Capítulo 7 - Azul é a cor mais triste

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Oque irei dizer à seguir pode parecer referencia à algo, ou não, ou sim, mas fechei meus olhos, e imaginei ser apenas um sonho, na verdade, um pesadelo, mas não, aquilo era real, era como se eu estivesse segurando em algo para não cair, e oque ele falou, conseguiu me derrubar, ele sorriu e disse : '' Luke, eu sou seu pai. ''.

- Impossível. – diz Jake. – Você não pode ser pai dele, ele tem praticamente sua idade.

- Jake, ele é do passado. – digo. – Nem eu, nem eu estou conseguindo entender isso.

- O destino do Jake e seu é e sempre será o mesmo. – diz James. – Ele sempre irá morrer e você sempre irá encontra-lo, de alguma forma diferente, por causa de uma maldição que em você foi colocada.

- Isso não explica como você é meu pai e tem a mesma idade que eu. – digo.

- Eu te conheço desde o século 19 e estou vivo desde aquela época. – diz James. – De alguma forma, no momento que você foi amaldiçoado, eu também fui, eu sou imortal e consigo mudar de idade e tamanho quando quiser, quero dizer, conseguia.

- O quê quer dizer? – pergunto.

- No dia do acidente em que fomos à praia, eu sou o motivo pelo Jake ter quase morrido, porque o ciclo não podia ser quebrado e ele tinha que morrer de qualquer jeito e então renascer, você iria ser salvo por ele, enquanto atravessava à rua, como em todas as linhas do tempo, porém dessa vez, foi o James que te salvou e a existência do Jake foi apagada dessa linha do tempo, porque o James ficou no lugar dele e então, o Jake foi parar em uma linha temporal em que o James não existia. – diz James.

- Primeiro. – digo. – Por quê você está falando de você mesmo na terceira pessoa? E segundo, na época de onde esse Jake veio, você existia, isso está muito confuso.

- Puta que pariu, né? – diz James. – Você não era lerdo? Enfim, essa minha história não colou, então, vamos lá. Eu realmente posso mudar minha idade e tamanho, mas de alguma maneira, eu fiquei '' travado '' nessa idade, ou seja, 20 anos.

- Mas eu te matei... – digo.

- Matou? – pergunta James.

- Você não estava respirando quando eu coloquei aquela tesoura na sua barriga. – digo.

- Mas você correu pela rua sangrando, não foi? – pergunta James.

- Sim, como você sabe disso? – pergunto.

- E você acordou na cantina do seu colégio, não foi? – pergunta James.

- Sim... – digo.

- Você estava com dificuldade para andar e sentia dor na barriga, suas mãos estavam ensanguentadas, e você continuava repetindo que aquele sangue não era seu, não foi?

- Uhum...

- Você pode ter desmaiado pela perda excessiva de sangue e alguém pode ter levado ao colégio.

- Você está novamente, falando coisas sem sentido. – digo.

- Tem mais sentido eu dizer que fui eu que te esfaqueei? – pergunta James. – O lugar que você acordou...era um lugar claro e calmo, não era?

- Alguns dizem que dé jà vu são memorias da sua vida passada. – diz Jake. – Mas você não se lembra de quase nada.

- Eu lembro de você, eu lembro que ele é meu pai. – digo. – Eu não estou morto.

- Tão confuso. – diz James.

Enquanto James vai falando, lembro que Jake me disse que apenas tocou na foto e veio parar em 2016, então, isso significa que...se eu tocar na foto que tiramos antes da viajem à praia, eu posso voltar ao dia do acidente e evitar que ele aconteça.

Good Luke [ FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora