Madly || H.S.

Capítulo 10

(...)

Narradora

- Nathan, eu vou salvar sua filha! -- Harry se dirigia ao pai de Melanie. -- E depois pretendo casar com ela. Gostaria da sua bênção, mas não é imprescindível.

Nathan o olhou, parecia confuso, então o abraçou.

- O que eu posso fazer?

Era tudo muito arriscado, então Harry lhe disse tudo ao ouvido. Ninguém poderia saber desse plano. Melanie confiara o seu segredo à sua melhor amiga, e mesmo assim ela a traiu. Seria muito arriscado confiar em quem não era da família agora.

(...)

Henry estava em sua oficina, moldava algo com o formato de uma chave. Estava tudo muito escuro, ninguém podia vê-lo.

Mas um eco se fez presente, era alguém batendo na porta.

- Já fechamos! -- Foi tudo o que disse. Mas sua palavra não se fez ouvida.

- Sou eu! -- A vó de Melanie entrou. -- Olá Henry! Eu trouxe biscoitos.

- Obrigado! -- Disse abraçando Jude como forma de cumprimento.

- Agradeço por ter se manifestado hoje de manhã. -- Disse ao pé do ouvido do rapaz. -- Coma um biscoito! -- Disse sorrindo. Agora já longe do garoto.

Henry se serviu com um biscoito inteiro na boca, dona Jude também. Porém, somente com um pedaço.

- Você foi muito corajoso! -- Agradeceu.

- Eu disse o que sentia. -- Disse de boca cheia e voltando ao seu afazer.

- Ouça! Quero que saiba, que não tem obrigação de defender a Melanie. Não é mais noivo dela.

- A Melanie ama outra pessoa mas, nem por isso eu deixei de me importar com ela.

- Imagino que Lucy sentia isso por você.

- Arg! Era uma paixão passageira.

- Ahh era mais do que isso. Eu creio que ela teria feito "qualquer" coisa por você. -- Deu ênfase. -- Até concordar em encontrá-lo em uma noite de lua cheia se você a pedisse.

Henry a olhou por um instante e se virou de costas.

- Por que está fazendo isso? -- Perguntou. -- Acha que eu sou o lobo? -- Henry disse se virando e a encarando novamente. -- Está me acusando de assassinato?

- Não estou lhe acusando de nada. Só quero descobrir a verdade.

Uma brisa se fez presente, Henry respirou fundo e pôde sentir. Sua memória lhe trazia a imagem do lobo atacando seu pai.

- É você! -- Afirmou. -- Meu Deus é você! Eu sinto o cheiro em você.

- Ran! Que cheiro você sente?

- Na noite em que meu pai morreu. Eu senti o cheiro do lobo. Era um cheiro forte de almíscar. E agora eu estou sentindo esse cheiro muito forte em você. -- Henry disse se aproximando cada vez mais de Jude. -- O que que você fica fazendo naquela cabana sozinha, no meio da noite? Na noite em que a Lucy morreu. Você não sabe não é?