Sexto capítulo - Escândalo no interior

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Era sábado. Manhã gelada que causavam arrepios nos moradores daquela região. Havia uma névoa que cobria as escarpas serranas e deixando o ambiente com pouca luminosidade devido ao sol coberto.

Estava no meu quarto quando o telefone lá na sala tocou. Judite atendeu e soltou uma expressão sonora de espanto. Fiquei dentro do meu quarto atento apenas ouvindo. Judite lamentava-se muitas vezes e dizia repetidamente que não podia acreditar.

Quando terminou sai do meu quarto para tomar café e tive minha oportunidade de perguntar do telefonema.

"Não pude deixar de notar a conversa Judite."

"Meu Deus do céu, tu não vai acreditar... tu acredita que a menina da dona Silvia teve um ataque e assustou todo mundo da casa ontem a noite..." disse ela gesticulando suas mãos.

"Quem é essa dona Silvia?"

"É uma mulher que mora na Brasília. A irmã dela que ligou para mim. Disse ela que estavam horrorizados. Hoje o Padre Toninho vai lá fazer uma visita e acalmar a Silvia, porque a Silvia está horrorizada."

"Mas o que houve nesse ataque... a filha tentou matar ela?"

"Não sei, o que a irmã dela disse foi que a filha estava no quarto e de repente começou a gritar. A dona Silvia foi lá ver e quando abiu a porta do quarto viu a filha em cima do guarda roupa em roupas. A mãe da Silvia também estava lá, viu tudo."

"Foi horrível mesmo..."

"E ai a filha começou a gritar que ela tinha traído ela e ninguém entendeu nada. A Silvia e a mãe dela trancaram a filha no quarto desesperada e foi pra vizinha dormir lá. Dizem que não conseguiram dominar a filha até meia noite, depois a filha desmaiou e eles a levaram para o hospital."

"E padre vai hoje lá?"

"Vai, lá pelas nove horas."

"Onde mora esse padre?"

"Quando ele vem pra Treviso ele fica numa casa lá na Brasília."

"Onde fica essa Brasília?"

"Tu sai lá fora na ponte e vai a sentido a escola e segue a estrada até tu ver uma placa dizendo Brasília. É a segunda entrada a esquerda. Depois segue a estrada."

"É longe?"

"Muito, mais ou menos 12 km."

Depois de tomar meu café e seguir o rumo da estrada que levava ao Bairro Brasília, que na verdade é Nova Brasília, eu cheguei ao centro do Bairro.

É um bairro bem pequeno. Na minha frente havia uma igreja pequena, capacidade de mais ou menos 50 pessoas, um grande salão na minha direita e uma casa do outro lado. Uma entrada ornamentada por palmeira levavam para a igreja os fiéis.

A igreja estava fechada, olhei para frente e segui em diante até encontrar alguém. O povo naquele lugar não é muito social, não vi ninguém. Andando de carro pela estrada notei o nível capital daquela gente e diria que eram de classe meia alta, casas bonitas e todos eles tinha pelo menos um carro.

Muitas árvores era bem o tipo de cidade natureza. Muito gado também, pastos e mais pastos.

Percebi um grande tumulto mais adiante, fiquei de espreita dentro do carro apenas observando. Muita gente numa casa, indo e voltando. Haviam cinco carros naquela casa, muita gente do lado de fora da casa, constituía na maior parte de homens, as mulheres estava dentro de casa conversando.

Fiquei olhando até que os homens começaram a encarar o carro onde eu estava.

Dei a partida e voltei para o centro da cidade.

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