Capítulo 14 - The End

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Melanie arfava. O momento que se agachou na igreja foi para desenterrar a mão de Salomão que a neve cobriu.

Nathan caiu no chão sem vida. Melanie se viu com uma lágrima caída sobre a bochecha. Harry aparaceu logo atrás quando Nathan caiu, vindo em direção Melanie.

- Harry, me tira daqui. -- disse em suspiros. Não conseguia raciocinar vendo o pai morto aos seus pés.

Harry a puxou pelo braço, mas quando fez o movimento sentiu uma dor lancinante.

- Ai! -- gemeu levantando a manga da blusa para ver onde doía.

E ali estava... a mordida do lobo. Hoje era o último dia da lua de sangue. O que já podemos concluir que acontecerá com Harry.

- Ele me mordeu. -- Harry disse quando viu que Melanie olhava. -- Quando a lua nascer... serei igual a ele. -- disse olhando Nathan no chão. -- Uma fera. -- concluiu horrorizado.

Melanie não dizia nada. Simplesmente não conseguia. Harry esperou uma resposta, mas sabia que não teria, pelo menos não agora. Então saiu, deixando Melanie sozinha com seus pensamentos.

Tudo que Melanie conhecia foi despedaçado. Ela viu tudo com outros olhos. Todas as mentiras da sua mãe, do seu pai...

Só o restara ele...

Até mesmo quando ela duvidou dele...

Até mesmo quando ela o feriu...

Harry foi verdadeiro.

Foi com esse pensamento que Melanie decidiu ir atrás de Harry.

Ela o viu ajoelhado na neve e se pôs diante dele da mesma forma, o encarando com aqueles grandes olhos verdes claros.

Estavam os dois ali, frente a frente. Porém, com uma decisão importante a ser tomada, mas nenhum dos dois disse nada. Bastava saber que tinham um ao outro agora.

Melanie pegou em seu pescoço acariciando.

- Eu sinto muito. -- Melanie sussurou no pé do seu ouvido.

Harry a olhou acariciando suas faces. Logo ele tirou a capa dela e a deitou em cima da mesma. Harry deitou por cima dela de forma que não a machucasse e deu um beijo suave e amoroso. Ele passou a mão por seu braço inteiro, até chegar as mãos. Apertou sua cintura logo em seguida lhe afroxou os laços que mostraram o decote.

Melanie abriu o cinto de Harry e tirou a blusa, encontrando ali a marca do punhal. Ela o olhou atordoada e deu um leve beijo por cima.

- Está tudo bem. -- Ele disse.

Ela sorriu ainda sem olhá-lho e acariciou a mordida do lobo sobre seu braço. Ele deu uma leve gemida pela dor, mas aos poucos a dor foi se cessando conforme ela acariciava.

Logo Melanie estava sem seu vestido e Harry sem sua calça. Eles se beijavam ferozmente no chão coberto de neve, protegidos somente por uma capa. Harry a acariciava os cabelos alisando enquanto a beijava, e Melanie apertava seus ombros como forma de aliviar a falta de ar para não separar-se do beijo.

- Eu te amo. -- Harry disse olhando no fundo de seus olhos analisando uma reação.

- Eu sempre te amei, e sempre vou amar. -- Disse séria o correspondendo.

- Imaginei que diria isso. -- Disse sorridente voltando os carinhos.

Ele desceu seus lábios até a intimidade de Melanie, beijando levemente seu clitóris a fazendo gemer. Logo ele começou a usar a língua, nesse ponto Melanie já não se controlava mais e acabou em seu ápice.

O líquido escorreu direto na boca de Harry, que sorriu feliz da vida por ter conseguido corar sua pequena Mel.

- Tão doce... -- elogiou.-- Não é a toa que seu nome tem Mel no início.

Melanie riu e o beijou, mas não durou muito, logo ela quem estava sugando seu líquido após esfergar sua língua por toda a extensão do membro de Harry e o engoli-lo por inteiro. Harry gozou direto na sua garganta, quente e fervendo, mais do que ela imaginara.

- Minha vez novamente. -- Harry sussurou passando pra cima de Melanie.

- Sou toda sua. -- mordeu o lábio.

Harry passou a mão por todo o corpo de Melanie novamente, como uma despedida, mas ela não notara isso. Isso era realmente um vício para Harry, mas quando se tem uma decisão dessa nas mãos, devemos esquecer os hábitos antigos e criar novos laços.

Harry colocou a cabeça de seu membro sobre a entrada de Melanie e a adentrou devagar, havia amor ali.

Ele entrava e saia dela. Melanie arfava junto de Harry, a floresta abafava seus gemidos, como se só houvesse eles dois no mundo.

Os movimentos ritmados de Harry foram aumentando conforme seu segundo orgasmo chegava. Melanie precisa somente de mais uma coisa para gozar, então ela se precionou dentro dele e foi o ponto para que os dois gozassem juntos.

Com um suspiro, Harry saiu de dentro dela e se pôs ao seu lado. Ele os cobriu com uma parte da capa e ficaram ali no chão, apenas sentindo a brisa fria, nada mais importava, seus corpos queimavam, e eles não podiam desejar maus nada. Tinham um ao outro. E isso bastava.

(...)

- Ninguém pode saber de seu pai. Eles a enforcarão por se a filha do lobo.

Harry abriu o corpo de Nathan ao meio, lhe encheu de pedras e costurou com a ajuda de Melanie, depois de se lavararem, foram até o rio numa canoa com o corpo e o jogaram até se afundar.

Ao voltarem para a beira do rio Melanie desceu da canoa com a ajuda de Harry. Mas ao virar-se viu que ele havia voltado para a parte funda sem ela.

- Harry! -- chamou.

- Preciso partir, não estará segura comigo. Até eu aprender a protegê-la de... -- olhou para si mesmo.

Se olharam uma última vez.

- Vou esperar por você. -- Melanie prometeu.

- Imaginei que diria isso. -- Se despediu sorrindo com a mão sobre o braço mordido.

(...)

Foi o inverno mais rigoroso que Melanie lembrava. Com o tempo sua mãe percebeu que seu marido jamais retornaria.

Henry achou sua coragem, ele escolheu uma vida honrada, protegendo a todos das trevas.

Daggorhorn voltou a seu ritmo normal. O lobo não voltou mais, mas o vilarejo ainda vivia com medo, era a única vida que eles conheciam. Melanie não poderia mais viver lá, ela se sentia mais livre nas sombras das florestas.

Viver isolada oferece seus perigos. Mas desses, era o que Melanie tinha menos medo.

(...)

- Melanie! -- uma voz a chamou entre as árvores em meio a noite.

Ele era escuro, sombrio, como ela imaginara. Melanie se virou sorridente avistando a fera, um brilho nasceu no olhar do lobo quando viu um bebê sobre o colo de Melanie, e esse adquirira uma capa vermelha igual a da mãe. Tinha seus olhos, os olhos pelo qual ele se apaixonou, mas infelizmente nunca os teria.

Mas afinal... Melanie sempre viveu em um mundo de mentiras, ninguém sabe o que o futuro nos guarda. Quem sabe não é só mais uma pegadinha do destino? Já ouviram dizer que a esperança é a última que morre?

Acreditem no que quiserem, mas Melanie prefere crer em uma frase que a foi ensinada por sua avó, e que ela vai ensinar para seus filhos até as futuras gerações.

"O amor vence tudo".

(...)

Madly || H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora