostei ela na parede e ouvi-a gemer de novo, desta vez, pela parede fria. Separei o beijo e olhei em seus olhos sem dizer nada.
    - Você não cansa? - Perguntou. Senti-a envolver meu pênis ereto com sua mão delicada e senti-a apertá-lo de leve, me fazendo gemer.
    - Humhum. - Neguei.
    - Pra você nunca Mia. - Disse olhando-a e sorrindo.
    - Então venha. - Pediu. Aproximei-me mais dela e beijei sua testa carinhosamente enquanto puxava sua perna até minha cintura. Ela deu um pequeno impulso e ficou em meu colo, presa entre mim e a parede com suas pernas entrelaçadas em minha cintura. O movimento fez com que meu membro desliza-se para dentro dela rapidamente e numa só estocada o que a fez gemer alto e o que me fez arfar em seu pescoço.
    - Você está bem? - Perguntei. Eu invadi-a rápido demais e isso pode tê-la machucado.
    - Machucou?
    - Não. - Disse sorrindo e beijando meus lábios.
    - Só não esperava. Pode continuar. - Beijei-a de novo e com minhas mãos segurando sua bunda, comecei a investir nela. Dessa vez foi calmo e lento. Eu não queria apressar. Eu já sabia que esta seria a última vez que eu poderia tê-la. Não iria exigir mais nada dela e nem esperava que ela o exigisse de mim. Estou falando da parte física claro. Eu só queria sentir cada toque e guardá-lo na memória. Percebi que Mia queria o mesmo. Percebi pela maneira como ela me tocava e acariciava. Ele me beijava lentamente, acariciava minha nuca e arranhava minhas costas levemente. Nós estávamos prolongando o prazer. Com movimentos lentos, eu fui investindo nela, e ao mesmo tempo fui dizendo palavras carinhosas em seu ouvido. Eu sei que é difícil imaginar. Mas eu podia ser carinhoso sim. Mia começou a ficar impaciente a certa altura e aumentou os movimentos com o quadril.
    - Calma baby, nós chegaremos lá. Não apresse. Aproveite apenas. Eu quero guardar na memória sim? - Disse para Mia enquanto beijava seus lábios num selinho molhado. Mia sorriu radiante e concordou beijando-me em seguida. Vários minutos se passaram, mas nós não podemos aguentar para sempre e acabámos aumentando o ritmo aos poucos. Desta vez o clímax não demorou muito a chegar, não tanto como o outro. Nós tentamos segurar o máximo que conseguíamos, mas ele simplesmente veio. Os dois juntos. Nós estávamos cansados. Foi muita acção numa noite só, até pra mim. Depois que o clímax veio, eu saí de dentro de Mia, mas continuei abraçado a ela com o rosto em seu pescoço. Eu beijava de leve e acariciava suas costas enquanto a apertava contra mim. Olhei minhas mãos e vi minha pele enrugada.
    - Vem, vamos sair. Já estamos aqui no banho há tempo suficiente. - Disse desligando o chuveiro e puxando Mia para fora do box. Entreguei uma toalha para que ela se secasse e fiz o mesmo. Mia enrolou a toalha no corpo e eu enrolei na cintura. Saí do banheiro enquanto Mia limpava os cabelos e fui buscar uma roupa pra nós dois. Peguei uma boxer e uma calça moletom pra mim e fiquei de tronco nu. Estava calor e eu não tinha a miníma vontade de vestir t-shirt. Peguei uma boxer e uma t-shirt minha para Mia.
    - Você se importa de vestir minhas roupas? Não pensei muito nisso quando a puxei para o box. - Perguntei, Mia sorriu.
    - Não tem problema? - Perguntou apontando para as roupas em minhas mãos.
    - Não. Pode ficar com elas. Você vai precisar… amanhã. - Disse tentando evitar pensar no amanhã.
    - Tudo bem então. - Disse pegando-as de minhas mãos. Vi-a tirar a toalha e vestir minhas roupas. Tirando a t-shirt que ficava gigante nela, o resto estava bom. Aproximei-me dela e com as mãos em sua cintura beijei sua teste e disse.
    - Você fica ótima com minhas roupas. - Sorri pra ela que me abraçou.
    - Vem, vamos dormir. Você está cansada. - Disse puxando-a comigo para o quarto. Deitamos na cama e a puxei para meu peito enquanto nos cobria. Ela me abraçou de imediato e eu gostei disso. Mia bocejou e eu olhei em seus olhos. Deu-me uma vontade enorme de ouvi-la dizer de novo aquelas três palavrinhas. Mas eu não podia pedir isso. Não podia fazer isso com ela.
    - Que foi? - Perguntou.
    - Porque está me olhando assim? Tem algo errado?
    - Não… eu só… - Eu não podia pedir. Ou não devia.
    - Não é nada. Deixa pra lá.
    - Diz pra mim o que é. Eu vejo em seus olhos que é algo que você quer. Que precisa. - Ela lê pensamentos?
    - Você pode dizer de novo aquelas três palavrinhas pra mim? - Pedi de uma vez. Ela ficou me olhando sem nenhuma expressão no rosto, mas depois sorriu e disse.
    - Eu te amo Tobias. - Ela disse olhando em meus olhos. Sorri automaticamente. Eu sempre via a verdade em seus olhos quando ela dizia isso. Beijei seus lábios. Um beijo calmo e que eu sabia que ia ter saudades. Mas eu sabia que ia terminar, então aproveitei. O beijo ficou intenso e Mia levou sua mão até meu rosto, acariciando-o. Eu beijava seus lábios com ternura e quando nossas línguas se roçaram, senti um choque percorrer meu corpo. Aprofundei o beijo e explorei toda a boca dela. Já estávamos ficando sem ar quando separei o beijo com selinhos molhados.
    - Obrigada. - Sussurrei em seus lábios, dando mais um selinho.
    - De nada. Eu que tenho que agradecer pela noite que você me deu. - Eu apenas sorri e a apertei mais contra mim. Eu gostava de senti-la bem perto de mim. Fiquei olhando ela que logo caiu no sono com um sorriso nos lábios. Ela era linda até dormindo em meus braços. Eu tentei ficar acordado o máximo de tempo que eu consegui para ficar com sua imagem em minha cabeça, mas o sono acabou vencendo e eu adormeci.Quando acordei, acordei assustado. Não era um sonho, tudo tinha acontecido. Mas ela não estava ali. Ela se foi e aquele beijo foi a nossa despedida. Como eu esperava, a única coisa que encontrei, foi um bilhete.

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