Quarto Capítulo - O sinal

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Voltei para a cidade e era noite já. O ar gelado daquela cidade dava um clima melancólico para a situação. Fui para o meu quarto, pois não podia ficar parado no meio da estrada, a vizinhança chamaria a polícia.

"Você vai querer a janta?", perguntou Judite.

"Não, muito obrigado senhora. A cidade é bem calma, não é?"

"Ah sim! As pessoas se respeitam e todo mundo quase conhece todo mundo que vive aqui."

"De certo já houve algum tipo de escândalo aqui."

"Com certeza, a cidade é pequena, a noticia se espalha rápido."

Sentado no sofá, na sala onde estava a TV, eu comecei a investigar sobre as pessoas da cidade.

"Eu notei que a cidade é bem religiosa."

"Nós somos na medida do possível. Você não acredita em Deus, é daquelas pessoas que estão perdidas?"

"Eu tenho as minhas convicções. Tenho minhas crenças. Acredito em Deus."

"O mundo como anda hoje em dia... as pessoas não tem mais fé como antigamente, hoje as coisas mudaram."

"É verdade minha senhora. Eu sou um tanto curioso, nunca houve um caso de possessão na cidade?"

"Em cruz eu credo, não nunca houve, não que eu saiba. Se aconteceu foi muito tempo atrás. Por que quer saber dessas coisas?"

"Eu sou blogueiro e me interesso por coisas estranhas e inexplicáveis pelo senso comum."

"Por que você veio pra cá, disse que era de..."

"América do norte, os Estados Unidos. Eu estou viajando pelo Brasil atualmente e me indicaram essa cidade como atrativo turístico, disseram que era minha cara."

"Entendo. Bem, vou ver minha novela agora. Se bater fome tem bolo na forma debaixo daqueles panos e procure algo na geladeira."

"É muita gentileza. Eu vou para o quarto"

Não acontecera nenhum tipo de possessão na cidade. Fui para o quarto, fiquei lendo alguns arquivos de possessões nos últimos meses. Estava tentando encontrar algum padrão.

Era de manhã, estava na cama olhando para cima pensando na ligação que iria receber de Marcos e na monotonia da cidade.

Ouvi um pequeno estrondo no quarto, virei para o lado e vi o crucifixo caído no chão. Levantei para repor na parede. Dei meia volta, estava caminhando em direção da porta quando ouvi o mesmo estrondo, virei e vi o crucifixo no chão. Definitivamente era alguma coisa.

Fui até o crucifixo caído, estava com a parte menor apontando para a direção que dá o centro da cidade. "É hoje", pensei, "Hoje será as possessões, ou é um espírito tentando me avisar de algo. Mas era simplesmente invadir meus sonhos se assim fosse. Não, é uma energia diferente.".

Summ...summ...summ...

Tocou o telefone.

"Alô Marcos?"

"Sim Dark. Como havíamos combinado. No Templo Grads no fim da noite de sexta que vem."

"Está bem. Estarei lá."

EraMarcos para dizer onde era.     

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