Quebrando Regras

Capítulo 21 (2º PARTE)

          TERROR. Yasmin escolheu filme de terror e agora está morrendo de medo e me esmagando. Alguém consegue compreender as mulheres? Eu nunca consegui! Se ela tem medo porque escolheu esse filme? Se a resposta é porque queria ficar agarrada comigo, não era necessário. Ela pode agarrar de qualquer jeito que eu gosto, mas não faz sentido algum.
    - Meu amor, porque escolheu filme de terror? Está na cara que você morre de medo. - Perguntei depois de ela soltar mais um grito de susto.
    - Por vários motivos. - Disse voltando a colar os olhos na tv.
    - E posso saber quais são? - Perguntei olhando-a.
    - Depois de me dar pipoca pode. - Falou fazendo biquinho pra mim. Roubei um selinho dela e peguei uma pipoca, segurando-a com meus dentes.
    - Hey! É pra mim. - Ofereci a pipoca pra ela e vi-a sorrir enquanto a pegava e me dava um beijo fofo no rosto.
    - Pode começar a falar.
    - Tudo bem. Eu sempre quis ver um filme de terror inteiro, mas sempre fui muito sozinha e não tinha companhia para ver. Uma vez vi um pedaço e morri de medo, então jurei que nunca mais veria um sozinha. Não dormi nada nessa noite. Escolhi também porque sei que você gosta e porque gosto de ver como as meninas sempre são burras nesses filmes. Quando é pra correr elas não correm. É muito idiota isso. - Disse me fazendo rir.
    - Isso é um filme princesa. Não é real. - Disse ainda rindo.
    - Eu sei, mas continua sendo idiota. - Falou dando de ombros e beijando minha testa. Senti-a dar beijinhos fofos pelo meu rosto e fechei os olhos para aproveitar.
    - Gosto tanto quando você é carinhosa comigo. - Murmurei beijando seu antebraço que estava em meu ombro.
    - Você consegue ser muito carente às vezes. - Sussurrou em meu ouvido. Suas mãos começaram a percorrer meu peitoral, arranhando de leve.
    - Bem carente. - Seduziu mordiscando minha orelha.
    - Eu consigo ter necessidades carentes ás vezes. - Falei enquanto tentava ignorar suas mãos que se moviam lentamente por meu abdómen.
    - E eu tenho que atender a essas necessidades? - Vi-a pegar o controle e desligar a tv e olhei pra ela completamente confuso. O que ela pretendia com aquele sorriso divertido no rosto? Não respondi a sua pergunta e esperei pra ver o que ela faria. Ela não faria nada certo? Errado. Mia saiu de trás de mim e fez-me encostar com as costas no sofá enquanto subia em meu colo. Fiquei imóvel e sorri pra ela. Suas mãos puxaram as minhas para suas coxas e sua boca se aproximou da minha.
    - Não respondeu minha pergunta Tobias. - Senti um arrepio percorrer meu corpo quando a ouvi dizer o meu nome. Sedutora.
    - Sim, você tem. Só você pode. - Respondi baixinho com minhas mãos deslizando nela.
    - Você sempre vai precisar de mim, não é? - Olhou em meus olhos sorrindo. Linda
    - Você nem imagina o quanto. - Minha voz não passava de um sussurro. Estava concentrado de mais em seu corpo sobre o meu do que em falar. Seu corpo evoluía todos os dias por conta da gravidez, e estava ficando complicado vê-la ficar ainda mais gostosa e não poder possuí-la numa cama. Suas mãos estavam me deixando fora de controle. Ela sempre fazia isso com facilidade. Mia sabia como me tocar.
    - Você sempre se excita tão fácil meu amor. Isso é tudo vontade de me ter? - Perguntou beijando meu pescoço enquanto sentia minha rigidez.
    - Eu me aguento bem. - Menti ouvindo-a soltar uma gargalhada contagiante.
    - Você mente muito mal meu príncipe. Você sabe que não vai aguentar muito tempo sem sexo não sabe? - Provocou.
    - Assim como você? - Retruquei enquanto a puxava contra meu membro excitado. Ela arfou e eu sorri vitorioso. Senti Mia invadir minha bermuda com sua mão quente e acariciar meu membro sobre a boxer. Prendi a respiração e me controlei para não gemer. Não iria dar-lhe essa satisfação. Mia apertou com mais força e começou a fazer movimentos de vaivém bem devagar.
    - Durante quanto tempo você aguenta minhas caricias sem deixar escapar um único gemido de sua boca? - Seus lábios perto dos meus eram uma tortura tão gostosa como sua mão em meu membro. Eu queria jogá-la no tapete e fazê-la gritar de tanto prazer que até ficaria sem voz quando amanhecesse.
    - Tempo o suficiente para ganhar esse desafio. - Mia não respondeu de volta. Apenas sorriu maliciosa e adentrou minha boxer com sua mão. Pele na pele. Agora ferrou. Fechei os olhos e me controlei ainda mais, mas estava ficando difícil com sua mão quente e macia me acariciando. Ainda não tinha aberto os olhos quando senti seus lábios colados aos meus. Abri minha boca e permiti que ela brincasse com minha língua. Deixei que ela me beijasse como bem entendesse. Era sua vez de jogar e eu só tinha que aguentar e mostrar que conseguiria vencer esse desafio. Minhas mãos apertaram seu traseiro quando ela mordeu meu pescoço ao mesmo tempo que aumentava a velocidade das caricias. Eu bem que me ajeitava no sofá, mas quanto mais me movia, mais tinha o corpo de Mia colado ao meu. Sentia seus seios em meu corpo e seu cheiro estava me entorpecendo. Enquanto ela me masturbava e mordia meu peito, eu tentava pensar em outras coisas, mas mesmo que eu tentasse, não estava funcionando. Mia conseguiria o que queria esta noite. Ela estava fazendo bem de mais e depois que começou a falar sacanagens no meu ouvido ficou ainda pior.
    - Yasmin... - Gemi baixo quando ela brincou com meu mamilo. Aquilo estava gostoso demais para parar.
    - Isso Tobias. Ta vendo como você não é de ferro? - Perguntou mordendo meu lábio inferior. Ela tinha ganho esta, mas na próxima seria muito pior pra ela. Quando pensei que ela iria parar, senti-a dar beijos por todo o meu peito e abdómen até ajoelhar entre minha pernas e levar suas mãos até à barra de minha bermuda. Olhei pra ela assustado. O que ela ia fazer? Fudeu!
    - Você está tão quente. - Comentou enquanto descia minha bermuda e minha boxer e beijava minha coxa.
    - Ele sempre fica pulsando desse jeito? - Perguntou antes de pegar meu membro de novo.
    - Por você? Sempre! - Disse enquanto deixava minha cabeça cair pra trás. Senti a respiração dela em meu membro enquanto ela o segurava pela base e massageava levemente. Seus lábios umidos tocaram minha glande e eu não controlei o gemido. Agarrei a almofada que estava ao meu lado com a mão e me segurei pra não atacar Mia quando a senti abocanhar meu membro. Quente, molhado e apertado. Fudeu, fudeu e fudeu. Vi que ela não perdeu tempo me torturando desta vez. Chupou e não parou de me fazer gemer por ela. Que desafio a gente tinha mesmo? Nesse momento não importava. Eu só queria tê-la e sabia que não podia porque era para a segurança dela e do meu filho. Não sabia que ela me conseguia torturar mais do que o que já tinha torturado até agora, mas me surpreendeu. Mia já tinha feito isso antes, mas nunca tão gostoso como agora. Pegou a prática e agora sabe o que fazer. Eu sempre me ferro quando dou uma de professor. O que não foi o caso em nossa primeira vez. Nunca vou esquecer em como ela me tocava timidamente e tão apaixonada. Isso nunca muda. Abri meus olhos e observei-a enquanto me dava prazer. Com uma mão afastei seus cabelos para o lado e ela puxou a outra para entrelaçar nossos dedos. Eu não podia continuar com aquilo. Era gostoso, era a Mia ali, mas eu não podia. Eu sabia que ela iria deixar-me na vontade e provavelmente num estado que me faria jogá-la no tapete. Com muito pouca força de vontade, mas com uma enorme confiança que eu não tinha, afastei-a de mim e me levantei, me vestindo rapidamente. Ela me olhou confusa ainda ajoelhada e eu puxei-a para um beijo urgente. Ela sorriu entre o beijo e correspondeu de bom grado.
    - Eu sei que está três a dois nesse momento. Ponto pra você. Mas não me tortura mais. - Pedi a contra gosto. Ela sorriu e me abraçou pelo pescoço enquanto me dava um selinho.
    - Te amo. Prometo que não torturo mais você esta noite. - Dei mais um beijo nela e depois me soltei indo em direção á escada.
    - Onde você vai?
    - Banho. Gelado. - Falei sem me virar. Sorri sabendo que ela riria da minha cara. E foi o que aconteceu.
(...)
          Olhei no relógio pela quinta vez desde que ali cheguei. A noite estava perfeita, o local arrumado exatamente como eu queria, mas faltava ela. Faltavam dez minutos para a meia-noite e nada dela aparecer. Já estava ficando preocupado e já estava pensando em ir procura-la. Não devia ter confiado no Urih quando ele disse que arranjaria maneira dela vir até mim. Ela devia ter chegado à quase meia hora atrás. Olhei para a porta para ver se ela aparecia e nada dela, então voltei a olhar a cidade na minha frente. Respirei fundo e peguei o celular pra ligar pra Melanie. Se Mia não viesse até mim, eu iria até ela!
    - Melanie?
    - Oi Toby. Porque está ligando?
    - Porque a Mia deveria ter chegado à quase meia hora atrás e nada dela aparecer. Você e Karla foram com ela no shopping enquanto eu preparava tudo na casa dela e Urih disse que ia tratar de fazer com que ela viesse até mim. Ainda não sei nada dela!
    - Calma Toby, relaxa. Ela já esteve aqui com a gente e Urih já fez com que ela fosse até aí. Ela foi. Confusa, mas foi. Se ela ainda não apareceu é porque deve ter ido ao banheiro.
    - Ao banheiro? Fazer o quê?
    - O que se faz num banheiro Tobias Noya? Ela só deve ter ido retocar a maquiagem.
    - Piorou! Mia não liga pra essas coisas. Ela é demasiado ela mesma pra isso. Nunca que ela iria ao banheiro pra isso. Ela está gravida Melanie. Você sabe disso e eu estou morrendo de preocupação.
    - Espera aí um pouco que a Karla veio agora do banheiro e eu pergunto pra ela. Esperei nervoso. Consegui ouvir a música tocando de fundo e a voz de Steve, Urih e Karla. Ouvi Melanie perguntando pra Karla e ouvi ela negando.
    - Me desculpa Toby, ela não viu a Mia no banheiro. Se calhar ela já está chegando aí. Quer que a gente vá procurar ela? Eu ia dizer sim à sua pergunta quando ouvi alguém correndo ao subir as escadas antigas que davam àquele terraço. Ouvi um choro agoniado de garota e me virei pra ver quem podia ser. Ninguém sabia daquele lugar. Quando a garota finalmente apareceu na porta minhas pernas tremeram e meu coração pareceu parar de bater.